05 de maio - ano II após a guerra

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Boa noite a todos! Conforme combinamos, eis o capítulo que prometi postar para compensar a ausência de domingo. Na verdade, é parte dele. Eu percebi que os capítulos estão sendo muito longos, com mais de dez páginas cada um, e isso acaba ficando cansativo para ler. Então vou continuar escrevendo como faço, mas vou dividir as postagens. Assim vamos poder ter duas postagens por semana. E me facilita liberar as partes do capítulo que já estiverem prontas. Vamos ver se funciona bem dessa forma. 

Acordei sobressaltado e bastante suado. Sei que foi por causa do que sonhei. Não que tenha sido ruim. Tenho certeza disso. Parecia mais carregado de saudades. Não consigo lembrar direito do que havia nele, só de ver minha mãe sorrindo para mim. Acredito que em algum momento bem antes da tragédia. Desde que Hinata chegou eu não tenho mais pesadelos. Esquisito, não? A princípio quis acreditar que era porque ela me faz lembrar um pouco minha mãe, com seu jeito meigo e a fala sempre macia. Com o tempo, eu percebi que minha jovem esposa é bem mais obstinada e teimosa do que eu supunha. Me esforço para lembrar o que poderia ter me afligido nas imagens, e nada. Nadinha mesmo. Olho ao redor e percebo que Hinata já saiu do quarto. Essa mania dela de acordar e sumir já está me incomodando. Custa me chamar? A semana que ficou de repouso foi uma mistura de perfeição e caos. Foi perfeito ela obedecendo ao tratamento e ficando quieta em nosso quarto. Fez tudo como era dito e não deu trabalho algum. Para que não ficasse muito entediada, eu ficava com ela na parte da manhã. Como uma cobertura. Assim ninguém entrava sem bater e ela podia tentar traduzir o tal pergaminho ancestral. O caos ficou por conta de Kabuto tentando fazer com que todos cooperassem para manter a casa em ordem e da minha cunhadinha que graciosamente estendeu sua autorização de visitas a outras pessoas. Foi desgastante aturar o martírio diário de pessoas curiosas vindo aqui. Até Ino e Sakura apareceram, creio que muito mais interessadas em bisbilhotar nossas vidas do que na saúde de Hinata. Ino ao menos disfarçou e até retomou o assunto das flores com Juugo. A Yamanaka demonstrou interesse nas plantas do jardim e o grandão está animado com a possibilidade de ter um cliente. O que me aliviava era o fato de Kabuto manter uma vigilância severa com os horários e ele mesmo se encarregar de colocar todos para fora. Nem preciso mencionar que uma das primeiras coisas que Hinata fez quando foi liberada do repouso foi começar a planejar os canteiros com Juugo. Isso depois de preparar um almoço delicioso para comemorar. Todos os dias Neji vem na parte da tarde para ajudar na tradução, cada dia com um material diferente que acredito que surrupia da biblioteca dos Hyuuga.

Quando desço para tomar meu desjejum, estranhamente não encontro ninguém. Não dou muita importância. Pego uma maçã e vou para o dojô. Quem sabe treinando consigo me concentrar e minha memória recupera as cenas que me fizeram acordar. Nem comecei a esquentar no manejo da katana quando ouço uma gritaria. Parece vir dos portões do Clã. Desisto do treino e vou ver do que se trata. Quando me aproximo percebo que são risos. Juugo e Suigetsu estão terminando de fincar mastros perto dos portões. Hinata quer ajudar, mas eles negam. Orochimaru e Kabuto só observam e dão palpites.

- O que está acontecendo aqui? – pergunto para que notem minha presença.

- Bom dia Sasuke-kun! – minha esposa está animada. E depois daquela noite, nunca mais deixou de usar o sufixo. Só quando estamos falando algo muito sério ou ela está contrariada. É, descobri que ela é capaz de ficar brava. – Estamos preparando o Clã para o Festival do Koinobori. É hoje. Esqueceu?

- Hm, não ligo para essas bobagens. Para que tantos mastros?

- Bem, temos que colocar uma bandeira de carpa para cada homem da casa. O costume manda que as da mesma família fiquem no mesmo mastro, sendo a primeira a do patriarca. No entanto, como somos uma família diferente e você não é o patriarca dos demais, achei melhor cada uma delas ter sua própria haste. Gostou?

Bodas de PapelWhere stories live. Discover now