O Monotono Diario de Isaac [BETA]

07 de Setembro, 2018 - Sexta (10h54)

A coisa que me chocou foi que, de acordo com a Jaqueline, a mãe da Sônia pediu pra ela comprar comida pro Lucas, porque a Sônia estava usando o dinheiro da pensão para "outras coisas".

Amiga, você acredita nisso? Quando tudo já parecia podre, me vem essa. Aquela doente mental está deixando de comprar o básico para eles... Gasta o dinheiro da aposentadoria da mãe debilitada e o dinheiro que o Nicolas dá de pensão... Tudo pra alimentar a merda daquele vício escroto! A Jack contou pro Nick que fez uma compra no mercado e levou pra casa da avó do Lucas (porque se ela simplesmente desse dinheiro, já sabe, né).

Eu tenho a impressão de que eles estavam conversando no pé da escada de propósito, para que eu pudesse ouvir também. Mas que seja... Se eles tinham intenção ou não, o importante é que de fato dava para ouvir perfeitamente.

E hoje cedinho, antes de eles pegarem o Lucas para assistirem ao desfile do Sete de Setembro, o Nick bateu na porta de meu quarto: "A Dona Onésia me contou que a Sônia apareceu aqui ontem, antes de eu voltar... Zak, o que ela te disse?".

Pff... O que ela disse? Rá! Que piada. Você sabe que a "conversa" com aquela monstra foi bem curta, né? Fui até a porta de meu quarto, sem abrir, e respondi: "Ela não disse nada".

"Zak, você fugiu pro cemitério, se trancou aqui, e ainda me fala que a Sônia não te disse nada?".

Bom, esse era um dos motivos pelo qual eu estava tentando evitar os gêmeos. Não importaria o que eu dissesse: ao contar o que ela fez pareceria que estou querendo me fazer de injustiçado. Se eu pudesse, sumiria com os indícios em meu rosto, e não voltaria a falar nisso com ninguém além de você, amiga. Aquela mulher já está dando dor de cabeça o suficiente para os Belson, e eu não queria ser o elemento extra de preocupação dos dois.

Mais uma vez... Mais uma vez estou ajudando a piorar a vida deles. Que raiva! Por que tem que ser sempre assim? Por que as coisas não podem ficar tranquilas durante a porra de um mísero mês? Inferno!

No fim, acabei abrindo a porta: "Eu tô falando sério, Nick! Não teve conversa... Nosso diálogo tá escrito na minha cara".

Ele ficou uns segundos quieto, olhando os arranhões em meu rosto e o galo que se formou em minha testa, até que falou: "Então... Não foi você que fez isso?". Eu neguei com a cabeça, e o Nicolas suspirou. "Entendi... Minha nossa, isso está passando dos limites". E ele pensou mais um pouco, procurando no meu rosto mais algo que não tenha visto, mas estava tudo ali. Até que se ligou de algo que eu não tinha pensado antes: "Ela deve ter encontrado o jornal". Era tão óbvio, mas eu nem tinha cogitado a possibilidade. Antes que eu respondesse, a Jack chamou lá de baixo, pra irem buscar o Lucas para assistirem ao desfile do feriado de Independência. O Nicolas perguntou se eu iria junto, mas já sabia qual seria minha resposta. Ao saírem, deixaram meu portão trancado, por precaução.

E agora estou aqui, escrevendo para você. Pelo que os gêmeos disseram, é para estarem de volta a qualquer momento. Ainda não sei se vão trazer o Lucas depois do que houve, ou se vão passar na Sônia pra "devolver" ele (como a megera costuma falar).

É direito do Nicolas ficar com o filho nos finais de semana. Aliás... Sou da opinião de que o Nicolas é que deveria criar o Lucas em tempo integral, já que a própria mãe é uma drogada sem controle, e a coitada da avó mal tem forças pra ir ao mercado sozinha. Mas não cabe a mim decidir esse tipo de coisa...

Espera! Ouvi algo lá fora...

Merda, fodeu. É a voz da Sônia gritando!

Depois volto, amiga.

Se estiver com um tempinho, poderia responder a estas perguntas?

1) No geral, o que achou do capítulo?

2) Teve algo NA ESCRITA que incomodou durante a leitura? O que?

3) Votaria neste capítulo para me ajudar?

Muito obrigada por acompanhar meu trabalho! ^_^

K I S S E S ~ K I S S E S