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Boa leitura!!❤️🩹
*Flashback*
27 anos atrás...
Sarah Carter ~
- O que está acontecendo Luiz? - O mesmo nos tirou do quarto às pressas pegando Ella e a carregando.
- Os Holandeses malditos! Estão invadindo. - Ele segurava a minha mão enquanto nos puxava pelos corredores do enorme castelo enquanto eu segurava Catarina.
- O que vamos fazer? - Eu questionei desesperada querendo proteger apenas minhas filhas e meu bebê.
- Você vai fugir. - Eu franzi o cenho, confusa.
- E você? Luiz, e você? - Ele parou e se virou para mim.
- Eu ficarei bem e buscarei vocês onde quer que estejam. - Eu senti meus olhos marejados.
- Eu não quero ir sem você. - Minha voz falhou.
- Você precisa ir, meu amor. Eu ficarei bem. - Beijou meus lábios e segurou minha mão novamente enquanto nos levava em direção à masmorra onde obtinha uma passagem secreta.
Olhei em volta e vi Bennet vindo em nossa direção, ela me ajudava na maioria das vezes com as bebês.
- Precisamos ir logo, eles já estão dentro do castelo. - Ela disse ofegante.
- Que merda! - Luiz esbravejou.
Ele nos guiou por todo o caminho e pude ouvir os gritos dos homens que estavam presos ali .
- Eles estão vindo! - Bennet gritou e eu olhei para trás vendo uma claridade atrás de nós que com certeza era de torchas.
Descemos as escadas secretas e Luiz empurrou a porta e senti a areia da praia em meus pés enquanto corríamos.
Olhei para o mar e vi navios que não eram franceses indo para o Oeste.
- Estão aqui! - Bennet disse correndo até um cavalo que estava ali.
- Eu não sei se irei conseguir fugir pelo mar, elas não estão seguras comigo! - Eu disse aos prantos.
- Não tem para onde levá-las, para onde você irá, será mais seguro. - Luiz disse segurando meu rosto.
- Não será! Estamos ficando sem tempo, e não quero perder minhas filhas. - Eu disse e ouvi Bennet descendo do cavalo e estendendo os braços para mim.
- Deixarei elas em segurança, Sarah! Esconderei elas na casa dos meus avós. - Ela disse pegando Ella devagar.
- E se não for? - Luiz questionou sendo contra a tudo isso.
- Príncipe, eu garanto que será! - Ela o olhou transmitindo confiança no olhar.
- ALI! - Pude ouvir um grito e olhamos para o lado vendo cavalos e torchas vindo em nossa direção.
- FUJA, SARAH! - Luiz gritou e entrei no barco tentando não olhar para trás e desistir disso.
Minhas filhas...
Pode ouvir o cavalo de Bennet fugir dali e Luiz estava atrás da mesma com Catarina em seus braços.
Elas ficariam seguras, não ficariam?
Pego o remo do barco e fui o mais longe que consegui, eu precisava ficar longe.
....
Três noites se passaram; três noites sem alimento, sem minhas filhas. Eu estava com medo, eu não posso perder o meu bebê.
Eu estava deitada dentro do barco já sem esperanças, sem acreditar que eu realmente sobreviveria, mas torcia para que as minhas filhas estivessem seguras e bem.
A lua iluminava a maldita noite fria, eu já havia passado mal algumas vezes e isso estava acabando comigo. Eu temia pela vida do meu bebê.
Meus olhos se fecharam novamente enquanto eu rezava para os céus que me mantivesse viva. De repente, o barco parou, parecendo ter se emperrado em algo.
Levantei a cabeça para ver qual era o problema, e arregalei meus olhos ao ver uma vila; crianças corriam e alguns homens cantavam em volta de uma fogueira.
Eu havia morrido?
Então, senti um algo molhado sobre meu rosto, e olhei para o céu percebendo que chovia. Droga! Eu não podia adoecer.
Sai do barco aos tropeços tentando me manter de pé enquanto via as pessoas indo para as suas casas depressa e a fogueira se apagando pela chuva forte.
Para onde eu iria? Não tinha para onde fugir mais! Onde eu estava?
Pude ver um estábulo nada longe e resolvi me abrigar ali, me parecia quente.
Vi enormes e belos cavalos ali, e resolvi me deitar um pouco distante deles e no mesmo instante, apaguei.
*Flashback off*
Mareena Carter ~
- Então essa é a história? - Questionei.
- Não toda. - Minha mãe respondeu. - Quando eu acordei seu- - Ela se corrige - Felício, me encontrou na manhã seguinte no estábulo. Eu perguntei onde estávamos e ele disse que estávamos na Inglaterra, não pude disfarçar, era o país inimigo. - Ela suspirou e olhou para o rei rapidamente, e redirecionou sua atenção para mim novamente.
- Seus tataravós, eram ingleses, isso me deu uma brecha. -
- E como você sabia falar a nossa língua? - Perguntei.
- Seu avô sempre fez questão de que eu e sua tia aprendessemos a língua dos inimigos, isso nos dava uma certa vantagem sobre eles. - Ela respondeu. - Bem, ai eu... Percebi que Felício tinha uma certa paixão por mim. - O rei bufou. - Usei isso ao meu favor, para me manter viva. Quem garante que ele não me entregaria se eu dissesse que era francesa? Aliás, eu quase não tinha sotaque.
- Não demorei muito e dormi com ele, para dar um jeito de ter você, e mantê-la segura.
- E depois dormiu denovo só para fazer mais uma filha. - Disse o rei enciumado.
- Luiz...
- Eu menti?
- Não, mas agora não é o momento. Já conversamos sobre isso. - Minha mãe o respondeu. - Felício disse que todos os reis da Inglaterra deveriam ter uma guardiã e eu não perdi tempo. Eu já estava familiarizada com a Inglaterra, então foi fácil ser escolhida já que eu tinha capacidade para isso. - Explicou. - Eu enviava cartas para Luiz quase todos os domingos, e contava coisas sobre a Inglaterra que o daria certas vantagens nas guerras. Eu sabia tudo de todos, eu estava em um posicionamento inalcançável.
Ela suspirou.
- Sua irmã nasceu e eu tive que dar um tempo para tê-la. Não colocaria a vida dela em risco. - Tocou a minha mão. - Você ficou tão feliz quando ela nasceu, diferente de outras crianças que ficariam com ciúmes, você não. Você era protetora com ela, e até eu ficava um pouco surpresa com isso.
- Você me abandonou com uma criança, abandonou o papai. Tem noção do quanto isso o machucou? Nos machucou? Você nem pensou antes de voltar. - Eu disse em voz baixa, decepcionada e com o sentimento de abandono cravado no peito.
- Eu pensei. Você não faz ideia do quanto eu pensei. Eu pensei em trazer vocês mas não dava, eu iria partir no meio da guerra. Como eu levaria minhas duas filhas para a guerra? Eu não podia! - Se justificou mas isso nem importava mais. - Então, eu voltei para a França; forjei minha própria morte. Eu sabia que vocês estariam seguras com Felício .
- Dane-se se estaríamos seguras ou não! Você é a nossa mãe! Sua obrigação era estar com a gente! Você não entende? Acho que não. Você não sabe o que é ter que ser a mãe da sua irmã mais nova. Não sabe o que é chorar todos os dias com saudade da mãe acreditando que ela tinha morrido de modo honesto! A gente quase perdeu a nossa casa por sua causa! Se não fosse pela Ravenna... Eu nem sei onde estaríamos agora. Ela foi uma mãe pra mim, fez o papel que era seu. - Ela abaixou seu rosto tentando esconder a vergonha.
- Sua mãe, fez de tudo para trazer você e sua irmã para a França, mas não encontramos nenhum modo de fazer isso, até que você virou a guardiã. - Meu "pai" disse.
- Acredite ou não, isso não foi o suficiente. - Eu disse olhando em seus olhos. - Me dêem um barco para voltar para a Inglaterra. - Eu disse me levantando sentindo um pouco de dor. Eles se entre-olharam e depois olharam para mim.
- Tenho uma proposta a fazer para você, filha. - Minha mãe disse e ignorei a mesma. - É sobre o Henrique. - Para brutalmente e me virei para ela sem dizer nada.
Henrique?
×××
Oi amores, esperam que estejam gostando do rumo que a fanfic está tomando.
Tô tentando ser o mais ativa possível aqui, já que a minha semana de provas passou, eu fico mais tranquila.
Se alguém ainda tiver dúvidas sobre algo, pode me marcar aqui msm que eu vou responder.
Bjs, amo vcs e obrigada por todo apoio!!❤️🩹
Até o próximo capítulo...