Capítulo 14: Aos Mares de Lindon

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Aiya, Mellon!
Fico imensamente feliz por todos os comentários, palpites, teorias e os elogios que tenho recebido de cada um de vcs.
Obrigada! 🧝🏽‍♀️
Vamos de capítulo novo?
*Capítulo reescrito*
Boa Leitura!

Tauriel apareceu algum tempo depois que o rei se fora. Provavelmente estava aguardando a sua palavra final antes de tomar a situação com suas próprias mãos. Estava devidamente trajada para uma longa viagem, pronta para partirmos assim que eu assentisse. Mais do que depressa, levantei-me da cama e me coloquei a marchar ao seu lado até o jardim escuro.

— Vamos nesse instante enquanto o castelo está quieto. É essencial que ninguém veja a sua figura perambulando por aqui. Tome, vista essa capa. – Entregou-me a peça negra que cobria o meu corpo mais do que o necessário. – Está pronta?

Assenti com a cabeça em silêncio. Estava com uma agonia no peito que não me permitira sequer uma palavra sem desabar em lágrimas. Não entendia o porque daquilo estar acontecendo, afinal eu deveria estar mais feliz por partir do que magoada com as últimas palavras do rei.

— Ótimo. Siga-me em silêncio. Perto dos portões do reino está o seu cavalo. Suas coisas já estão lá, aguardando a sua partida.

Assenti mais uma vez, marchando ao seu lado de boca fechada e rosto escondido sobre a capa preta.

Andamos a passos largos pelo castelo apressadas para não sermos vistas. A cada curva meu coração parecia um pouco mais apertado, e a cada porta trancada me perguntava se o rei estaria repousando ali. Não compreendia o tamanho apresso que havia se apoderado em mim de repente pelo elfo, mas compreendia que estava desolada por partir em condições tão estressantes. Afinal, Thranduil fora a minha companhia de dias e o motivo pelo qual eu quase segui adiante em vender a minha pureza para ele. Pensei em todas os dias e noites a partir daquele o que teria acontecido se eu não tivesse surtado. Como ele faria amor comigo, como continuaria tocando em meu corpo, como eram as curvas do seu desnudo? Imaginei milhares de vezes os seus gemidos ao pé do meu ouvido, clamando o meu nome, urrando de prazer enquanto ele se deleitava em mim.

Mas aquilo era inaceitável e eu não estava preparada para me entregar a um homem que nunca mais veria em toda a minha vida.

Após mais de dez minutos contornando as esquinas do palácio, chegamos ao seu fim. De lá dava para ver as demais casas do seu povo, que não estavam cem por cento escuras, pois elfos não dormiam tanto quanto humanos. Precisávamos de cautela para continuar, mas Tauriel era tão esperta que demonstrava a cada segundo o motivo pelo qual era a chefe da guarda.

Quando o ultimo portão se abriu para mim, olhei para trás num ato de despedida. Queria dar uma última olhada naquele reino que, confesso, era encantador. Cada objeto, muro, ponte era encaixado e alinhado com perfeição. Tentei guardar boas lembranças dentro de mim dali, mas todas me deixavam desconfortavelmente amargurada.

A Floresta estava num breu denso e impossível de seguir o caminho. Não enxerguei sequer meu cavalo quando o portão se fechou. Senti-me como se mergulhasse num profundo vazio onde não existia nada além da minha consciência gritando comigo o quanto era tola.

— Não vejo nada. – Finalmente disse para a elfa que emitia o mínimo barulho possível.

— É porque não estamos na lua cheia. – Esclareceu tocando o meu ombro. – É melhor assim. Eu serei os teus olhos nesta jornada, não se preocupe.

Tauriel pegou minha mão e colocou no cavalo por um segundo. Acariciei o pelo do animal enquanto ela ajeitava alguma coisa ali.

— Se me permite, a montarei no cavalo. Prefiro não usar nenhum tipo de iluminação pois pode atrair algum animal. – Comunicou e me empurrou para cima do bicho sem muito esforço. Ela era forte.

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