Encontro de amores {M}

By _Brigadeirin_

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Willow apesar de parecer frágil, tem uma determinação de dar inveja em qualquer um. No meio de uma confusão... More

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=Capítulo bônus 1/4=
=Capítulo Bônus 2/4=
=Capítulo Bônus 3/4=
=Capítulo bônus 4/4=
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By _Brigadeirin_

Penha
13:45h
Willow narrando.

Semanas depois.

   Hoje eu não tava legal, dor de cabeça do cacete, garganta inflamada, cheia de coisa pra fazer e sem a mínima ideia de como coloca tudo nos eixos até acabar o dia, sem paciência e a ponto de explodir com o primeiro que testar a minha paciência. 

   Ontem minha querida mãe, pra não falar ao contrário, apareceu na minha casa com a cara mais lavada pedindo dinheiro, falando que tinha que fazer uma cirurgia e que não ia conseguir pagar tudo sozinha, que era urgente, mesmo não gostando dela infelizmente é a minha mãe, eu ia tentar arrumar o dinheiro, mas hoje sabe o que eu acabei de descobrir? Que o dinheiro não é pra porra de cirurgia nenhuma, é pro maridinho dela vagabundo que tá com dívida em bar e jogo, aaah, pelo amor de Deus, eu luto pra não deixar faltar nada pro meu filho e cê acha que eu vou bancar esses dois? Vou nada.

   Acabei discutindo com o Juca também por conta de ciúmes dele com uns vapor, não apareceu lá em casa ontem, só mandou mensagem perguntando do Matias e sumiu, Lana falou que ele tava fazendo alguma coisa pro Gil, agora se é mesmo eu não sei e não faço questão de saber. Acabei de chegar no morro, fui levar Matias na escola, hoje é sexta e ele já saí mais cedo, quase que não levei ele hoje mas como não tava com muita cabeça, não quis deixar ele em casa por agora enquanto eu tô assim, senão riscado eu descontar nele sem motivo e eu iria  preferir me matar do que isso.

   O dia hoje não tava nem quente nem frio, tava gostoso, o que eu até prefiro quando eu tô assim porque posso deitar na minha cama, enrolada na coberta e ficar lá sem me preocupar com calor dos infernos. Senti meu celular apitando na bolsa, peguei vendo que era mensagem do grupo da família, da Joana falando sobre umas blusas, ia responder mas escutei me chamaram, virei olhando quem era e revirei os olhos.

Willow- o que tu quer, Jaqueline? Eu não tô num bom dia - guardei o celular na bolsa e a vagabunda deu um sorrisinho falso. No colo dela tava a Paula dormindo, o que é um milagre porque pra ela ficar com a Paula e raro.

Jaqueline- o dia tá tão lindo pra você ficar nesse mal humor- negou se aproximando mais. Bufei virando e comecei a andar pra longe- eiii, espera aí- senti a mão dela no meu ombro. Respirei fundo virando novamente- por que tá fugindo? Tá com medo de mim? 

Willow- medo de você? - ri irônica - me poupe, garota, quantos anos cê tem? Dois? 

Jaqueline- quanta ignorância- sorriu provocativa- eu só queria perguntar como anda seu namoro, fiquei sabendo que não estão se falando - comentou como quem não quer nada. Fechei a cara me segurando pra não explodir com ela.

Willow- o que te faz pensar que eu falaria da minha vida pra você? Na real eu nem sei o porquê eu tô dando ideia pro seu tipinho.

Jaqueline- meu tipinho? - riu- e o que seria meu tipinho? O tipo gostosa que ninguém esquece? Se é que você me entende claro.

Willow- do tipo baixo, bem baixo - sorri provocativa- fala logo o que cê quer e me deixa em paz.

Jaqueline- Cê sabe que eu não sou de desistir fácil - percebi - então eu vou direto ao ponto- fiz sinal pra ela prosseguir- quanto você que?

Willow- quanto eu quero pra que? - perguntei sem paciência vendo uma movimentação estranha atrás dela, no beco pra ser mais específica.

Jaqueline- pra deixar o Juca pra mim e sumir das nossas vida- ri sem acreditar no que ela tava falando- acha que eu tô brincando? Eu tô falando sério, eu pago o quanto você quiser, deve tá com ele só por dinheiro mesmo.

Willow- pelo amor de Deus, Jaqueli.....- parei de falar engolindo a seco vendo um cara do morro inimigo parado encarando a gente com uma arma na mão. Juca já tinha me mostrado uma foto de todos do outro morro, era o morro que mais tava ameaçando subir aqui- Jaqueline

Jaqueline- vai dizer que não é por dinheiro? Eu conheço seu tipo, Willow.

Willow- Jaqueline....- tentei falar mas ela me interrompeu de novo.

Jaqueline- é uma outra casa que tu quer? Eu posso arrumar outra sem problemas.

Willow- Jaqueline cala a boca e corre- falei mais alto fazendo ela me encarar assustada.

Jaqueline- co...correr?

Willow- tem um cara atrás da gente, encostado no morro com uma arma, encarando nós duas- falei vendo o cara destravar a arma e mirar na gente - vem - puxei ela correndo pra um beco e o barulho do tudo fez a gente gritar. Acabou acordando a Paula que chorou assustada.

Jaqueline-  e agora? - me olhou enquanto corriamos pelos beco, mas paramos quando apareceu outro na nossa frente - Willow- segurou meu braço já chorando.

Willow- para de falar - exclamei nervosa - mas que merda- murmurei tentando controlar a respiração na mesma hora que soltaram os fogos anunciando uma invasão- vem - chamei correndo pra uma casa, tinha um beco lateral que levava pra outra rua- anda, Jaqueline.

Jaqueline- eles vão me matar, eles vieram atrás de mim - murmurou chorando enquanto puxei a gente pra um banheiro vazio de um bar abandonado a um tempo, conseguimos despistar eles mas não por muito tempo.

Willow- do que cê tá falando, Jaqueline? - perguntei ofegante enquanto pegava a arma que tava na minha bolsa, Nino me deu ela a um tempo quando as coisas pioraram, mas eu não imaginava que um dia eu usaria realmente.

Jaqueline- Cê sabe usar isso?

Willow- sei, agora vai direto ao assunto, porque eles tão atrás de você?

Jaqueline- eu....eu- respirou fundo chorando mais - eu me envolvi com o dono desse morro quando tava com o Juca, quando ele descobriu que o Juca não tava morto tentou me matar mas eu fugi sem saber que tava grávida dele, quando eu soube a Paloma me escondeu num apartamento dela mas ele descobriu tentando matar nós duas e a Paloma me trouxe pra cá, era mais complicado deles subirem rápido e eu teria um jeito de fugir deles, mas não esperava que ia ser agora - comentou chorando que eu neguei puta.

Willow- e em algum momento você pensou na merda que enfiou a sua filha trazendo ela junto? Na porra que tu vai gerar com eles subindo esse morro em horário escolar? Um monte de criança pelos becos.

Jaqueline- eu não queria isso, tá legal? Eu só pensei em mim, em me salvar- gritou assustando mais a Paula

Willow- como sempre você só pensou na porra da sua vida- gritei puta escutando mais um disparo, dessa vez mais perto do banheiro - puta que pariu caralho - murmurei passando a mão na minha cabeça- fica junto comigo, tá me entendendo? Se cê quiser bancar a fodona e sair por esses beco sozinha, me entrega a Paula e segue teu rumo- ela assentiu engolindo a seco. Abri a porta devagar e vi o cara procurando nós numa lata de lixo, destravei a arma mirando na mão dele e outra no ombro, fazendo ele cair gemendo de dor - vem - saí correndo do banheiro com a Jaqueline do lado.

   Peguei a arma do cara e só tinha três balas, entreguei pra Jaqueline e voltamos a tentar sair da mira deles, o que era impossível já que tinha uma invasão rolando.

  Continuei atirando nos que apareciam na nossa frente, não pra matar e sim pra dar uma vacilada. Eu já tava toda suada e sem ar quase, Jaqueline tava do mesmo jeito e Paula continuava chorando assustada.

   Quando nós tava perto de chegar em na boca da 14, escutei um barulho de tiro mais alto fazendo meu corpo todo gelar.

Jaqueline- Willow- murmurou baixo - virei rápido vendo ela caindo devagar e com um tiro no peito.

Willow- Jaqueline- segurei ela antes que caísse no chão- olha pra mim, não fecha o olho- ela negou com a respiração falha, ouvi a arma destravando de novo mas fui mais rápida, atirei no vagabundo fazendo ele cair desmaiado- Jaqueline, não fecha esse olho porra- bati de leve no rosto dela e a mesma negou chorando.

Jaqueline- ti....ra ela daqui- murmurou com a voz falha. Funguei negando, porra, eu não gostava dela mas também não desejaria a morte pra ninguém, muito menos assim- Willow.....- parou cuspindo sangue. Neguei tampando o olho da Paula que tentava olhar a Jaqueline- eu não vou....aguentar, saí com ela, por favor- pediu chorando.

Willow- vem, eu vou tirar a gente daqui - tentei levantar mas ela segurou minha mão negando- porra, Jaqueline, eu não vou te deixar morrer assim.

Jaqueline- eu já morri, Willow........a muito tempo - sorriu fraco - só....só não deixa eles pegarem ela.

Willow- não vou deixar - solucei negando.

Jaqueline- me perdoa - Assenti vendo ela vacilar e a respiração ficar falha - o Juca.....pede...per.... perdão por mim.

Willow- pode deixar- sorri fraco vendo ela aos poucos parar de respirar. Fechei o olho abraçando mais a Paula. Como eu disse, eu não gostava da Jaqueline, mas também não desejava a morte dela.

     Olhei pros lados vendo se algum conhecido aparecia pra pelo menos tirar o corpo dela dali, mas não veio ninguém então eu tive que sair dali com a Paula e tentar me esconder porque ela ainda era o alvo pelo o que deu a entender.

      Não sei quanto tempo mais eu fiquei correndo e tentando me proteger com a Paula, a munição das duas armas já acabaram e eu já orei tanto, mas tanto que cês não fazem ideia, eu consegui me enfiar num beco estreito , não tinha saída mas ou era aqui ou era no meio do tiroteio.  Peguei meu celular e ele tinha desligado, ele já tava horrível e ainda junta com as porrada que eu dei por esses beco com a bolsa, parou de funcionar de vez.

Willow- droga- esbravejei jogando o celular longe- ei meu amor, calma, a tia tá aqui - abracei mais a Paula beijando a cabecinha dela, minha mão tava com sangue e consequentemente quando a Jaqueline levou o tiro, pegou sangue na Paula que tava no colo dela.

Paula- Na....na- choramingou balbuciando alguma coisa que eu não faço ideia.

Willow- vai ficar tudo bem, pequena, calma- me encolhi mais no canto escutando os tiros e tampei o ouvido dela.   

    Não deu nem dois minutos que nós tava ali pra eu ver uma sobra no começo do beco, engoli a seco me encolhendo mais e me tremi toda vendo um vapor do morro inimigo com um sorriso nojento.

Xxx- olha só quem temos aqui- riu negando. Coloquei a Paula atrás de mim- cê é a mina do Juca, né?- não respondi. Só fiquei encarando ele com a respiração acelerada- é bem gostosinha, daria uma bela foda pena que não vai durar muito- riu destravando a arma. Fechei o olho deixando o choro vim e só escutei um disparo sendo feito.

Juca narrando.

   Já fazia quase uma hora da porra dessa invasão, uma hora que eu tô com o coração fodido num aperto, eu não devia ter brigado com minha preta, mas eu sou um filho da puta que ficou com ciúmes e acabou fazendo merda, era pra essa hora ela tá em casa quieta, eu que ia levar o Matias na escola hoje, mas não consegui e ela não deve nem ter conseguido chegar em casa porque tinha menos de cinco minutos que ela passou pela barreira segundo o Bolt.

    Jaqueline tava morta, Bolt avisou no rádio a uns minutos atrás e do lado do corpo dela tava uma chupeta da Paula e nada da piveta, o que deixou nós mais pilhado ainda.

08- achou elas? - chegou ofegante do meu lado. Nós tinha se dividido antes.

Juca- não-  passei a mão na cabeça segurando o choro- e se eles pegaram elas? É culpa minha da Willow tá nisso - minha voz embargou deixando minha respiração falha.

08- tira isso da tua cabeça, Juca, porra, cê não tem culpa de na....- parou de falar quando nós escutou um chorinho baixo - é a Paula- falou já saindo correndo, fui atrás dele e paramos na frente de um beco estreito pra caralho, tinha um cara de costas e eu conseguia ver só um pouco do rosto da Willow.

    Meu coração já errou uma batida vendo ela chorar, saí do transe quando o vagabundo destravou a arma, esperei nem um segundo pra atirar na cabeça do desgraçado. O tiro acabou assustando mais as duas que choraram encolhidas. Corri até a Willow abraçando ela e 08 abraçou a Paula, na mesma hora soltaram outros fogos anunciando o fim dessa porra toda.

Juca- cê tá bem? Tá machucada?- perguntei olhando ela por inteiro. A mesma negou me abraçando apertado e chorando mais - já acabou, meu amor, eu tô aqui- trouxe ela pro meu colo.

Willow- a Jaqueline ela.....- tentou falar e eu neguei beijando a cabeça dela.

Juca- eu sei, preta, eu sei - murmurei respirando fundo inalando o cheiro do creme de pentear- fiquei com um medo do caralho de perder tu, me desculpa por ser um filho da puta contigo ontem, não era pra eu ter agido daquela forma, foi mal, preta.

Willow- tu...do bem, eu quero ir pra casa- chorou mais soluçando. Levantei com ela no colo e a mesma me agarrou mais.

Juca- nós vai - dei um cheiro nela- tá tudo bem aí? - 08 assentiu abraçado com a Paulinha.

   Mandei um rádio pro meu pai, Nino e pros moleque falando que achamos as duas e piei pra casa da Willow, 08 preferiu ir pra dele com a Paula pra acalmar ela, dar banho e tals.

    Na casa da Willow tomei um banho com ela que tava ainda assutada e enquanto a mesma se trocava fui pegar um remédio pra ela se acalmar e tudo mais. Voltei pro quarto Willow já tava deitada agarrada com um travesseiro.

Juca- aqui, preta, senta pra tomar - ela sentou pegando o comprimido e tomou junto com o copo de água quase de uma vez - tá melhor?

Willow- ela morreu no meu colo- murmurou vindo pro meu peito, abracei ela forte beijando a cabeça da mesma.

Juca- quer me contar melhor? - ela assentiu enlaçando nossa mão.
 
    Willow foi contando tudo e namoral, eu tava querendo atirar em mim por fazer ela passar por isso, querendo ou não a culpa é minha dela tá no meio disso.

Willow- eu ia te ligar quando entrei no beco mas meu celular parou de vez agora - terminou de falar me encarando.

Juca- não se preocupa com isso, depois nós vê outro, o importante é que cê é a Paulinha tão bem.

Willow- pra onde ela foi?

Juca- 08 tá com ela em casa, fica tranquila.

Willow- a Jaqueline- começou depois de um tempo que nós tava em silêncio- ela pediu perdão pra mim e pra você antes de morrer.

Juca- só quero que dê verdade ela tenha se arrependido pelas coisa que fez, não quero ter mais raiva dela morta, mesmo ela sendo a pessoa que fudeu comigo, morrer dessa forma é foda- Willow concordou.

Willow- o Matias- me olhou assustada - ele tá na escola ainda, eu devia tá indo buscar ele, daqui a pouco ele sai.

Juca- fica de boa, preta, meu pai foi pegar ele com minha mãe, é até melhor que eles vão porque já tem mais experiência, pode ter alguém do morro inimigo rondando ainda, é perigoso cê ir buscar ele- ela concordou- dorme um pouco, esse remédio te dá sono, quando o Matt chegar cê vai tá mais calma.

Willow- fica aqui?

Juca- eu não vou a lugar nenhum, minha preta- sorri beijando a testa dela. 

    Deitamos direito e puxei a Willow pro meu peito, fiquei fazendo cafuné nela e logo a mesma dormiu, ia demorar mais se ela não tivesse tomado o remédio mas foi até melhor.

    Papo reto, quero passar por essa porra nunca mais, o que eu senti achando que ia perder ela num desejo pra ninguém, mano.

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