Capítulo 22: A História de Melrise

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Boa Leitura ♥

Thranduil e eu sentamos no lago formado pela cachoeira completamente nus

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Thranduil e eu sentamos no lago formado pela cachoeira completamente nus. A pele dele parecia ainda mais alva, e os arranhões dados na noite anterior iam sumindo misteriosamente de seu corpo com o passar do tempo. Admirei-o ali, tão liso e esguio, mas forte e rígido. Ele, em sua serenidade invejável, contemplava os fios de meus cabelos semi-presos, ondulando em parte de meu rosto, formando uma cascata castanha.

— Tens um corpo magnífico. – Ele elogiou, acariciando minhas costas. – És uma tentação de mulher, Melrise. Creio que descobriu seu poder de sedução há pouco tempo, levando em consideração o quanto ficas ruborizada ao ouvir meus elogios.

— Às vezes me surpreendo com a delicadeza de suas palavras e sua preocupação em parecer formal. – brinquei. – Não estamos numa multidão, Thranduil. Por aqui, não és rei. Viu? Estou até falando como você.

— Perdão. É costumeiro. Sempre me dirigi às outras pessoas em tom completamente formal. É um princípio básico da coroa. – Ele esclareceu. – Sei que posso ser mais aberto com você, mais informal. Gosto de sua simplicidade, e seus modos, mesmo sendo grotescos às vezes, me soam inocentes a maior parte do tempo.

O rei abraçava-me de frente a ele e relaxara o corpo na água gelada da cachoeira, que descia voraz em seu total esplendor.

— Muito inocente? – quis saber, surpreendendo-me com sua declaração.

— Poderias ter me seduzido há tempos, mesmo muito antes de eu tentar um pacto. Meu corpo inteiro respondia involuntariamente aos teus toques, se quer saber. Domou-o de forma espetacular desde o primeiro beijo, e me contorci internamente por estar deleitando nos momentos em que deveria ter sido mais maduro com você.

Realmente, talvez tenha percebido um pouco tarde que o rei respondia aos meus toques. Mas o que poderia fazer? Não estava disposta a usar tais artifícios a meu favor, fora minha última cartada, um último toque de desespero por não entender o que fazia ali e como sairia de suas prisões.

— Jamais o teria seduzido ou usado esta carta a meu favor. – Tentei explicar. – Não sou do tipo que usa sedução para conquista de algo, Thranduil. Trabalhava a meu sustento, e por vezes de meus pais e irmãs. Não estava em meus planos usar tais artimanhas jamais, se até mesmo eu não sabia que tinha...

— Então, tens família? – O rei interrompeu-me, surpreso. Não havia percebido que falara demais.

— Bem...

— Ris, sei que não está comigo por interesse. – O elfo interrompera-me mais uma vez, percebendo meu rosto ficar empalidecido com a descoberta acidental dele. – Sei que não se importa com a coroa, e também sei que apenas queria garantir tua liberdade. – Ele continuou. – Sei que tens educação e o quanto luta por seus ideais, e confesso, eles são muito mais nobres do que os meus. Sei também o seu sobrenome, mas não procurei saber quem és mesmo assim.

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