Capítulo 33: Baronesa de Phalnn

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Notas Iniciais: Olá! Sei que vcs estão de quarentena, e tenho observado um movimento maior nas minhas histórias nos últimos dias por causa disso. Então, como eu também estou, irei postar os capítulos que estão prontos por aqui também. Espero que ainda estejam ai para votar e comentar, porque EU SEI QUE VCS TAMBÉM ESTÃO ENTEDIADAS(OS).

Boa Leitura ♥


A última coisa que eu gostaria naquele dia era ver Thranduil.

Os dias estavam quentes e muito agitados na cidade de Bree, ao qual paramos para um longo período de descanso após meses viajando. Mirph e Matilda, era de se notar, estavam cada vez mais exigentes, entretanto, satisfeitas com nossas novas descobertas e estudos feitos ao longo desse tempo.

Não era para menos: ambas eram tratadas como ladys por onde quer que fôssemos, e graças ao meu status de baronesa viúva éramos respeitadas e bem-vindas em qualquer meio social. As joias e toda a riqueza que Thranduil me dera serviu para nos manter.

Era muito, confesso. Bem mais do que eu imaginava. As joias dos elfos eram supervalorizadas pelos homens e bastou a venda de apenas algumas delas para conseguir certa fortuna. Claro, minhas irmãs não tinham conhecimento sobre tais coisas, disse a elas que tudo o que tinha viera da fortuna dos anões que foram distribuídas. Os vestidos cravejados de diamantes e as demais pedrarias que o rei elfo tanto adorava ver adornando o meu corpo ainda estavam guardados e muito bem protegidos.

O anel de noivado que Kirkel me dera eu usava como símbolo de um casamento falso - o meu com o barão de Phalnn.

Mirph e Matilda não puderam usar tal sobrenome a partir do momento em que colocamos os pés fora de Valle. Expliquei para ambas o meu plano e tudo correria muito bem, desde que não descobrissem que se tratava de três jovens solteiras e com uma fortuna convidativa. Ser baronesa abriu as portas de casas, palácios, fazendas e cidades como um passe de mágica.

Chegamos a Bree satisfeitas com a longa jornada. Meu peito encheu-se de orgulho ao perceber que havia feito pelas minhas irmãs em poucos meses o que ambas não aprenderam em anos. Estavam mais delicadas, mais prendadas e principalmente cheias de conhecimento. Treinavam constantemente etiqueta, caligrafia, pintura e costura.

Acredito que esse foi um importante passo para não cairmos em depressão. Até conseguir sair de Valle, ambas andavam tristes, cabisbaixas e sem energia, sendo invadidas noites e mais noites por pesadelos. Já eu mal conseguia dormir. Um acúmulo de estresse, angústia e ansiedade tomava conta do meu corpo dos pés à cabeça e já não me deixava raciocinar como antes.

Desde o dia em que decidi fugir da casa dos meus pais se passaram dois anos e meio, e cá estou eu finalmente conseguindo fazer aquilo que tanto queria naquela época. Talvez se soubesse que precisavam de tantos sacrifícios para conseguir tal coisa, meus pés não se moveriam um centímetro sequer pra fora da porta. Me pego pensando como eu estaria agora se tivesse ficado, e ao mesmo tempo me pego imaginando praguejar enquanto cozinho para Kirkel em nossa casa, desejando que eu tivesse a coragem de fugir aos 17 anos.

Bem, não há mais como voltar atrás e descobrir como seria a minha vida se eu não tivesse conhecido Thranduil e enfrentado todos os obstáculos que me trouxeram até aqui.

- Matilda está se engraçando com o filho do dono da estalagem. - Mirph comunica e me olha um tanto preocupada. - Estão há horas lá fora treinando arco e flecha. Acredita nisso?

Suspiro e deixo o livro de lado para dar atenção para a irmã do meio. Matilda sempre gostou de jogar sua graça para qualquer um que estivesse usando um par de calças, apesar de desdenhar deles depois.

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