30 de julho - ano II após a guerra

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Boa noite pessoal! Me perdoem não ter conseguido postar na quarta-feira. Acabei me enrolando com muitos compromissos nessa semana. Mas o domingo que sempre foi mesmo nosso dia oficial. E cá estamos nós, começando a descobrir um segredinho da querida Hinata. Vamos ver o que? Boa leitura!

Essas três semanas estão sendo de muitas descobertas. Para mim, claro. Ainda não fazemos ideia da razão dos roubos, a busca pelos meios para o rompimento do selo Hyuuga também se arrasta, Naruto continua agindo como um baka cobiçador da esposa alheia e mal nos falamos. Mesmo com toda essa chateação, foi com certa relutância que tive que admitir que todo o resto perde importância quando penso como é bom chegar em casa e ser recebido com aquele sorriso radiante de boas vindas da senhora Uchiha. Uma admissão interna obviamente. É muito satisfatório me sentir tendo um lar novamente. Talvez um dia eu consiga dizer para ela o quanto sou grato por isso. Tudo fica ainda melhor quando nos beijamos. Nunca em público, porque sei que Hinata pode ficar constrangida. Ela não precisa me falar, eu a conheço cada dia mais. E mesmo que isso só aconteça quando não corremos o risco de nenhum abelhudo nos ver, é uma sensação inebriante. Creio que o fato de sabermos que nosso casamento é uma farsa e não sabermos ao certo expressar o que é isso que estamos sentindo colabora para a relutância dela. Eu mesmo fico sem jeito por não sabermos definir nem nomear o que temos. Ridículo não? Sasuke Uchiha inseguro? Descobri que me fere imaginar que ela possa se envergonhar de mim. Sempre que essa suspeita ameaça nublar meu humor, lembro das incontáveis vezes que ela demonstrou o contrário. Minha estratégia para provar seus lábios à luz do dia é convidá-la para passear pelas terras do clã. Nunca na Vila. Sei que não devia me aproveitar da ingenuidade dela. E sendo honesto comigo mesmo, não é isso que estou fazendo. Ainda estou muito confuso sobre como chegamos a esse ponto, no entanto, não consigo recuar. Não sou capaz de simplesmente abrir mão dessas sensações que ela me desperta. E estou me descobrindo estranhamente possessivo. É com grande esforço que mantenho o controle para não assustá-la. Somos amigos que se beijam e me corrói por dentro pensar que algum outro dos muitos amigos dela possa sequer pensar em fazer o mesmo quando não estivermos mais casados. Não sei mais se tenho alguma pressa para que essa missão termine, no entanto não sou capaz de tocar no assunto. Fico aguardando um sinal dela de que pretenda ficar. Afinal ela parece feliz convivendo conosco.

Observo de longe enquanto Hinata treina com Suigetsu. Tento ser discreto. Sei que apesar das idiotices, o albino a respeita. Mesmo assim gosto de ficar atento para que ele não se empolgue demais e acabe ferindo-a. Seja com a espada ou com aquela língua ferina. E vejo mais uma vez algo que me intriga. Quanto mais a assisto treinando mais percebo semelhanças de seus movimentos com algumas das técnicas de Itachi. Não pode ser só coincidência. São dúvidas que tento afastar para não atrapalhar nossos momentos de serenidade antes que algum dos problemas que nos rodeiam se faça presente. Como agora. Dá para sentir de longe o chacra enfurecido de Karin indo na direção deles. Desço do galho de árvore onde estava recostado e me dirijo ao dojô preparado para conter a maluca.

- SUIGETSU! – a ruiva está berrando antes mesmo de adentrar o cômodo – VEM AQUI SEU CARA DE TUBARÃO!

- Para de gritar Karin! – ele mantém a postura sem tirar os olhos de Hinata, que já baixou a guarda para atender a Uzumaki – Que droga, ruivinha! Atrapalhou meu treino na hora que estava ficando mais interessante. O que é tão importante para você fazer esse escândalo?

- BAKA! Você disse que ia ajudar na arrumação e além de sumir deixou suas tralhas espalhadas por todo canto da casa. Pode ir largando essa espada e vindo fazer sua parte.

- Nem pensar, pequena urtiga. Não vou antes de vencer essa batalha gloriosa. – o albino sorri com desdém.

- Karin está certa, Suigetsu-kun. – Hinata interveem antes que eles comecem suas discussões sem fim – Se prometeu ajudar, deve cumprir sua palavra. Podemos continuar mais tarde.

Bodas de PapelWhere stories live. Discover now