Quando A Vida Acontece - Vol 3

By MariMonteiro1

1K 426 93

Crescer nunca foi fácil, mesmo que já se seja adulto. Ella e Allison estão de volta, a primeira tentando resg... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40

Capítulo 17

22 10 2
By MariMonteiro1

Allison nunca pensou em se casar. Mas, se fosse como o casamento da Lily, ela reveria os seus conceitos. Seu pai não dava nem um inteiro para levá-la ao altar, muito menos dois. E é claro que ela falava um único idioma e, por isso, não poderia fazer os votos em inglês e português, como Lily e Mateus. Mas achava que todo o resto era bem possível, embora toda a sua história agisse contra ela.

Por exemplo, o nome Lily significava lírio, como os do buquê que a noiva carregava. Já o seu, segundo uma pesquisa que fez para a escola, era um nome germânico unissex que significava nobre. Era um conceito muito confuso. Nobre de espírito, de refinamento, de ideias? Achava muito difícil que qualquer coisa nela remetesse à nobreza e, de qualquer forma, não era algo que pudesse usar no seu casamento, a menos que realizasse a cerimônia na Abadia de Westminster.

Em segundo lugar, para casar ela tinha de acreditar no amor. Não era que fosse completamente contra o conceito nem que nunca houvesse tido suas paixonites. E acreditava, sim, em várias formas de amor. Em seu amor por sua avó; no amor pelos seus amigos; no amor que sentia pela carreira que havia escolhido... Esse tipo de sentimento muito dificilmente acabava. Ela não confiava era naquele amor doido que virava tudo do avesso, nos alçava às nuvens durante algumas semanas para nos fazer esborrachar pouco depois. Ou que então caía no tédio e no vazio.

Assistindo a Lily e Mateus trocarem alianças, Allison pensou que seus pais já foram assim algum dia. Já se amaram e pensaram que podiam ser felizes compartilhando uma vida e formando uma família. Não sabia nem quando o projeto começara a dar defeito, mas não tinha a menor lembrança de um lar que se parecesse remotamente com as palavras inspiradas do padre.

Em contrapartida, o que as pessoas ali tinham era tão enorme e poderoso que a fizeram lembrar das palavras do Luca, de que ele tinha medo de passar pela vida sem se apaixonar. Aliás, ela se lembrava disso com muita frequência. A vontade de se entregar a alguém era algo tão alienígena ao seu mundo que ela não conseguia superar o que ele dissera. Um cara bonito, que ficava com mil garotas diferentes, ao invés de querer viver assim até o fim dos seus dias optava por sofrer. Algumas noções eram bizarras demais.

A festa foi em um enorme salão, ao som de uma banda de rock dançante. Mandie, uma das gêmeas de Angie, era a mais animada e já estava sem sapatos no meio da pista de dança, se mexendo com uma graça que era até surpreendente. Enquanto a observava, Loly disse:

-Não quero estragar a festa com trabalho, mas você já comprou tudo para a prova amanhã?

-Não estraga, estou louca pra falar disso! - Allison respondeu, empolgada. - Já comprei e amanhã vou faltar à aula para fazer coisas como o meu próprio sorvete. Isso impressiona, não é?

-Eu estou impressionada – Loly respondeu. - Eu vou com você. O Tommy vai me cobrir e pensei que eu poderia ser a sua garçonete.

-Jura? - Allison pensou: "Viu? É esse tipo de amor que eu gosto".

-Vai ser muito legal! Você me explica direitinho o que eu preciso fazer, porque você tem experiência no bistrô em que você trabalha.

-Amiga, não vá por mim, porque eu faço tudo errado.

Loly riu.

-Passo na sua casa então por volta das dez, que tal? E aí vamos juntas.

-Loly! Vem dançar comigo! - Mandie falou e Allison deu uma gargalhada.

-Essa menina te ama. Fala para ela me recomendar para a mãe dela.

-Deixa comigo – Loly piscou e se levantou.

Ela e Mandie deram as mãos e começaram a dançar twist juntas. Allison sorriu assistindo, até que seu olhar escorregou para a direita e ela viu Daisy e Dylan. E os danados até que dançavam bem. Era duro admitir, mas eles formavam um casal bonito.

-Adoro a Daisy – A mãe de Dylan disse, próxima a ela. - Duvido que ele fizesse a insanidade de largar o MIT se já estivesse com ela naquela época. Ela é de TI também, entenderia perfeitamente a oportunidade de fazer um dos melhores cursos do mundo.

-Ele não estaria com ela na época porque morava em outro país - O padrasto do Dylan respondeu.

"Isso! Ótima resposta", Allison pensou. Como a mãe de Loly e Dylan tinha a energia ruim, cruz credo! Se havia algo que a sua família havia lhe ensinado era fugir de pessoas assim, até porque eles eram daquele mesmo jeito.

Melhor sair dali. Era um dia lindo, seguido por outro em que tudo tinha de ser perfeito. Melhor não se contaminar pelo veneno alheio.

Allison se levantou para procurar Jake ou Luca e passou por Millie.

Millie tinha dormido.

O mais estranho não era ela ter adormecido no meio de uma festa, com música, pessoas conversando, toda a adrenalina em volta e cheia de açúcar no sangue. O esquisito é que ela dormiu no colo do Victor.

Millie havia começado a ficar chorona e reclamona e dado uns dez mil pitis diferentes, com Baby morrendo de vergonha e fazendo ameaças sortidas. Não funcionou. Zach tentou sua psicologia. Não deu certo. E então Victor perguntou se podia tentar. "Aham", disseram os dois, inteiramente céticos. Ele a pegou no colo, conversou com ela, passeou com Millie pelo salão, a embalou um pouco e, quando voltou, ela dormia com a bochecha esmagada contra o seu ombro.

-Como você fez isso? - Baby perguntou, sem conseguir conter o espanto.

Victor ergueu o ombro livre:

-É isso o que eu sempre fiz com os meus outros filhos. Costuma funcionar.

-Deixa eu pegar pra você curtir a festa – Zach falou.

-Não precisa, vai que ela acorda. Depois eu devolvo. A gente vai revezando.

Mais uma vez, tudo muito educado e muito civilizado.

Grace, que havia sido convidada para o casamento antes do décimo surto da Baby com a sua presença, ficou olhando a cena, mas não falou nada.

Zach não sabia o que o incomodava mais. Se era a cobrança velada da Grace para que ele fosse mais impositivo com o lugar dele na vida de Millie ou se era o fato de ele não se impor por conta própria.

Porque havia situações como aquela, por exemplo. Victor era um pai muito mais experiente que ele. Era perfeitamente compreensível que lhe desse dicas sobre como lidar com a Millie. Mas havia a voz da Grace falando na sua cabeça que não era tão normal assim porque Victor era o pai de fato. Para a Grace, tudo o que ele fazia por Millie roubava o lugar de Zach e o tirava da posição que ele havia arduamente conquistado. E isso, que Zach costumava desprezar como paranoia, começava a deixá-lo inquieto.

-A gente sempre acha que só a nossa filha é o alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado – Baby disse. - Mas quer dizer que todos os seus filhos ficam um saco?

-Com certeza – Victor respondeu. - Diria que o problema está no meu DNA se não fosse pelo Danny. Mas ele só tem DNA da Jo e fica um saco também.

-Talvez seja a sua má influência - Baby brincou.

-Pode ser – Victor sorriu.

Ele estava visivelmente feliz e provavelmente também um pouco orgulhoso por ter sido o colo eleito.

-Você fica bastante com seus filhos, então? - Zach perguntou.

-Sempre – Victor respondeu. - Ok, sempre é impossível, mas fui pai solteiro durante uns anos e, antes e depois, tento equilibrar o tempo que passo trabalhando com o que fico com eles.

-O Victor tem uma produtora. Ele é documentarista – Baby explicou para Zach e Grace.

-Que legal! - Grace sorriu. - Somos todos artistas, então. Eu faço esculturas.

-É? Gostaria de ver – Victor respondeu por educação enquanto, atrás dela, Baby fazia "não" com os braços. - Acho que nunca perguntei o que você faz, Zach.

-Eu sou escritor.

-Opa, como o meu padrasto.

-Sim. Bom, a gente escreve tipos bem diferentes de livros.

-O Zach escreve putaria – Baby explicou.

-Não escrevo putaria – Ele protestou.

-Tem um bando de putaria. Ok, você escreve "literatura erótica", o que é latim pra putaria.

Zach riu, surpreso que ele e Victor nunca tivessem conversado sobre a profissão um do outro mesmo depois de um ano. Aliás, eles não haviam conversado sobre absolutamente nada de relevante.

-Isso, escrevo literatura erótica - Ele concordou.

-É um mercado que cresceu pra caramba – Foi o comentário de Victor.

-Sim, com certeza. Eu estou indo bem, não posso reclamar.

-Você sempre quis escrever isso? - Victor quis saber.

-Não, eu sempre quis escrever, ponto final. Mas descobri que sou bom nisso e, como você mesmo disse, tem vendido bem.

-É incrível quando a gente se dá conta de que pode pagar as contas com o nosso sonho.

-Não é? - Baby concordou. - É exatamente assim que eu me sinto com o meu ateliê.

Só quem não tinha nada para dizer a respeito era a Grace, pois suas esculturas estavam acumulando e ninguém as comprava.

No dia seguinte, o apartamento de Zach finalmente ficou pronto e ele pôde levar Grace, Theo e vinte e três esculturas encalhadas para lá. O lugar estava com cheiro de obra e de novidade, como se Zach tivesse acabado de pegar a chave com a imobiliária.

-Bom, é isso, você conhece o lugar, né? Antes de te pegar no hotel, fiz umas compras pra você.

-Obrigada, Zach. Isso é bem humilhante – Ela disse, olhando para o chão. - Uma coisa é comer na sua casa quando tô hospedada lá. Outra é estar em outro apartamento e você fazer compras pra mim.

-Não se preocupe com isso – Zach a abraçou. - E, como você mesma diz, eu passei seis meses na sua casa antes dos meus livros estourarem.

Grace devolveu o abraço apertado do irmão e, em seguida, foi investigar a geladeira. Havia uma caixa de suco de laranja e ela a abriu.

-Quer?

-Não, valeu. Mas vá em frente.

-Ainda estou com um pouco de ressaca de ontem. Foi um festão, né? - Ela perguntou, procurando onde ficavam os copos.

-Foi.

-E vem cá, toda aquela família é bem-sucedida? É guitarrista famosa, escritor famoso, documentarista, todo mundo artista, todo mundo rico.

-Não sei se são todos ricos. O Victor não deve ser, é muito filho para ele sustentar.

-Ele manda dinheiro para a Millie, é?

-É, ele paga uma pensão - Zach respondeu, inquieto. A experiência lhe dizia que Grace não fazia perguntas desinteressadas.

-Que bom – Ela deu um gole no suco de laranja e ficou em silêncio, como se estivesse pensativa. E então deu sua primeira ferroada: - A Baby tem muita intimidade com ele?

-Eles cresceram juntos.

-Porque ela falava de um jeito sobre os seus livros, que você escrevia putaria, e ele entrou na brincadeira, parecia um pouco de flerte, sabe? Bom, mas alguma intimidade eles têm, se fizeram a Millie.

-Você acha que ela fez pouco dos meus livros? - Zach perguntou, achando que Grace estava sendo louca, mas sentindo um pingo de verdade ressoar no fundo do peito.

-Não é fazer pouco – Grace arregalou os olhos, inocente. - Mas eu nunca diria para ninguém que você escreve putaria. Parece pornô.

-Entendi – Agora quem estava pensativo, era Zach. Por fim, ele disse: - Mas você conhece o jeito que a Baby fala, né? Ela não faz por mal, é o jeito dela.

Zach achava.

Ou melhor, esperava.

-x-x-x-

Loly entrou no apartamento de Allison pontualmente às dez. Ela estava simplesmente linda em um vestido curto preto de gola branca que seguramente havia custado um fígado e um rim.

-Foi a roupa mais garçonete que eu tinha. Só faltou um aventalzinho branco.

-Garçonete da família real, né, amiga? Entra!

Allison havia passado a manhã inteira assando, cozinhando e montando, e sua mesa havia desaparecido embaixo das travessas. Loly olhou para tudo aquilo boquiaberta, tentando recalcular a rota rapidamente.

-Como a gente vai levar isso tudo?

-O viking me emprestou o carro – Allison anunciou, feliz.

-O viking? Meu primo viking? Que dizer, meu primo Luca? - Loly perguntou, pasma.

-Isso. Eu expliquei o problema no final de semana e ele me emprestou o carro do pai dele, claro que o pai sabe, mas achei bem generoso. É óbvio que não dá para pedir sempre, então, se der certo, eu tive uma ideia. Vai ser muita coisa mesmo para eu fazer sozinha, então sabe a Sophia?

-Quem? - Loly ainda estava pensando sobre o padrinho emprestar um carro para Allison, que ele nunca havia visto dirigindo.

-A Sophia que eu vou apresentar para o Luca? Então, ela tem carro! Eu a chamo para trabalhar comigo e também arrumo o transporte. Isso até eu estar ganhando uma grana e poder comprar uma van. É claro que aí não posso chamar o buffet de Allie's. Talvez Espaço Gastrô, mas fica muito adulto. Embora eu ainda não saiba se vou me especializar em festas infantis. Ai, Lolly, acho que estou tendo uma crise de ansiedade – Allison levou a mão ao peito.

-Calma, amiga! - Loly começou a correr de um lado para o outro e, sem saber o que fazer, foi pegar um copo d'água para ela. Quando Allison começou a beber em goles enormes, Loly continuou: - Vamos passar por hoje primeiro, né? Se a Angie gostar, e ela vai gostar, a gente tem até o dia do aniversário para pensar no resto.

Elas fizeram algumas viagens até acomodar tudo no carro do Eddie.

-Então o Luca convenceu o padrinho a te emprestar o carro, é? Tudo bem que o padrinho tem uns quatro carros diferentes, mas eu não esperava.

-Gente, eu é que não esperava que o viking fosse um cara tão bacana.

-Eu te avisei. Ele como homem não vale nada, mas como amigo é maravilhoso. Você sabia que ele e Jake nasceram com quinze dias de diferença? A madrinha e a mãe do Jake ficaram grávidas juntas e combinaram de fazer tudo juntas. Elas iam ter o bebê em uma piscininha de plástico na sala com a mesma doula.

-Ao mesmo tempo?

-Imagino que não. A sincronia não chegou ao trabalho de parto. Aí a tia Kate se acovardou porque odeia sentir dor e arrumou um médico para fazer uma cesariana nela na Espanha, por isso o Jake nasceu lá.

-Ui, o príncipe tem sangue latino!

-Mas não por causa da Espanha, doida. É porque a mãe dele é brasileira.

-Ah, é.

A conversa distraiu Allison até que ela chegou ao prédio baixo em que Angie morava. Assim que Angie liberou o portão de entrada, elas recomeçaram o trabalho, dessa vez para levar as travessas para cima.

-Olá! - Angie abriu a porta. - As meninas estão aqui. Achei que seria interessante elas participarem da prova.

-Que ótimo! - Allison fingiu empolgação. Por algum motivo, saber que as verdadeiras consumidoras dos seus produtos iriam participar a deixou mais nervosa.

-Loly! A Loly veio! - Mandie e Dawn foram abraçá-la.

-Eu sou a garçonete! - Loly anunciou e mostrou seu vestido caro: - Olha só, estou vestida de garçonete.

-Garçonete não é assim, bobinha – Dawn falou. - Garçonete tem gravata!

-Com certeza! - Loly concordou. - Mas a minha estava lavando, por isso hoje eu sou uma garçonete sem gravata.

-O vestido dela tem lacinho, olha – Mandie chamou a atenção. - É como uma gravata.

-Onde é a cozinha? - Allison perguntou para a Angie enquanto o debate da gravata continuava.

-É por aqui, vou te mostrar.

Vários minutos depois, problemática da gravata resolvida e travessas na cozinha, Allison começou a apresentar as suas criações enquanto Loly servia Angie, Mandie e Dawn, as três sentadas à mesa com copos d'água, Dawn achando tudo incrivelmente divertido e segurando o riso o tempo inteiro.

Como o tema da festa era fundo do mar, Allison fez e Loly serviu:

Sanduichinhos em formato de estrela do mar com três opções de recheio, inclusive um vegano.

Cookies em formato de ostras (com pérola dentro).

Sorvete de frutas vermelhas feito pela própria Allison.

Três opções de bolo diferentes.

Enfeites para a mesa: como exemplo, ela mostrou tartarugas que havia feito com umas rodelas de kiwi e metades de uva verde, e elas poderiam ser comidas no fim da festa.

-Nossa, está tudo muito gostoso, Allie, e você tem um capricho incrível - Angie disse, por fim. E, quando Allison já achava que tinha uma carreira, ela falou: - Eu marquei com uma outra empresa amanhã. Depois que fizer a prova deles eu falo com você, tá?

-Ah, mamãe! - As gêmeas não faziam nada juntas, exceto dessa vez.

-O da Allie tem tartaruguinhas! Eu quero tartaruguinhas! - Mandie disse.

-E o bolo vermelho! - Dawn falou. - É o melhor bolo que eu já comi na vida.

-O melhor, Dawn? - Loly encorajou.

-O. ME. LHOR!

E foi assim que as duas desceram mudas, Allison com um sinal na bolsa e, assim que entraram no carro, começaram a gritar.

-Eu consegui!

-Você conseguiu, Allie!

-Bendita ideia de fazer tartaruguinhas!

-Viva as tartaruguinhas!

A semana de Allison não podia ter começado mais colorida.

Continue Reading

You'll Also Like

1.9M 161K 103
Os irmãos Lambertt estão a procura de uma mulher que possa suprir o fetiche em comum entre eles. Anna esta no lugar errado na hora errada, e assim qu...
9.8M 614K 88
Um homem insuportável de um jeito irresistível que faz um sexo que deixa todas de pernas bamba, Tem todas as mulheres que deseja aos seus pés mas te...
417K 799 4
História vencedora do Wattys 2016! História retirada do ar! Na semana de início de mais uma edição do festival de música Rock In Rio, no Brasil, jove...
17.7M 1.2M 91
Jess sempre teve tudo o que quis, mas quando Aaron, o sexy badboy chega a escola, ela percebe que, no final das contas não pode ter tudo o que quer...