Capítulo 17: Traumas

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Suilantan ilquen!
Capítulo novinho, adicionado na história 

🧝🏽‍♀️❤️Boa Leitura

Assisti os olhos do elfo encarando-me surpresos se afastando após a minha frase

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Assisti os olhos do elfo encarando-me surpresos se afastando após a minha frase. Engoli em seco e o encarei temerosa, rejeitando o seu beijo tão tentador. Uma parte de mim o queria, a outra ainda estava gritando na praia, pedindo por socorro, sentindo o toque daquele asqueroso intimamente, a ponto de me revirar o estômago e fazer as batidas do meu coração se descompassarem.

Respirei fundo e fechei os olhos na tentativa de recobrar os meus sentidos plenos. Senti o toque das mãos do rei em meu ombro, demonstrando que estava ali pronto para me socorrer caso precise.

— Estás machucada por dentro, sei disso. – Comunicou, notando o meu corpo suar involuntariamente enquanto as mãos recomeçavam a tremer. – Mas estás segura aqui, e poderá ficar pelo tempo que quiser. Eu não vou machucá-la, prometo.

— Obrigada. – Disse agradecida pela paciência do rei. – Mas sinto que perdi o controle de mim mesma.

— Deixe o tempo curar suas feridas, Ris. Vão cicatrizar. És forte, menina, e não vai ser um evento como esse que a fará parar, não é? – As palavras dele eram ternas e cheias de gentileza. Eu até desconfiava de suas intenções quando até mesmo a sua entonação de voz mudava. E que apelido era aquele? De repente ele estava usando-o, e não o achei tão comum.

— Claro que não. – Respondi pensativa, não acreditando cem por cento em minhas palavras. Não conseguiria passar por aquilo sem deixar alguma marca que permanecesse em meu coração, relembrando-me de tempos em tempos o que havia acontecido.

Comemos em silêncio por um tempo até ele recomeçar a me perguntar sobre a minha viagem. Felizmente nada de mais havia acontecido, mas também não tinha algo de surpreendente para dizer. A melhor parte foi conhecer o mar e eu estava ansiosa por aquilo. Contei como os elfos me trataram ao se deparar comigo na praia, em como eles eram frios e reservados. Thranduil não parecia tão diferente dos demais, afinal. Todos eram estranhos e muito quietos, e com exceção de algumas elfas que se mostraram gentis e generosas, não tinha nenhuma história positiva sobre aqueles indivíduos da raça do rei.

Após alguns goles de vinho senti mais liberdade em conversar com ele. Pela primeira vez desde que nos conhecemos conseguimos fazer isso sem trocas de farpas ou acusações. Claro, não falamos sobre coisas que pudessem nos condenar a julgamentos um do outro, e tudo não passava de um diálogo genérico que nos obrigava a esquecer os eventos anteriores.

Após isso, me deitei no sofá e observei o rei ler um livro velho em linguagem Quênia em voz alta. Ele parava uns segundos e explicava o que cada palavra significava para mim, me ensinando um pouco. Adormecei entre um parágrafo e outro mais cansada do que poderia admitir e surpreendida pois dormira o dia inteiro em cima da ave.

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