Capítulo 36: Com Amor, Thranduil.

1K 102 14
                                    


Um sustinho básico no nome do capítulo huehue

Boa leitura


- Dourado? - ouço a voz da senhora que está tentando me ajudar a escolher a decoração do meu casamento. Por um segundo minha mente viajou até os palácios e residências que conheci a alguns anos com minhas irmãs e tento me inspirar no luxo que cada local oferecia. No fim das contas, não estava dando muito certo.

- São apenas banhadas a ouro? - perguntei, recebendo uma confirmação logo após. - Então vamos de talheres de prata, por favor. - Requisitei reparando em cada detalhe da extensão de uma das colheres que ela me apresentara.

- Mas as flores são amarelas e as toalhas tem fios de ouro. Os talheres de prata estão indo contra todo o resto da decoração. - Explicou enquanto analisava os demais itens em sua lista. - E a louça, não se se recorda, tem um fundo bege.

Eu era realmente péssima naquilo. Todos os detalhes do casamento anteriormente foram escolhidos pela minha mãe, e eu não fazia nada além de concordar com suas exigências. Sinto falta dela, confesso. Tudo seria tão mais simples se estivesse ao meu lado nesse momento.

- Revisaremos então. - Peço visivelmente já sem paciência alguma.

Entretanto, prometi a mim mesma que daria o meu máximo para mim e Kirkel termos um casamento bonito e memorável. Afinal, depois de anos de injúrias e tantos perdões que me concedeu, ele merecia ter o casamento que sempre quis ao meu lado. Suspiro, controlo o nervosismo e pego a lista.

O casamento é perto da primavera, mas ainda será no inverno. As flores possivelmente não estarão tão belas quanto espero, pois estarão começando a desabrochar. São girassóis, então, por mais que eu queira tê-las para dar um ar alegre à cerimônia, as retiro da lista. Troco a cor da louça para as mais claras, a prataria é adicionada e algumas trocadas por peças de vidro e deixo os fios de ouro de lado, trocando as toalhas de mesa para linho branco-gelo. No fim das contas, me sobra uma decoração verde escura das folhagens que adornarão nosso altar e a prata toma o lugar do ouro. Simples, bonito e coerente com o tom invernal. Contudo, um toque de sofisticação à lá floresta das trevas ficaria bem visível.

- Ficará muito mais elegante. - Ouço a voz da senhora analisando os novos detalhes da minha escolha. - Creio que poderíamos colocar algumas pequenas flores brancas nesse meio, vai depender de como estarão no fim do inverno. E, para finalizar com requinte, lustres de cristal caindo em cascatas. - Ela se dá por satisfeita e sorri. - Ah, sim, isso ficaria esplêndido.

- Não teremos muitos convidados de alto escalão, porém Kirkel sempre fora tão elegante e sua família era muito tradicional. Quero que saia perfeito, ao menos.

- Conte comigo. - Ela anunciou um tanto animada. - Assim que quiser, começamos a ver sobre a alimentação, música, vestimenta e os demais detalhes da cerimônia.

Por mim eu me casaria debaixo de uma árvore e receberia a benção do vento, sem qualquer necessidade de cerimônias. Já não somos mais virgens e não temos mais pais para abençoar-nos ou entregar-nos um ao outro em frente aos demais e essa parte era a considerada mais importante para mim quando tive um dia o sonho de me casar.

- Podemos falar sobre isso agora? Temos pressa. A data marcada deve ser mantida, sem mais adiamentos.

Escolher a cor do meu vestido foi a parte mais complicada. Eu não era pura e todos já sabiam disso, afinal morava com Kirkel há mais de dois anos. Não poderia ir de acordo com o costume pois estaria violando as regras, também tive que me abster da calda e do véu. No fundo, eu não me importava com a cor, com o modelo, com as impressões que eu deixaria ao finalmente me casar com aquele que me foi prometido há tantos anos.

A Única Exceção Do ReiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora