Capítulo 5: Doença

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Notas Iniciais:

Boa Leitura ♥

Sentia um frio incomum

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Sentia um frio incomum. Minha pele estava coberta por todos os lençóis que Tauriel me trouxera, porém não era suficiente. Sentia meu corpo completamente arrepiado por causa do frio, e ao mesmo tempo minha pele extremamente quente.

A noite naquele lugar foi a pior nesses três dias. Sentia-me completamente fraca, com o corpo todo doído e a voz parecia me faltar.

O dia parecia não querer chegar. Cada vez que tentava ver alguma luz que adentrava em pequenas frestas naquela prisão, apenas a escuridão tomava conta do meu olhar. Era algo agonizante e extremamente assustador.

Tentei me acalmar da melhor maneira possível. Gostaria de poder pedir socorro, porém o medo, a vergonha e a falta de voz não me deixaram. Pensei em vários momentos que morreria naquela noite, sem me despedir de ninguém que amava e, provavelmente, ninguém saberia que eu morri dentro do reino de Thranduil.

Chorei por várias horas na madrugada. Mesmo sendo muito pobre atualmente, eu nunca sentira frio como naquele momento, e jamais passei por uma ocasião como essa.

Com meu corpo já reclamando de tanto agonizar, adormeci quase que forçadamente.

Quando acordei, uma bandeja com comida já estava à minha espera. Já não sentia tanto frio como na madrugada e agradeci pela luz que clareava todo o local. Porém, eu não conseguia sentir fome. Meu estômago parecia contorcer-se ao sentir o cheiro do alimento, tentando repudiá-lo para o mais longe possível.

Tinha de admitir, estava muito doente. E provavelmente era por causa do banho gelado que tomei no dia anterior dentro daquela caverna-prisão que me encontrava.

Colocando a bandeja pelo lado de fora, também recusei o almoço. Percebi que, mesmo que eu fosse uma prisioneira, a comida que me levavam era muito boa. No início apenas me davam pão durante todo o dia, mas agora me trazem bandejas contendo suco, bolo, frutas e geléia pela manhã, sopas e pão no almoço e jantar, e estes eram muito generosos. Conclui que fosse obra de Tauriel. Aquela elfa era muito boa, apesar de ser chefe da guarda real, sabia que eu não era a culpada por levar a aranha até a floresta. E eu esperava que ela convencesse o rei Thranduil de que isso era verdade.

Passei todo o dia encolhida em um canto da cela. Sentia meu estômago revirar-se apenas com a água que bebia, meu corpo mole e completamente quente dentro das cobertas e minha garganta arder. Nunca me sentira tão doente em toda a minha vida.

Cansada, dormi a maior parte do tempo, mesmo quando protestava ao meu corpo dizendo que não queria, mas em vão.

Quando abri os olhos, parecia estar já no meio da tarde. Minha cabeça estava virada pelo lado da fonte no fundo da cela, e lembrei-me de que talvez Thranduil aparecesse outra vez. Não sei se isso deveria me causar esperança, ou se me ver doente o traria algum tipo de prazer dentro de si.

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