Capítulo 15: Olhos Amarelos, Cabelos Flamejantes

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Elen síla lúmenn' omentielvo

Atenção: os capítulos a partir do 12 até o 33 estão mudados. Se vc é leitor antigo, sugiro que releia para entender os novos adicionados.

Fico feliz por ver tantas pessoas acompanhando! Obrigada pelos comentários e favoritos, amo vocês!Respostas logo mais sobre o capítulo anterior.
Capítulo totalmente novo
Boa leitura! <3

Por todos esses meses eu me forcei a não pensar sobre esse ser que agora se encontrava à minha frente

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Por todos esses meses eu me forcei a não pensar sobre esse ser que agora se encontrava à minha frente. Não queria lembrar de seus beijos, do seu toque, do seu cheiro ou da sua voz fria que percorria a minha espinha e me arrepiava num toque de luxúria. Ele ou Kirkel foram banidos de minha mente, apesar de eu me pegar lamentando a saudade que eu tinha do humano. Afinal, ele era meu amigo e me confortava sempre quando precisava e nunca havia tido nenhum tipo de constrangimento ao seu lado, ao contrário do elfo que, em menos de um mês, fez a minha vida ir do céu para o inferno tantas vezes.

Entretanto eu não podia recuar. Estava a trabalho e não poderia desprezar ninguém pura e simplesmente por causa dos acontecimentos passados. Rumei até ele, pé ante pé, com a feição paralisada e temerosa sob a sua.

— Majestade. – Minha voz saíra fria e baixa, porém não tremeu como eu temia. – Gostaria de um pouco de vinho? – Ofereci para Thranduil, que logo levantou a sua taça quase vazia com o líquido anterior.

— Claro. – Enchi-a com cautela, temendo derramar uma gota sequer. Exigia para minhas mãos não vacilarem, mas meus olhos se depararam por um segundo com os dele, que ainda me fitava curioso da cabeça aos pés.

— Com a sua licença. – Pedi e me virei para o senhor de Lindon que estava ao seu lado, enchendo a sua taça também. Contudo, o rei da Floresta não deixara seu olhar se perder de mim nem por um segundo.

Fora um momento constrangedor que eu jamais imaginei que passaria. Não estava pronta para vê-lo novamente, sequer para dirigir-lhe a palavra. Mablung pedira para eu o servir a noite inteira, mas aquilo seria impossível para mim.

Rodei mais uma vez o ambiente e, quando a garrafa de vinho de mais de dois litros secou, sai em direção às outras para fora da cabana.

Sentei por um momento e suspirei o ar gelado, sentindo as mãos tremerem de nervosismo mais uma vez. Não seria capaz de voltar para aquela barraca novamente, mesmo sabendo que aquele era o meu trabalho e era obrigada a fazê-lo.

— Você está bem? – Uma voz calma e melódica soou ao meu lado, notando minha prostração. Ao me virar, me deparei com uma elfa vestida como eu, de olhos curiosos e rosto redondo.

— Estou enjoada. – Comuniquei falsamente, só precisava de um tempo.

— Está grávida? – Ela questionou e eu ri.

— Não, apenas de estômago vazio. – Inventei mais alguma desculpa e tentei sorrir para ela. – Preciso servir aquela barraca, mas estou tomando um ar antes que derrame vinho nos convidados.

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