Quando A Vida Acontece - Vol 3

By MariMonteiro1

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Crescer nunca foi fácil, mesmo que já se seja adulto. Ella e Allison estão de volta, a primeira tentando resg... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40

Capítulo 31

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By MariMonteiro1

-Eu posso ver os seus filhos? – Ella perguntou.

Nancy tinha enormes olhos castanhos. Muito, muito grandes. E extremamente bonitos. Eles a lembravam animais silvestres em um daqueles desenhos que o Tom adorava. Ella havia percebido que, nos desenhos que Tom assistia, os vilões tinham as írises pequenas e os animais bonzinhos tinham olhos que pareciam pires. Nancy era assim. Dava uma sensação de inocência.

-Mostra, Nancy – Disse a cuidadora. – Ella é filha do Joel, aquele senhor aqui ao lado. Ela só quer ver como seus filhos são bonitos.

-Não toca – Nancy falou.

-Não vou tocar. Prometo.

Nancy afastou a cortina que cobria a estante da sala e havia um mundo em miniatura ali atrás. Ella não entendia nada de arte, portanto não podia dizer nada além de que as figuras eram pequenas e delicadas e que a comoviam de alguma forma, mas diziam que esse era o papel da arte. Sua mão se esticou instintivamente em direção ao busto de uma mulher grávida que lhe pareceu contraditoriamente melancólica, mas lembrou-se a tempo da promessa e não a tocou.

-Que lindas, Nancy. Parabéns, são muito bonitas.

Nancy fechou a cortina rapidamente, como se Ella fosse roubar as estatuetas, e a cuidadora sorriu sem graça:

-Desculpe, ela está em um dia de péssimo humor. Vamos dar a nossa voltinha, Nancy? De repente você precisa é de vitamina D.

-Agora não – Nancy se sentou em frente ao seu equipamento para trabalhar em novas esculturas.

Ella se despediu e saiu, pois tinha pouco tempo para preparar o seu pai. Olhou no relógio, ainda no corredor, e possuía exatamente cinco minutos.

-Pai, eu convidei uma pessoa – Ela disse, quando entrou no apartamento dele e o viu, de cueca samba-canção, regata e meia, sentado no sofá, a calefação no máximo. Imediatamente ela tirou o casaco, mas se olhou no espelhinho da bolsa e viu que estava completamente vermelha por causa do calor.

-O marinheiro?

-Não, outra pessoa. A Robyn já vai passar aqui.

-Quem é Robyn?

-A filha da minha mãe. Ela gostaria de te conhecer, se você não se importar. Se tiver problema, eu aviso e a gente marca outro dia.

-Não tem problema – Ele falou, sem se mexer.

-Não é melhor você vestir uma roupa?

-Eu estou vestido.

-Com roupas de baixo, né, pai? Que tal se vestir com roupas de cima também?

Joel deu de ombros e Ella suspirou. Lidar com Joel era uma guerra diária e, pelo visto, a atual batalha era aquela. Sem falar nada, ela mudou a temperatura para alguns graus mais frio.

-Pai, você vai aparecer de cueca na frente de uma menina de vinte e dois anos?

-O que uma menina de vinte e dois anos faria aqui?

-Ela quer te conhecer.

-Se quer me conhecer, não vai ficar julgando. Não julgue um livro pela capa, Ella. Quem vê cara não vê coração. Cavalo dado não se olha os dentes.

-Ok, já foram ditados demais por um dia – Ella olhou o relógio mais uma vez. – Vou encontrar a Robyn na recepção e a trago aqui. Já volto.

Dizendo para si mesma que já havia passado por constrangimentos maiores na vida que seu pai de cueca e meia na frente de uma visita, Ella desceu até o térreo. Robyn estava inexplicavelmente nervosa com o encontro com Joel, portanto ela achou que seria mais delicado encontrar a irmã lá embaixo.

Robyn foi muito pontual. No horário combinado, estava em pé ao lado das poltronas da recepção, com as mãos nos bolsos do casaco na falta de saber o que fazer com elas.

-Oi, Robyn! – Ella a abraçou. – Já vou pedindo desculpas, pois o meu pai está em um dia difícil hoje.

-Difícil? Como assim? – Robyn se encolheu, como se esperasse que Joel fosse atacá-la a qualquer instante.

-Ele está de cueca. Por favor, abstraia.

-Não é tão ruim – Robyn riu.

-É péssimo! Mas obrigada por fingir que não é. E como está o Jack? E o Dan?

As duas foram batendo um papo leve até chegarem ao andar de Joel, quando Ella parou de caminhar de repente ao ver uma pessoa estranha sair do apartamento de Nancy.

-Grace?

Ela se virou, assustada.

-Ah, meu Deus, Ella! – Ela colocou a mão sobre o coração. – Você quase me matou!

-O que você está fazendo aí? – Ella perguntou, desconfiada.

-Ué, o meu trabalho!

-Você trabalha de recepcionista, não de arrumadeira.

-Às vezes – Ela sorriu, sem graça. – Quando alguém falta. Mas não posso discutir isso com você, claro. Você é a nossa cliente.

Ela passou apressada pelas duas, mas Ella a parou:

-Você arruma os quartos com uma bolsa?

-Sim, claro, é uma sacola de lixo.

Ella olhou para a imitação de couro preta com zíper e pensou que, embora não fosse muito sofisticada enquanto bolsa, estava boa demais para saco de lixo. Ficou imaginando se poderia pedir para dar uma olhada, mas Grace tinha todo o direito de recusar. Decidiu que aquilo era mais uma missão para a agência de detetives composta por ela mesma.

Ella não fazia ideia de que seu pai podia ser tão rápido, mas, quando abriram a porta, ele estava de calça jeans, camisa e os tênis laranjas ofuscantes que uma vez Ella foi obrigada a comprar para ele na loja de materiais esportivos do Dave.

-Que mocinhas mais elegantes! – Ele sorriu para elas.

-Eh – Ella disse, na dúvida. – Pai, essa é a minha irmã Robyn.

-Muito prazer, sr. Acker – Robyn falou, formal.

-Pode me chamar de Joel – Ele disse, empolgado. – Viu, Ella? Ela tem carne.

-x-x-x-

Não era a mesma coisa.

Não era nem de longe a mesma coisa.

Sua história com o Dylan era a coisa mais ridiculamente falida que existia na face da Terra.

Não tinha conseguido o namorado. Não tinha nem mesmo conseguido o amigo, porque ele era o chato que estava sempre acompanhado da Daisy e, quando não era o caso, falava sobre a Daisy. Para ser justa, ele não era daqueles caras melosos insuportáveis que pareciam incapazes de existir sem mencionar a namorada. Mas é que ele passava bastante tempo com ela, e era impossível deixá-la de fora de todos os assuntos. E, quando ele não falava dela, a curiosidade mórbida da Allison trazia o assunto à tona.

Ela era, sem dúvidas, a pessoa mais idiota do mundo.

Naquela noite, por exemplo, ele apareceu no restaurante para levá-la em casa. Como havia passado a noite em pé de mesa em mesa, ela sorriu de um canto a outro do rosto.

-Oba! Veio de carro?

-Não – Ele respondeu, como se o fato nem tivesse lhe ocorrido.

-Ah – Fez ela, decepcionada. A intenção havia sido boa, mas seus pés doíam tanto!

-Desculpa – Ele falou, sem graça, ajudando-a a colocar o casaco. – É que eu não tenho carro, sabe?

-Verdade, tinha esquecido.

-Mas achei que valia pela companhia.

-Claro – Ela sorriu, simpática. Mas seus pés continuavam doendo tanto! – Mas você sabe que vai dar a volta na cidade, não sabe, D.?

-Também vale pela companhia – Ele segurou a porta do bistrô aberta para ela passar e os dois começaram a andar lado a lado.

Ela tinha total consciência do espaço que ele ocupava. De olhos fechados, seria capaz de apontar a massa de calor se deslocando. E, no entanto, ele estava tão longe! No início do ano os dois estavam transando e agora estavam... assim.

Ele devia gostar dela, nem que fosse um pouquinho. Aliás, ela sabia que sim. Era disso que tinha fugido. E então...

Lá foi ela, sem conseguir se segurar:

-A Daisy arrumou uma colega de apartamento?

-Ainda não.

-Você vai mesmo se mudar para lá?

Dylan riu:

-Não sei bem como surgiu essa história de que eu vou morar com ela.

-É mentira? – Ela perguntou, sem querer parecer muito ansiosa.

-É meio precipitado. A gente está saindo há seis meses.

-Tudo isso? – Allison falou, em choque. Seis meses, para os seus padrões, já era suficiente para um pedido de casamento.

-E você? – Ele interrompeu.

-O que tem eu? – Ela quis saber, confusa, enquanto eles desciam as escadas do metrô.

-Tá saindo com o Hunter?

-Meu Deus, as pessoas cismam com o Hunter! – Allison jogou as mãos para cima.

-Sei lá, ele foi com você ao Halloween.

-A Sophia também foi comigo ao Halloween e nem por isso somos um trisal, duh! Vocês são muito obcecados.

-"Vocês" quem?

-Vocês, pessoas ocidentais. Parecem um monte de tias velhas, sempre querendo arrumar casal – Ela brincou. – Existe mais que isso na vida de uma mulher solteira, sabia? Um buffet, por exemplo.

-Opa! Desculpe. Me conte sobre o seu buffet.

-Está indo devagar, só tivemos três trabalhos até agora, aliás ainda não realizamos o terceiro, mas temos os aventais mais lindos.

-Certeza que a qualidade de um buffet começa pelo avental.

E era nessas horas que ela e Dylan eram exatamente como antigamente e Daisy era varrida da memória de Allison e, ela esperava, da dele também.

-Quer beber alguma coisa? – Ela perguntou, quando chegaram ao prédio dela.

-Não sei, tenho aula cedo amanhã.

-D, não sou tão alcóolatra assim – Ela revirou os olhos. – Estava pensando algo na linha "chá de hortelã".

-Ok, aí eu topo.

Feliz por ter adiado a despedida, Allison tomou o caminho do seu apartamento, Dylan atrás. Ela abriu a porta, acendeu a luz e jogou suas chaves sobre a mesa, ao lado de um envelope. Pegou-o distraidamente, viu de quem era e começou a tremer.

-O que foi? – Dylan perguntou.

-Foi mal, D, eu tenho que abrir agora.

-Puta merda, abre agora! Eu também quero saber o que é isso.

Era um envelope grosso. Sem dúvida era um envelope grosso. Uma má notícia não se dava em um envelope daqueles, pois ela era rápida. Um "Não" cabia em menos de uma linha.

Allison tirou as folhas de dentro, correu os olhos e gritou:

-Não tô entendendo porra nenhuma!

-Calma, Allie! Quer que eu leia?

-Por favor – Ela gemeu.

Dylan pegou as folhas de papel e começou a ler:

"Temos o prazer de informar que você preenche os requisitos e ganhou bolsa integral no Instituto Le Cordon Bleu"

-Allie! Isso deve ser bom, certo? – Dylan perguntou.

-Isso é o MIT da gastronomia, porra! – Allison falou, com lágrimas nos olhos, e abraçou Dylan.

-Parabéns, Allie – Ele a segurou bem apertado. – Cara, parabéns. Você merece muito. Você deu jeito na sopa de legumes do Jake, caramba. Não consigo pensar em ninguém que mereça mais que você.

-Obrigada – Ela respondeu, a voz abafada pelo abraço dele, em seguida se separou e perguntou: - O que mais tem aí?

Dylan voltou a olhar os papeis:

-Tem várias coisas aqui para você preencher e você precisa se apresentar no instituto dia quatro de janeiro...

-Ok. Eu tranco a minha faculdade. É por um bom motivo – Allison disse, andando de um lado para outro.

-Em Paris? – Dylan ergueu os olhos da carta. – Allie, você vai para Paris?

Allison parou de andar.

-Vou. Foi para lá que me inscrevi.

-Esse curso dura quanto tempo? – Ele perguntou, sério.

-Nove meses – Ela respondeu no mesmo tom. Sentiria falta da Loly, do Jake, do Viking e, especialmente, do Dylan. Mas era uma chance que não poderia perder. Jamais pensou que conseguiria quando fez a inscrição para uma bolsa no curso que nunca teria chances de pagar sozinha. Havia se inscrito só porque Sophia insistiu.

E, além disso, Dylan tinha sua vida e sua Daisy.

Ele deu um sorriso forçado.

-Melhor você começar a aprender a falar francês, então.

-Eles têm tradutor, mas já pensei nisso. A única coisa que sei falar em francês é "bonjour" e "s'il vouz plaît", porque a doida da gerente do bistrô forçou a gente a atender os clientes assim uma vez para soar mais autêntico. Ah, merda, os franceses vão dar na minha cara.

Dylan deu um sorriso mais verdadeiro dessa vez:

-Vão nada, eles vão ficar malucos por você.

-x-x-x-

Quando Zach abriu a porta, Tommy já estava do lado de dentro, as mãos nas costas, examinando uma vitrine. Era ridículo como ele era um camaleão e ficava bem em todos os tipos de ambiente, desde que estes fossem caros o suficiente. Festa em um iate: Tommy estava em casa; Casamento da rainha: Tommy não podia estar mais perfeito; Queijos e vinhos filados na casa de uma amiga: Tommy podia ilustrar um artigo sobre o assunto. Agora, Tommy estava em uma joalheria, de sobretudo e roupas caras, e Zach pensou que o amigo parecia muito mais o noivo do que ele.

-Ei – Zach se aproximou. – Valeu por vir.

-Não perderia por nada! Se é para a Baby usar um anel para o resto da vida, ela vai ficar passada quando souber que tenho um dedo nele.

-... Tá – Zach respondeu, sem ter muita ideia de como reagir àquela declaração.

-Você conseguiu? – Tommy perguntou.

-Consegui – Zach tirou um anel do bolso. – Ela costuma usar esse no dedo anelar. É sem muitos detalhes, como você falou. Aliás, como você entende tanto de anel de noivado?

-Amigo, entendo tanto de tudo. Minha cabeça é uma enciclopédia de conhecimentos aleatórios. Bom, vamos lá porque o Roger está nos esperando.

-Quem...?

-Boa tarde – Um homem alto e de terno, moreno e com cílios impossivelmente longos e negros, falou. – Eu sou o Roger. Como posso ajudá-los?

-Eu queria uma aliança de noivado – Zach falou. Não sabia bem como isso funcionava, mas provavelmente começava com uma frase simples como aquela.

-Claro, por aqui – Ele se colocou atrás de um mostruário. – O que você tem em mente?

Tommy olhou para Zach, aguardando a sua resposta. A verdade é que ele não tinha nada em mente. Jamais havia comprado uma aliança de noivado na vida. Olhou para o mostruário e eram todas redondas e de aparência cara.

-Ouro amarelo, ela usa mais que prata ou ouro branco – Zach falou, brincando com o anel que havia trazido nas mãos. E então percebeu o que segurava e explicou para o Roger: - Isso é para... para saber o tamanho.

Se sentindo um pouco idiota e totalmente perdido ali dentro, ele entregou o anel para Roger, que o mediu e colocou uma bandeja para exposição de anéis na frente deles

-Ok, não pode ter muito detalhe – Tommy achou melhor tomar à frente. – Ela é prática, é estilista, provavelmente vai querer uma coroa rebaixada e diamantes menos expostos.

-Que tal esse? – Roger pegou um anel – É de ouro dezoito quilates, com seis diamantes no arabesco do aro e o rubi cortado em forma de coração, símbolo do amor eterno.

Zach e Tommy se entreolharam, na dúvida.

-É que ela é meio ogra – Tommy explicou.

-Este aqui – Roger mostrou outro. – Possui um rubi cercado por 10 pequenos brilhantes, criando um delicado halo que enfatiza o belíssimo vermelho desta gema singular.

-E este? – Zach apontou para o mostruário, pouco seduzido pelos rubis.

-Este é o anel Vida Após a Morte.

-Que mórbido – Tommy riu.

Mas, como custava mais que os dois anteriores, Roger se empenhou:

-Ele é romântico, mas menos óbvio. Mesmo que a noiva seja... ogra... noivados e casamentos são situações românticas, e os delicados arabescos do anel enfatizam isso. E o diamante negro. É um belíssimo diamante negro, destaque nesta joia única, e que esconde uma surpresa para noivas que não se consideram tradicionais: há uma pequena caveira abaixo da coroa.

-Tá de sacanagem – Tommy e Zach disseram e chegaram mais perto para olhar.

E ela realmente estava lá, tão minúscula que eles nunca a teriam notado se Roger não tivesse falado nada.

-Eu acho que é isso.

-Acha? – Tommy perguntou. – É um anel de noivado com uma caveira. É perfeito!

-É para o resto da vida, cara. É muita responsabilidade.

-Se ajudar... – Tommy pegou o anel e se ajoelhou na frente de Zach.

-Porra, o que você tá fazendo?

-E agora, visualizou?

-Graças a Deus, não. Não quero pensar em você quando lembrar do meu pedido de casamento – Ele riu. E, para Roger, falou: - Vou levar esse.

Quando os dois saíram da joalheria, Zach agradeceu Tommy pela companhia, pelas dicas e até por se ajoelhar.

-Imagina.

-Mas não acabou.

-Não? – Tommy olhou para ele, espantado. – Você quer fazer um ensaio?

-Mais ou menos. Eu preciso de um coreógrafo.

Tommy deu um sorriso incerto:

-Precisa não, Zach. É simples. Você se ajoelha e...

-Não, é que eu tive uma ideia...

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