Capitulo 18

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Gizelly
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Rafaella entrou no carro minutos depois que eu estacionei, encarando-me com um certo receio enquanto colocava as coisas dela no porta malas.

Porém, naquele momento estávamos oficialmente sozinhas em uma caminhonete com duas horas de viagem pela frente.

Com certeza não tinha uma solução boa, além de se jogar pela janela do carro.

- Pronta?.- Indaguei, ligando o carro, enquanto ela mexia no volume do som e confirmava com a cabeça.

- Sim, prontíssima. – Aqui está o endereço da minha mãe.- falou, mostrando a carta. – Gi, eu estou nervosa. Quase não consigo parar quieta.- Tagarelou me fazendo sorrir de leve enquanto dirigia.

- Vai dar tudo certo. Vamos falar com ela e descobrir sobre isso.

Ela colocou a bolsa pequena no banco de trás do carro.

- Sim, eu acredito em nós.- Bateu as mãos uma na outra animada.

Ela acreditava em nós e eu também acreditava, mas em outro sentido.

Acreditava que a desejava, que ela também me queria e que poderiamos  ser muito boas juntas. Porém, Rafaella deixou claro o quanto aquilo havia sido um erro.

- Vamos ter uma viagem de algumas horas, pode ir pro banco de  trás se quiser e descansar um pouco.- Falei aumentando o volume  do som, não querendo criar um clima estranho pelas próximas horas.

- Não, eu estou bem aqui. A ansiedade não vai me deixar dormir.- Ela disse descartando a idéia. – Sofia não quis vir com voce?

- Ela sempre quer vir, mas deixei com a minha mãe e jurei que levaria presentes.

- Ela é apegada a voce, não deveria vir, eu posso me  cuidar sozinha.
Assenti.

- Sim, mas eu sou sua amiga. Para que servem as amigas se não for para ajudar?
Rafa suspirou ao meu lado.

- Tem razão. Fiquei afastando voce, mas saiba que estou muito feliz  que tenha vindo.- disse e a encarei por breves minutos.

Eu a vi sorrir de canto, com as bochechas coradas.

- Não precisa se preocupar. Sofia adora a vó a biza dela e vai passar bastante tempo com a maluca da Bianca.- Falei, tratando de tirar a preocupação  dela. – Sem falar que Sofia ás vezes precisa de outra figura feminina na vida dela. Ivy é quase uma turista na situação.

- Verdade. Ela quase não faz parte do crescimento da Sofia né?
Neguei.

- Não. Já falamos sobre isso, mas o trabalho é mais importante para ela.
Ouvi Rafaella suspirar ao meu lado novamente.

- Sinto muito por ela. Soso é incrível.
O tom de Rafa era carinhoso ao falar da minha filha e aquilo me deixava feliz. Saber que ela gostava da minha menina era importante para mim.

Na verdade, minha única preocupação era Sofia.

Sempre pensava bem nas pessoas que entrariam em minha vida, pois para mim, eles tinham que tratar minha filha muito bem.

Não era aquela questão de, se meu filho não couber em um local, eu também não posso ficar. E, no fim o filho da pessoa ser um mini pestinha que deixava todos doidos ou quebrava tudo que via.

Eu soube educar minha filha e apesar de que ás vezes ela falava demais, Sofia ainda era mais adorável do que metade das crianças que tive aproximação a minha vida toda.

- Me encontrei com o seu admirador hoje.- Falei desviando do assunto.

-  Uai, que admirador?.- Rafa me encarou com os olhos arregalados.
Sorri.

MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now