Capítulo 62

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Estella

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Estella

Quando ouvi no rádio do carro que estava ocorrendo invasão no morro fiquei sem reação, pois até onde sei há um acordo pra isso não acontecer, pior que não podíamos voltar. Vim com Ilde e a Alda para o apartamento que temos aqui na pista, entrei em contato com todos pra saber se estavam bem, o único que não me atendeu foi o Guilherme mais sei que está bem o Marcelo fez questão de me avisar.

Mais de 20 anos como mulher de dono de morro, mais não me acostumo com esses confrontos não  até porque estamos em paz já há alguns anos.

Alda - Oi como vocês estão? Tá  estamos voltando, ta pode deixar. - disse desligando o telefone.

Alda - Era o Luiz já acabou o confronto e podemos voltar.

Ilde – Estão todos bem?

Alda - Sim, mas parece que o André tá sumido pelo morro.

Estella - Meu Deus como assim?

Alda - Pelo que eu entendi, ele estava indo pra uma sessão de fotos na ONG com a Tina e acabou chegando no morro bem na hora que começou o confronto, acharam o carro dele perfurado e aberto algumas ruas pra cima do início do morro, mas nada dele.

Estella – Vamos embora?

Alda – Vamos  eles estão precisando de ajuda pra organizar as coisas pelo morro houve 4 vítimas fatal.

Ilde - Meu Deus e nessas horas que não sinto falta de viver no morro.

Trancamos tudo e saímos em direção ao morro, é uma aflição que só passa quando vejo os meus e tenho a certeza que ninguém está ferido.

Chegamos e seguimos logo pro Upa onde os feridos estavam sendo atendidos, me deparei com uma menina de uns 4/5anos chorando agarrada a uma enfermeira.

Esttela - O que está acontecendo? - Falei me aproximando delas.

Enfermeira - Ela estava com a mãe quando começou o tiroteio e infelizmente a mãe foi atingida em cheio e pelo que entendi elas não tem mais parentes.

Estella - Oi minha princesa, olha pra mim.

- Mamãe, quelo a mamãe tia.

Estella - Ela já comeu alguma coisa? – Perguntei a enfermeira.

Enfermeira – Não, ela não aceita nada, com muito custo ela me disse que se chama Mariana.

Alda - Eu conheço ela, já a vi algumas vezes na ONG, ela é da turma da Valley faz balé e fica na creche, a mãe trabalha em uma loja no asfalto, e realmente é só as duas, o pai faleceu de câncer um tempo depois que ela nasceu.

Enfermeira – Vamos ter que acionar o serviço social, essa criança não pode ficar sozinha.

Estella - Por enquanto eu fico com ela até as coisas se acalmar, os custos de enterro e velório de todas a vítima será pega pelo Caveira tá.

ConsequênciasWhere stories live. Discover now