Capitulo 39

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Rafaella
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Escondi minha aliança no bolso da calça jeans e caminhei até meu
irmão, vendo que ele cuidava do seu cavalo próximo à porteira do estábulo, com o chapéu cobrindo boa parte do seu rosto.

Não sabia dizer qual era o humor de Renato naquele momento, mas
arrisquei uma aproximação.

Ainda não havia contado a ninguém sobre meu noivado com Gizelly,
estava esperando o momento certo para fazer aquilo.

— O que você está fazendo escondida aí?.- ele indagou, de costas, e eu
pulei de susto.

Não estava realmente escondida, mas também não queria ser pega no
flagra.

— Eu queria falar com você.- Tomei coragem, aproximando-me dele.

Meu irmão colocou de lado a escova grande que usava em seu cavalo e me
encarou com uma expressão curiosa.
— Sobre uma coisa. Uma coisa pequena.

— Rafaella fala logo.- advertiu, fazendo-me sorrir, um sorriso meio nervoso e nem um pouco confiante.

Não sabia o motivo de estar com medo.

Renato depois que aceitou meu relacionamento, estava fazendo tanto caso de Gizelly e eu nos casarmos, que com certeza ficaria aliviado.

— Por acaso a empresa faliu e vamos ter que vender tudo? — arriscou
um palpite com um sorriso no rosto.

Eu sabia que ele estava brincando, pois havia visto os relatórios.

— Nada. — Balancei a mão no ar. — Inclusive, Bianca, Dani e eu temos uma reunião com você ainda essa semana.
Vou apresentar os balanços do primeiro mês e...

— A Dani vem?

Observei sua expressão de contentamento que ficou clara, conforme meu irmão passava a
mão entre os fios castanhos em um gesto nervoso.

— Sim, ela vem. E eu preciso dela nisso também.- disse ainda observando sua expressão. — Amanhã não vai dar, pois, é meu aniversário, mas se tudo der certo, vemos isso no fim de semana e...

Ele não me pareceu muito convencido.

— Não acho que seja isso que você tenha vindo me falar, então começa
logo, pois senão minha mente vai investir nos piores cenários.-  falou
emburrado.

Eu procurei tirar minha mão de dentro do bolso do casaco que vestia,
levantando-a no ar.

— Gizelly me pediu em casamento.- Falei, esperando sua reação.

Meu irmão demorou para esboçar qualquer emoção, e eu franzi o cenho
com aquilo.

— Um dia antes do seu aniversário? Ela por um acaso é maluca? Não podia
fazer no dia?

Sua indignação me fez bater em seu ombro, irritada.

— Fica quieto! — exclamei vendo Tato rir. — Ok, já contei. — Você
queria um casamento, então vai ter. Vou me embora. Dei meia-volta, porém sua voz me fez parar.

— Quer mesmo se casar?

A pergunta me pegou de surpresa.

Eu esperava qualquer coisa, no jeito irritante de Renato de parabenizar
e demonstrar carinho, menos aquilo.

Eu me virei para ele, encarando a aliança em meu dedo e sorri.

Se eu queria mesmo me casar?

Era claro que sim.

Gizelly Bicalho era o amor da minha vida e não sabia como demorei tanto tempo para aceitar isso.

—É claro que eu quero.- Respondi sincera, segurando minha mão contra meu peito. — Eu a amo muito, tato e não tem um dia que não me sinta menos do que feliz por tê-la comigo.

MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now