20 de junho - ano II após a guerra

1.4K 136 37
                                    

Gomen minna. Demorei hoje. Meu computador teve problemas e demorou um bom tempo para consertar. E eu não tinha como acessar o arquivo do capítulo. Mas vou tentar compensar vocês pela demora de hoje.

Acabo de retornar de mais uma reunião infrutífera no escritório do Hokage. Já faz uma semana que todas as equipes retornaram da missão e entregaram seus relatórios. E nada. Não havia absolutamente nada neles que nos desse uma pista sobre os bandidos. Nem mesmo algo que pudesse servir como ponto de partida para outras formas de investigação. Nada. Fizemos tudo como o planejado. Nenhum detalhe ficou fora de nossas vistas. A estratégia funcionou perfeitamente, exceto pelo fato de chegarmos ao ponto de encontro de mãos vazias. Oito times se encarando perplexos e frustrados. E quase ao mesmo tempo. Se algo ou alguém estivesse escondido naquela região, não teria como escapar de nós. Como poderiam simplesmente sumir sem deixar rastros? Os ataques demonstram certa regularidade, então teriam que estar dentro do raio proposto por Tsunade com o cerco. Não há nenhuma explicação razoável para nosso fracasso. Nos documentos constavam no máximo alguns relatos de restos de acampamentos, contudo não é possível afirmar que fossem do bando que estávamos caçando.

Desde então os kages estão realizando essas reuniões ao acaso, algumas vezes só com um grupo, outras com todos os envolvidos, uma exaustiva tentativa de extrair de nossas memórias algo que tenhamos esquecido de mencionar. A de hoje foi somente com os líderes. Revisamos palavra por palavra, passo por passo, e pouco avançamos. Na verdade, eu notei algo estranho. Não nos relatórios, mas na improvável coincidência de todas as cargas roubadas estarem relacionadas sempre as mesmas famílias. Duas daqui de Konoha e uma de Suna. E para piorar, uma delas é a de um conselheiro do Clã Hyuuga. Devido aos meus antecedentes e ao evidente desgosto que todos daquele clã ainda tem com meu casamento, decido me calar. Ao menos por enquanto. Qualquer suspeita levantada por mim, por mais insignificante que seja, contra um ancião destas vilas terá que ser municiada de provas. Muitas e muitas provas. Para minha sorte, o Nara também reparou nessa peculiaridade e usou o status de sua família para colocar o assunto em pauta. Um denso mal-estar pairou sobre o gabinete. O silêncio de Neji foi muito significativo para mim. Ele sempre defende os seus com unhas e dentes. Só posso imaginar que desconfie de algo. Fomos liberados, após sermos avisados que devemos manter em sigilo tudo que foi dito.

Antes de sair de lá, aproveitei para perguntar a Kakashi sobre o retorno dos anbús. Hinata está fora tem quase um mês e a falta de notícias me causa uma enorme ansiedade. Algo tão intenso que não consigo compreender. Nunca senti tamanha preocupação por ninguém antes. Mesmo com toda minha atenção focada na missão, volta e meia ela estava em meus pensamentos. Temia por sua segurança. Temia que fosse impedida de cumprir sua promessa de voltar ilesa. Todas as noites eu contemplava a Lua e lembrava nossas conversas noturnas, de sua voz melodiosa defendendo seus pontos de vista ou simplesmente me contando banalidades. Esperei os outros se afastarem e abordei meu antigo sensei. Ele só disse que já haviam enviado ordens para que retornassem e que não podia me dar detalhes. Percebendo minha inquietação ele pôs uma mão em meu ombro, creio que na tentativa de me tranquilizar, e pelo franzir dos olhos imagino que sorria por trás da máscara.

- É melhor ir para casa Sasuke. – praticamente ordenou para em seguida sussurrar se afastando – Hoje pode ser um dia cheio de boas surpresas. – isso me encheu de esperança, um sentimento que eu já imaginava não ser mais capaz de encontrar em mim. Meus pés me levaram rapidamente de volta ao clã.

Quando penso que vou ter um pingo de sossego para ponderar sobre os mistérios dessa missão, entro em casa e encontro Karin e Suigetsu discutindo aos berros. O assunto? Disputam de quem é a vez para pedir coisas especiais a Hinata. Bato a porta com um estrondo para que se calem e aviso que não quero mais saber dessas disputas infantis. Os dois emburram e ficam resmungando sobre a culpa ser do outro. Me tranco em meu escritório e fico analisando minhas suspeitas sem conseguir chegar a conclusão alguma. Não demora muito e Juugo vem me chamar para o almoço. Mal nos sentamos e ouvimos a porta da frente se abrindo.

Bodas de PapelWhere stories live. Discover now