Capitulo 14

1K 105 28
                                    

Gizelly
-
Eu estou ficando maluca só pode.- Indaguei a mim mesma sobre o motivo de Rafaella não parar de passar em minha mente.
Me ver apaixonada por ela há anos foi um surto, pois sabia que ela  era anos mais nova e que nada daquilo deveria estar acontecendo, então me pegar tendo esses pensamentos novamente me deixou em crise.

Ela não veio para o almoço e nem avisou sobre não vir, então meus pensamentos confusos se embaralhavam com minha vaga tristeza por não a ver novamente como eu esperava.

Alguém apertou o interfone do meu apartamento e eu franzi o cenho, pensando em ser minha mãe, Bia ou Ivy já que elas eram as únicas pessoas a terem livre acesso ao prédio onde eu moro.

Era fim de tarde eu estava me aprontando para ir pegar Sofia na casa da minha mãe.
Abri a porta e vi Rafaella parada ali, segurando uma caixa contra o corpo firmemente.

Arqueei a sobrancelha.

- Oi, a Bia liberou minha entrada.
Assenti, sabendo que as duas eram unha e carne e que Bianca jurava de pé  junto que Rafaella era a mãe perfeita para Sofia.

Que belo engano.

Não que Rafaella não fosse perfeita para ser mãe dos meus filhos, na  verdade, ela era e muito.

Merda que  droga de pensamento são esses?

- Tem um momento?

Coloquei o perfume que estava passando em cima do balcão que dividia a sala e a cozinha.

- Claro. Aconteceu alguma coisa?
Ela negou fechando a porta e caminhou em minha direção. Colocou a caixa em cima da bancada ao lado do perfume e abriu.

- Eu achei uma coisa.
Finalmente percebi que aquela caixa tinha nossas iniciais e o sorriso foi automaticamente para o meu rosto.
Ela revelou o que havia dentro.

-São todos os presentes que voce me deu e nosso filme preferido.- Ela levantou uma espécie de DVD de um ‘’ amor para recordar.’’ E segurou com cuidado.

- Achei na casa da Bia. Estava lá desde que viajei, pois pedi que ela guardasse. Sabia que lá na vovó acabaria se perdendo ou indo pro lixo.

Eu me aproximei de Rafaella, passando o braço ao redor do seu ombro e beijando sua cabeça.

- Ah, que saudade desse tempo!.- brinquei, fazendo-a rir.

- Também sinto, titchela. Eu podia fazer tantas coisas naquela época.- Tocou a faixa que usou em um dos rodeios que aconteceu na cidade há mais de dez anos.

- Voce ainda pode fazer muita coisa Rafa, não tem nada que te impeça.- Ela me encarou com os olhos cheios de lágrimas e a cabeça pendendo para o lado.

- E voce é sempre maravilhosa comigo.
Os lábios de Rafaella estavam rosados pelo batom e a minha boca secou, pensando em como seria prová-los.

Eu me abaixei lentamente beijando a pontinha do nariz, controlando meu desejo.
Quando tornei a encará-la seus olhos estavam fechados e não consegui mais me segurar, encostei meus lábios nos seus e foi apenas um teste.

Porra de racionalidade

Eu preciso apenas beijar.

Ela não se afastou e nossos lábios ainda estavam colados.

Eu estou beijando a Rafaella

Eu estou a beijando de verdade.

Enquanto todo meu corpo incendiava lentamente, fiquei ansiosa esperando por mais um movimento, desejando acabar com a vontade insana que  foi reprimida por anos.

MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (CONCLUÍDA)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora