Quando A Vida Acontece - Vol 3

By MariMonteiro1

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Crescer nunca foi fácil, mesmo que já se seja adulto. Ella e Allison estão de volta, a primeira tentando resg... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40

Capítulo 12

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By MariMonteiro1

Enquanto a pintura do quarto do Noah secava, Malu e Luca, com Noah pendurado em um sling, foram a uma loja de decoração comprar os móveis. Segundo ela, eles estavam sendo espertíssimos, pois ela já havia cometido a loucura de pintar o quarto e esperar os móveis ao mesmo tempo e não, não havia sido uma boa experiência. Ele havia pedido sua ajuda com opiniões e com o dinheiro, pois não ganhava tão bem assim para decorar um quarto inteiro. Malu disse para deixar a última parte por sua conta, seria um presente de batizado.

-Esse negócio de batizado é bem lucrativo – Ele riu, checando os berços que estavam de acordo com o que havia visualizado para o espaço. - O que eu ganhei no meu?

-De mim? Dos seus padrinhos?

-É.

-Eu dei a roupa do seu batizado, um macacãozinho lindo com perninha pimpão.

-Que ridículo, mãe - Luca deu uma gargalhada. - Até o nome é tosco. O que é perninha pimpão?

-É lindo, são umas pernas bufantes, e você era gordinho e cheio de dobrinhas, ficava a coisa mais fofa. Seus padrinhos te deram aquele escapulário de ouro lindo que eu guardo numa caixinha porque obviamente não te serve mais. A gente pode dá-lo ao Noah.

-Queria ver as minhas coisas antigas.

-Quando a gente chegar em casa você desce com elas para mim, porque não posso subir e pegá-las por motivos óbvios. Depois da prova do vestido da Lily, claro.

As pessoas os olhavam, e Luca sabia que tinha muito pouco a ver com o hediondo andador roxo de cestinha da mãe, e sim com o fato de ela ser famosa. Mas era uma loja cara, exclusiva e todos eram muito discretos, provavelmente acostumados a ver celebridades. Um vendedor alto e magro como um varapau os atendeu, solícito, e Malu e Luca encomendaram tudo o que precisavam. Algumas coisas, diga-se de passagem, que Luca nem sabia que existiam.

Quando terminaram, foram fazer um lanche na medida em que Noah permitia.

-E os seus amigos da Suíça? Tem falado com eles? - Malu perguntou, depois de dar um gole em sua Coca-Cola.

Luca levantou um ombro:

-Tenho. Mas não todos. O assunto da gente muda, né? Às vezes acho que não me encaixo mais, mamãe.

Ela ficou séria, pensativa. Por fim, disse:

-É, seus amigos estão em uma fase diferente. É difícil mesmo. Ter filhos é uma coisa maravilhosa, mas também tem desafios bem grandes. Só que amigo de verdade fica. Tipo Dylan e Jake.

-Eles são da minha família - Luca riu. - Não têm para onde correr.

-Mas não correriam se tivessem. Se você quiser, a gente pode ir um final de semana a Zurique, depois que passar a loucura do casamento da sua irmã. Você pode encontrar seus amigos e eu e Eddie ficamos com o Noah para você dar uma saída com eles.

No início, Malu e Eddie passavam várias noites conversando se não estavam sendo duros demais. A conclusão geralmente era que não, o que não significava que não lhes doesse. Mas havia valido a pena. Luca tinha crescido, amadurecido, lidando com tudo de uma forma que a surpreendia, e olha que ninguém no mundo o tinha mais em alta conta do que ela. Ele havia conquistado alguns direitos, como algumas noites de vez em quando em que pudesse se sentir um jovem de vinte e dois anos novamente.

E, por falar na loucura do casamento da Lily, aquele foi o dia da última prova do vestido. Lily entrou com a estilista no closet e saiu uma princesa moderna. Todo o glamour do vestido estava na sua simplicidade. Era um tomara que caia com a modelagem tão perfeita que parecia que a renda havia sido colada sobre a sua pele, esculpindo toda a parte superior da peça. A saia, por sua vez, tinha um tecido liso e diáfano com caimento perfeito em várias camadas produzindo ondas suaves e assimétricas que traziam toda a leveza ao modelo. Mas o que dava o toque final era uma faixa singela na cintura, lisa e acetinada, num tom de nude tão suave que em alguns momentos aparentava ser a pele de Lily dividindo o vestido em top e saia, num misto de delicadeza e ousadia, digno da menina que ela havia sido e que sempre seria.

-Você está a coisa mais linda, filha – Malu disse, com os olhos cheios d'água.

-Eu sei! - Lily exclamou na frente do espelho. - Eu estou... uma noiva!

Com as costas da mão, ela secou uma lágrima e torceu o corpo para um lado e para o outro, fazendo o vestido rodar um pouco.

Tommy, sentado na cama ao lado da mãe, assobiou baixinho:

-Ficou digno da Abadia de Westminster, maninha. Diria até que a Kate Middleton ficaria humilhada.

-É? Humilhada? - Lily continuava se olhando de vários ângulos diferentes. - Agora eu entendo por que você se casou tanto, mamãe. Vestidos de noiva são o máximo!

-Foi por isso, Lily. Foi exatamente por isso – Ela respondeu, sem esquecer o sarcasmo.

-Chama o Luca! Todo mundo tem de ver isso. Menos o Mateus, claro.

Para poupar tempo e não ter que catar o Luca pela casa de cadeira de rodas depois de todo o esforço que foi passar o dia fazendo compras de andador, Malu pediu que Tommy o procurasse.

-O tio Eddie não está? - Lily perguntou, louca por público.

-Não, ele foi fazer umas fotos e ainda não voltou – Malu lamentou. - Eu devia ter prendido todo mundo em casa para esse momento.

-Devia, mamãe!

Lily sorria tanto que suas bochechas já estavam ficando dormentes. Ela desfilava pela milésima vez em frente ao espelho quando Luca abriu a porta.

-Olha só, Ferrugem!

-Epa, você está gata!

-Ela é uma noiva, Luca! Noivas não ficam gatas! - Malu protestou.

-Eu não me importo de ser uma noiva gata.

-Noivas ficam bonitas, radiantes, belas, lindas, delicadas... Escolha seu adjetivo – Tommy disse, como se fosse muito entendido.

-Cara, que complexo.

-Vamos botar o véu? - A estilista falou.

-Ai, meu Deus – Malu segurou a mão de Luca.

As mulheres ouviram sinos tocando e anjos cantando enquanto o véu era colocado na cabeça de Lily. Tommy mal podia conter a expectativa e Luca, como sempre, estava calmo e na Lucolândia. Mas todos sentiram algum grau de emoção. Começou com a Malu, que soltou um soluço alto.

-Ah, a minha bebezinha.

Lily ficou muda na frente do espelho, sem encontrar palavras. Foi preciso que Luca chamasse a atenção para que eles percebessem a campainha. Ele foi lá abrir a porta e, em seguida, ouviram a voz de Kate pela casa.

-COMO ASSIM, COMEÇARAM SEM MIM? COMO SE ATREVEM A COMEÇAR SEM MIM? ESSA MENINA FOI O PRIMEIRO BEBÊ QUE EU PEGUEI NO COLO, VOCÊS TÊM NOÇÃO, EU BASICAMENTE PARI! E AÍ VOCÊS VÃO E COMEÇAM SEM MIM?! - Ela abriu a porta com violência e parou ao ver Lily vestida de noiva. - Mas... Mas... você está tão linda!

-Viu, Luca? É assim que se fala, não é "gata" - Malu falou, secando os olhos.

Um filme passou pela mente da Malu da sua menininha, a garota geniosa e genial, cheia de vontades e que havia recebido o nome da música que Malu e Eddie haviam feito para a noite mais mágica de suas existências, ela, ele e Tom sentados à noite em uma praia e bebendo vinho, os dois ensinando-a a fumar e a falar palavrão, um amor que nasceria ali e viveria até o fim do mundo. Lily havia sido tocada por aquela magia e todos os momentos da sua vida até então haviam sido especiais e únicos. E agora ela dava início a um novo ciclo, um passo definitivo para fora de casa e para fora do ninho e, apesar de continuar logo ali, em Londres, Malu morreria de saudade de sua garotinha.

Ela começou a chorar novamente, fazendo coro com Kate e com Lily.

-x-x-x-

-Você segura.

-Tem certeza?

-Não. Ou melhor, tenho. Você segura.

O motivo do jogo de empurra era uma garrafa de vinho caro que Ella e Tom estavam levando para o jantar. Ella não queria levar nada, depois achou que seria grosseria demais e que pelo menos a Robyn merecia uma gentileza, depois resolveu que não queria mostrar para Mary que era capaz de ser agradável com ela, e então decidiu que não entregar o vinho era uma birra meio besta, já que o estava levando mesmo. Todo mundo levava vinho a um jantar, mesmo que este fosse com seu pior inimigo. E aí voltou atrás e não quis ser simpática com a Mary nem pelo tempo de entregar uma garrafa.

Os dois pararam em frente à casa tipicamente inglesa, de dois andares, tijolinhos marrons e porta branca. Ella inspirou e soltou o ar para acalmar o coração, e então tocou a campainha, que foi atendida rapidamente. A família perfeita da Mary devia estar com grande expectativa.

Foi a própria Mary que abriu a porta, simpática, como se aquele não fosse o clímax de um milhão de conversas difíceis.

-Oi, como vão? Entrem, entrem!

Havia algo nela que soava apenas um pouquinho forçado. Foi completamente diferente do homem relativamente baixo e de cabelos grisalhos, usando calça social e camisa polo que apareceu por trás dela.

-Muito prazer, Ella! Tommy! É bom que vocês nem precisam de apresentação - Ele riu. - Eu sou Dan.

-Como vai, Dan? - Ella apertou a mão dele. Ele era uma lufada de ar descomplicado em uma situação tensa. Logo em seguida, para a felicidade de Ella, apareceu Robyn.

-Oi, Ella! Oi, Tommy! Fiquem à vontade.

-Sim, vamos até a sala – Dan os guiou. - O que vocês bebem?

-Um Martini.

-Eu tomo uma cerveja – Tom entregou a garrafa de vinho para Dan, o que era melhor que dar o presente para Mary. Ele olhou o rótulo, sorrindo:

-Eu não conheço esse, mas imagino que seja ótimo.

-Dan e eu vamos começar um curso de degustação de vinhos – Mary falou. - Não entendemos, mas gostamos muito. Obrigada.

Ella ficou esperando que Dan fosse dizer alguma coisa fofa apoiando ou concordando com a fala da mulher, mas ele apenas agradeceu a garrafa de vinho e começou a preparar o martini enquanto pedia a Robyn que fosse buscar uma cerveja para o Tom.

-O Jack não pôde vir – Mary disse. - Ele está na faculdade. Acho que comentei, não é? Ele tem uma bolsa, é muito inteligente.

-É, eu fui informada sobre a inteligência dele. Que bom – Ella deu um sorriso que ela torceu para não parecer amargo.

-A Ella também está estudando – Tom disse, dando um tom natural à notícia e não de competição. - Ela faz administração.

-É mesmo? - Dan falou. Mary pareceu surpresa, mas não se manifestou. - Você parou de desfilar?

-Me aposentei no início do ano.

-Como modelos se aposentam? - Robyn quis saber, interessada.

-Eu basicamente fiz um último desfile. Anunciei a minha aposentadoria e recebi alguns convites. Havia um que eu gostei mais, porque conhecia a estilista há vários anos, já tinha desfilado com ela várias vezes.

-A gente conhece? - Robyn quis saber.

-Acho que sim. Foi a Donatella Versace.

-Nossa! - Ela disse, admirada.

-A Robyn adora moda. Ela fez várias roupas, tem muito talento, não é, Robyn? - Mary falou.

-Mãe, a Ella desfilou para a Donatella Versace. Não tenho tanto talento assim.

Ella riu:

-Foi uma parte sorte, outra trabalho duro. Mas a maioria é sorte, porque de nada adiantaria todo o trabalho se eu tivesse nascido com um metro e cinquenta.

-Talento também, Ella – Tom falou. - Não é toda mulher de um metro e oitenta que consegue fazer o que você faz.

-E você, Tommy? Como anda a sua aposentadoria? - Mary desviou o assunto.

Enquanto Tom respondia, Ella ficou pensando sobre como se sentia puxada de um lado para o outro, colocada em evidência por Tom e Dan, puxada do holofote por Mary, aquela que deveria ser sua mãe. Ela não era desagradável, não fazia com que se sentisse mal, mas também parecia mais preocupada em mostrar suas conquistas do que fazer com que Ella se sentisse à vontade, quase como se estivesse dizendo: "Viu a vida maravilhosa que conquistei? Eu precisava mesmo largar vocês".

Ella se levantou e começou a olhar os porta-retratos, pois estava curiosa. Foi a deixa para que Mary se levantasse e se colocasse ao lado dela.

A formatura dos filhos na escola.

Jack em um jogo de rugby.

O casamento de Mary e Dan.

Férias em alguma praia...

-Aqui é Maiorca. Você já esteve lá, Ella? Nós fomos há três anos, no verão antes do Jack entrar para a faculdade.

-Já, já fui algumas vezes – Ela respondeu, distante, pensando por quê sua mãe fazia tanta questão de mostrar a ela tudo o que havia negado aos três primeiros filhos.

Sentados à mesa, o vinho foi aberto e bebido com aprovação, e o assunto voltou para Ella. Dan quis saber por que ela estava cursando administração, se tinha algum objetivo específico, e ela respondeu que estava abrindo uma agência de modelos com uma amiga.

-Olha só, Robyn – Mary disse. - Você pode tentar ser modelo.

-Mãe, eu sou baixa e não sou tão bonita assim – Robyn respondeu, da cor de uma beterraba.

Ella pensou em dizer que ser modelo envolvia muito mais do que conhecer um dono de agência, mas acabou aproveitando o ensejo para desviar o assunto.

-Na verdade, a agência que nós vamos abrir visa contratar diferentes tipos de modelos, corpos, alturas e etnias que normalmente são negligenciados pelas agências, sabe? O problema é que não há tanta procura por eles, mas a nossa ideia é mudar essa visão. Já temos algumas estilistas dispostas a trabalhar conosco. - Na verdade, tinham dois estilistas, e uma delas era a Baby, mas já era um começo.

-Que interessante – Dan falou. - Vamos brindar a isso, então! Ao seu sucesso!

-Você é muito bonita, Robyn – Mary falou, logo que abaixou sua taça de vinho depois do brinde.

-Mãe, olha para a Ella! Ela é maravilhosa, eu não sou assim!

-É, sim. Você é muito bonita, sim – Ella respondeu, para ser solidária. A verdade é que, apesar de Robyn ser mesmo bonitinha, ela não possuía nada de interessante que a fizesse se destacar e lhe desse muita chance como modelo. Robyn tinha os cabelos lisos e olhos castanhos, a pele muito branca e o rosto cheio de sardas. Parecia a garota simpática da vizinhança e era um rosto com o qual as pessoas se relacionavam e gostavam de cara. Talvez, se fosse fotogênica e trabalhasse muito duro, pudesse fazer algumas fotos. - Quantos anos você tem?

-Vinte e dois – Robyn e Mary responderam ao mesmo tempo. Mary havia tomado para si a missão de ser porta-voz da filha.

-O Jack tem vinte – Mary continuou.

-E os seus irmãos? - Dan perguntou e a mulher se calou, ligeiramente corada.

-O Freddie tem trinta e três e o William tem trinta e dois. Eu estou com trinta – Ella respondeu, olhando para Mary. Esta não se pronunciou.

-Um monte de irmãos mais velhos para pegar no seu pé - Dan riu.

-É, não foi fácil.

Não havia sido nada fácil ser a única menina em uma casa masculina. Mais que isso, havia sido muito solitário, pois nenhum deles tinha tempo para perder com uma garota. Seu pai literalmente não tinha mesmo tempo. Seus irmãos tinham sua vida e seus amigos. Mas ela não o disse em voz alta porque Dan e Robyn não tinham culpa e só estavam tentando fazer com que ela se sentisse melhor.

-Meu irmão teve um bebê recentemente, o Jude. Ele está fazendo um mês.

Ella viu Mary empalidecer de choque e Dan quase engasgar com a comida. Sentiu-se um pouco feliz com a reação.

-E ele está bem? Nasceu com saúde? - Mary perguntou.

-Ah, está ótimo - Ella sorriu, mas olhar para a cara da sua mãe lhe fazia mal, por isso ela se virou para Dan. - Eu e o Tom estivemos lá para visitar logo que ele nasceu. Ainda estava com cara de joelho.

-Deve estar bem diferente agora – Ele comentou com educação.

-Imagino que sim. Meu irmão é horrível para mandar fotos, por mais que a gente implore.

Durante o café, o assunto foi para o Tom, com Dan querendo saber sobre a banda dele e se havia a chance de novas músicas no futuro e Mary se mostrando muito animada. Robyn perguntou a Ella se ela não gostaria de ver seu quarto.

-Claro – Ella respondeu, pensando que era um convite bastante estranho.

-Eu não moro mais aqui, mas o quarto continua como era antes – Disse, enquanto as duas subiam as escadas.

Dali a pouco, elas entraram em uma nuvem cor de rosa, cheia de pôneis, unicórnios e princesas da Disney. Ella se perguntou se ela seria fresca desse jeito caso sua mãe não a tivesse deixado com seu pai. Assim que entraram, Robyn falou.

-Olha, a minha mãe contou tudo sobre você. Acho que foi tudo. Contou até para o Jack, a gente fez uma videoconferência. Meu pai ficou furioso.

-É? - Ela disse, espantada. - Ele parece bem de boa.

-Claro, na frente de vocês.

-Mas ele está furioso comigo? - Ella perguntou, preocupada.

-Não, claro que não. Furioso com a minha mãe. Ou será que eu devia dizer "nossa mãe"? Desculpa.

-Não, pode falar "minha mãe" - Ela respondeu, distraída. Como chamar a Mary era o menor dos seus problemas.

-Ele está bravo com a mentira, sabe? Todos nós estamos. Ela mentiu durante muitos anos, além, claro, de ter abandonado três crianças. Isso não é coisa que se faça. Meu pai está passando um tempo lá em casa, ele e minha mãe estão brigados. Enfim, eu só queria que você soubesse que estamos do seu lado.

-Todos vocês? - Perguntou, comovida.

-Todos, até o Jack. Você ainda vai conhecê-lo.

Ella abraçou Robyn, que riu e disse:

-Minha nossa, você é alta!

-É que estou de salto – Ella riu também.

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