Capítulo 76

341 63 38
                                    

_Não precisa gatinha, de chinelo mesmo. Vem. _E ele a puxou para o carro.

_Olha cara sério... só entrei na droga desse seu carrinho de riquinho porque do contrário a rua inteira iria ligar para a polícia.

_Você não disse que queria que eu fosse preso?

_Quero não Alex, mas é porque eu tenho pena da polícia e não de você! Coitados dos pobres policiais você ameaçou todo mundo de perder a farda. Faz isso porque é um riquinho de merda e não sabe o quanto é importante ter um ganha pão. Eles arriscam a vida pelo bem da população  sabia?

_Ah... com certeza e tem uns certos que arriscam ficar pelados pra proteger uma pobre donzela indefesa. Outros que idolatram calcinhas nos sacos plásticos e uns que pegam todas as armas do armário de provas e jogam nas mãos das detentas se elas forem gostosas né?

_Seu problema é que é um grosso descortês e arrogante.

_Dá no mesmo. E você bem que sabe o quanto eu sou “grosso".

DESGRAÇADO! SABIA SIM! Ela e a torcida feminina do flamengo já que com certeza ele enfiara o que tinha de mais grosso dentro delas.

_Alex eu te mato!

E ele de fato que nem sabia porque estava apanhando mas como com certeza já esperava um piti apenas passou a dirigir com o braço esquerdo e se proteger com o direito.

_Agora vou ser preso por direção perigosa.

_E por mim vai apodrecer detrás das grades!

E mesmo apanhando ele não desviara da linha reta em que dirigia e Elisa se tocou de que arriscar a vida tendo um filho de sete anos pra criar era loucura.

_Ok meu filho, vou ficar aqui na minha e vê se não fala comigo tá?

_Elisa amor...

_Livre estou, livre estou...

E Elisa começou a cantar tão alto, e tão estridente na firme intenção de deixá-lo surdo.

Não posso mais segurar
Livre estou, livre estou
Eu saí pra não voltar
Não me importa o que vão falar
Tempestade vem
O frio não vai mesmo me incomodar

_Sério que se sente livre de mim e que não pensa em voltar?

_De longe tudo muda
Parece ser bem menor
Os medos que me controlavam
Não vejo ao meu redor
É hora de experimentar
Os meu limites vou testar
A liberdade veio enfim
Pra mim!...

_Liberdade né Elisa?

E ela começou a gesticular amplamente.

_Livre estou, livre estou
Com o céu e o vento andar
Livre estou, livre estou
Não vão me ver chorar
Aqui estou eu e vou ficar
Tempestade vem
O meu poder envolve o ar e vai ao chão
Da minha alma fluem fractais de gelo em profusão
Um pensamento se transforma em cristais
Não vou me arrepender do que ficou pra trás

Alex lufou.

_Livre estou, livre estou
Como o Sol vou me levantar
Livre estou, livre estou
É tempo de mudar
Aqui estou eu
Vendo a luz brilhar
Tempestade vem
O frio não vai mesmo me incomodar

_Será mesmo que não?

_Alex eu sou a rainha do gelo se eu quiser tá? Estou livre meu filho. Estou livre de você seu cretino.

_No meu caso é diferente tá. Então escuta só.

E o desgramado começou a cantar “igualzinho” a ela que era uma taquara rachada...

COLEÇÃO POR UM SONHO _ A esposa. Where stories live. Discover now