Capitulo 22

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Rafaella
-

— Mãe?.- Indaguei, dando um passo á frente, deixando Gizelly liberada para se afastar e vi quando o sorriso de canto de Genilda sumiu lentamente.

Eu sempre soube que eu parecia minha mãe ou ela comigo dependendo do ponto de vista. Vi fotos dela na juventude e mais velha, e a comparação estava clara, mas ver Genilda pessoalmente depois de anos, era surreal.

- Rafaella?
Sua indagação desacreditada me fez sorrir um pouco.

- Sim, quanto tempo não vejo a senhora.- Fiquei do outro lado do balcão e me segurei na beirada com medo das minhas pernas me traírem e me jogarem no chão.

Estava tremendo.

Meu coração galopava no meu peito de modo desenfreado e olhei sobre os ombros, buscando os olhos de Gizelly. Vi que ela estava na estante de livros, distraída e me dando privacidade.

- Não sabia que voce viria aqui.
A voz da minha mãe me fez virar novamente.

- Nem eu. Eu decidi em cima da hora.- Respondi, virando-me para ela.

Genilda vestia um vestido  rosa com um avental que tinha o logo da livraria e eu sorri.

Genilda vestia um vestido  rosa com um avental que tinha o logo da livraria e eu sorri

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- Seu trabalho é perfeito. Eu deveria ter procurado a senhora em uma livraria antes de ir ao seu antigo endereço.

Ela sorriu de canto.

- É quase meu habitat natural.- Encolheu os ombros.

- Sim, e é um dos meus lugares preferidos.- Falei olhando ao redor. – Aprendi a amar com voce.

Ela suspirou.

- Como está seu irmão?.- Indagou olhando em direção a um homem tatuado que estava ao lado de Gizelly. – Aquele tatuado não é meu filho. Tato é conservador demais para todas aquelas tatuagens e ele sempre foi parecido com o pai dele. Eu o reconheceria de longe.

Sorri.

- Não conheço aquele moço ali não. Mas aquela ao lado dele é a Gizelly, não sei se lembra dela.- Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Ela não se moveu para falar comigo direito, não saiu de trás do balcão nem sequer pra me dar um abraço.

Não queria demonstrar carência, mas eu não a via por anos e era normal me sentir esperançosa que ao ve-la, tudo fosse um pouco diferente.

- Sim, é sua amiga, certo? Filha de Márcia e Fernando.

- Isso.- Concordei.

Ela então arqueou a sobrancelha.

- Sua namorada?

A pergunta intrigante me fez sorrir de leve, puxando a banqueta que havia um pouco ao lado me sentando novamente, pois sentia que precisava me manter estável, senão iria cair no chão.

MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now