Capítulo 59

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Elisa abriu a porta e entrou.

Alex estava na sala com três empresários fornecedores quando a viu entrar... No exato momento em que levava sua xícara de café até a boca. Resultado? Queimara a boca. Derramara café em cima dos contratos, molhara a mão de um dos fornecedores e se engasgara começando a tossir como um louco a procura de ar nos pulmões a ponto de ter que levantar da mesa.

O que significava aquilo? Que raio de uniforme era aquele? Só coisa do capeta mesmo. Quê? Agora o próprio demônio resolvera lhe trolar?

E vendo o escarcéu que fizera em cima da mesa lá vinha ela como uma assistente atenciosa limpar a sujeira. E na pressa ela se quer dera a volta na mesa se inclinara alí mesmo afastando os papéis da poça de café e jogando um guardanapo em cima da poça. A situação já era ruim o suficiente, agora Elisa inclinada usando aquele vestido preto e colado com aquele meio avental vermelho amarrado em sua cintura com um laço atrás parecendo embrulhada para presente era o fim. E os três empresários agora olhavam para ela com cara de chocados e nem se quer poderia culpá-los por estar deliberadamente olhando para a bunda dela já que era IM-POS-SÍVEL não olhar.

Não... não havia mais nada para que infartasse de uma vez. Mas como se o demônio tivesse ouvido seus pensamentos lá o empresário que lhe fornecia vidros importados derramou o seu café também e como uma desalmada neurótica por limpeza lá se inclinara Elisa ainda mais para alcançar os papéis e salvá-los do tsunami de café.

Muito bem. Ela salvara os papéis mas quem iria salvá-la agora? Quem iria salvá-la se sua ira? Por pouco ela não exibira a calcinha... E céus se Elisa sonhasse em exibir sua calcinha para seus fornecedores iria estrangulá-la.

Viu que um deles abrira a boca e passara a mão na barba com um sorriso de canto e no instante seguinte se inclinara para falar algo ao ouvido do colega e os dois não disfarçavam na verdade que seus olhos estavam fixos em Elisa de cima abaixo.

Pela leitura labial já que era muito bom nisso pudera facilmente identificar a frase.

“Preciso do telefone dela"

O único telefone que ele precisaria seria o da SAMU. Saindo do seu estado de telespectador Alex caminhara até ela a puxando pelo braço.

_O que significa isso?

_O quê? _Elisa o encarara fingindo inocência.

_Com licença senhores. _Alex a puxou para fora e seguiu diante de todos os seus funcionários arrastando a faxineira pelo braço a passos largos. Chegando na área de serviço agarrou nos dois braços de Elisa a empurrando com força para cima da pia e posicionando as mãos em seu decote... _Sabe porque não rasgo esse uniforme agora? Porque não quero você nua! _Porém no estado que estava não pôde controlar as mãos e acabou que forçara o tecido sem querer e um botão saltara do vestido vindo a aumentar o tamanho do decote.

_Eu sabia que o demônio estava me trolando. _Alex resmungou bufando. Não. Era o fim. Era o fim para seu auto controle. Era o fim para sua sanidade.

Na sala vendo-a naquela posição só tivera um desejo. Apenas um. Estar sozinho! Porque se estivesse sozinho ali com ela Elisa tinha levado o que merecia. Precisava apenas prendê-la naquela posição inclinada na mesa. Bater nos botões que estavam ao lado dela fechando as persianas e travando a porta e então poderia erguer, o que faltava erguer, naquele vestido curto e arrancar sua calcinha com uma mão...

_Você está doido Alex? _Elisa o empurrou.

“Se estava doido? Era óbvio que sim.”

_Droga! Olha isso! Agora estou com meus seios quase inteiros à mostra!

COLEÇÃO POR UM SONHO _ A esposa. Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu