Capítulo 66

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E Elisa mal teve tempo de pôr a sua calça e encontrar o sutiã. Alex se enfiara dentro da cueca e o restante de suas roupas ninguém fazia ideia de onde tinha ido parar e antes que pudessem se recompor a porta fora arrombada.

Elisa colocara as mãos no rosto chocada. Não esperava por aquilo. Não mesmo. Até porque sempre ouvira aquela história de que a polícia precisava de um mandado para entrar assim arrombando portas e tal, mas com certeza havia exceções porque eles realmente haviam arrombado a porta e meia dúzia de policiais haviam entrado no quarto armados até os dentes.

“Misericórdia...”

Não esperava mesmo por aquilo... não mesmo.

Alex parecia perplexo e encarava  tudo aquilo chocado.

_O que estão pensando? Que podem chegar arrombando portas e...

_Alex Annenberg você está preso!

_Mas quê?

Logo o policial recitou os direitos de Miranda.
_Você tem o direito de permanecer calado e tudo o que disser poderá ser usado contra você no tribunal.

_Vocês estão malucos?

_Uma denuncia foi feita e as pistas no ambiente são as provas do flagrante. Está preso sob o acusação de violência  contra a mulher.

_Elisa! Quer falar alguma coisa... _Alex a encarava com súplica.

E Elisa tremia nervosa tapando os seios com as mãos.

_A... A... Alex...

_ELISA!

_Eu...

_Chega! Alguém por favor ajude a vítima a...

E antes mesmo que ele terminasse a frase...

_Eu posso fazer isso delegado. _Um dos policiais se adiantava.

_Pode deixar comigo senhor... _Outro se adiantava ao mesmo tempo enfiando a arma de volta no coldre.

Peraí, era o que estava vendo ou eles iam se estapear pra ver quem colocava as mãos em sua mulher?

_ELISA! _E Alex berrou para ela sabendo que já estava passando da hora dela se pronunciar e explicar o que estava acontecendo.

E o que ela fez? Balbuciou qualquer coisa nervosa enquanto dois policiais se aproximavam amabilíssimos tentando acolhê-la.
Não estava vendo aquilo. Sério que não estava vendo um deles chegar por trás e retirar a própria farda pondo em cima dos ombros dela acariciando-os e confortando-a falando baixinho ao seu ouvido. A única dúvida que tinha agora era quem ia matar primeiro se o maldito que estava abusando dela ou ela por estar abusando de sua paciência. Porém antes que se aproximasse da cena do outro lado um dos tais que recolhia as provas com a mão  enluvada recolheu a calcinha dela que estivera largada em qualquer canto.

_Mais uma prova do crime senhor... _E exibiu a calcinha rasgada para todos. E as caras dos malditos? Essas não dava pra explicar já que faziam caras de quem apenas analisava que era uma calcinha minúscula e sensual. Viu que um cochichou ao ouvido do outro algo que imaginou ser com certeza uma indecência e o delegado olhando para o ambiente com uma careta de desagrado falara para o cara ao lado algo que dera pra compreender quase que nitidamente.
_E isso virou moda mesmo entre esses miseráveis da alta sociedade estuprar e agredir mulheres indefesas nessas relações doentias de jogos sexuais...

Credo! O que estavam pensando que ele estava fazendo alí?

_Senhores não é nada do que estão pensando...

Elisa enfim se pronunciara.

Finalmente! Alex respirou aliviado. Porém seu alívio fora instantaneamente jogado por terra porque logo ela foi cortada.

_Moça não há necessidade de que se pronuncie. As provas já são suficientes. Não precisa ter medo. Hoje as leis são bem claras em caso de estupro e agressão contra a mulher. Você só precisa seguir as orientações e estará segura. Não precisa ter medo querida. Ele pagará pelo que fez.

_Mas... _Elisa bem que tentou mas o guarda que estava logo atrás segurou em seus ombros e a empurrou para que andasse.

_Isso é um grande mal entendido! Elisa daria para explicar pra esses idiotas que você é minha mulher!?

_Independente de ser sua mulher ou não, violencia sexual é crime e não pode ser beneficiado com anistia, graça ou indulto (art.2°, I), não tem direito a fiança e liberdade provisória (art.2º, II), deverá cumprir a pena integralmente em regime fechado (art. 2º, § 1º), sua prisão temporária pode se estender por trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade (art. 2º, § 3º) e, em caso de sentença condenatória, o Juiz decidirá fundamentalmente se poderá apelar em liberdade, podendo, pois, negar o benefício ainda que o condenado seja primário e de bons antecedentes.”

Um frio na espinha lhe fez gelar. Elisa o encarou em choque.

_Me largue senhor! Não é nada do que estão pensando esse homem é meu marido e...

_Dá pra perceber muito bem que ele a está ameaçando senhorita. Não se preocupe estamos aqui para protegê-la.

E o tal a segurou pela cintura. E o outro fez questão de se pôr na frente dela para que não pudesse ter contato com sua esposa. Eles talvez não houvessem percebido que tinha um dom divino que era a leitura labial e pode muito bem ler o “que gostosa” que um dissera ao outro.

Sério que aquele policialzinho de meia tigela colocava as mãos em sua mulher, acariciava seus ombros a agarrava pela cintura... onde mais ele queria pôr  a mão  am? Não fazia ideia, mas sabia onde iria enfiar a sua mão, bem no meio da cara dele. 

No entanto a situação estava crítica demais, em uma analise simples cá estava ele só de cueca no meio de um quarto e sua esposa que era muito corajosa, agora parecia um frango que não  sabia onde enfiar a cara de tímida e nervosa. Haviam pedaços das roupas dela pelo elevador e livros espalhados na entrada do prédio, a mochila havia caído em qualquer lugar. A calcinha dela estava rasgada em um saco plástico  e transparente e por Deus porque aquele maldito policial estava há duas horas olhando  pra calcinha dela como se fosse uma obra de arte dentro daquele saco? Não era que fosse ciumento. Não  de forma nenhuma acontece que todos eles com exceção do delegado que estava muito empenhado em lhe ver apodrecendo detrás  das grades todos os outros estavam muito empenhados em fazer pose de manchão jogando charme para ela, lhe oferecendo um atendimento vip que não  receberia nem  no melhor hotel do mundo.

_ELISAAA! _E berrou com raiva fazendo com que ela tivesse um sobressalto. Quem sabe não acordasse de uma vez. Elisa empurrou os policiais de leve indo na sua direção e o que um deles fizera? Am? Tentara impedí-la agarrando Elisa pela cintura e aproveitara pra tirar uma casquinha afinal a jaqueta policial caíra no chão  e sua mulher no meio do quarto ficara apenas de calça  jeans e sutiã, este, um sutiã bastante ousado expondo sua pele branca e seus seios farto na frente de todos. Os olhares desceram e subiram pelo corpo dela. E seu dom divino da leitura labial decifrou as frases que eles trocavam.

_”Chave de cadeia meu irmão uma mulher dessa põe qualquer um atrás das grades".

“_Eu pegaria cara ah se pegaria" Um deles falou passando a mão no queixo.

“_Eu pegaria com certeza" . O outro afirmara com um sorriso safado nos lábios.

Ah mas ele ia pegar com certeza! Um soco no meio da cara.

_”E pelo visto ela está sem calcinha.”

Ápce! Ia explodir. Mas não. Não foi esse o cúmulo. O cúmulo foi o atrevido que tirara a jaqueta tomar a frente de Elisa e inacreditavelmente  tirar  a blusa de algodão branca exibindo-se descaradamente na frente dela e como se ela fosse um manequim passou a vestí-la com a tal... aproveitando-se desse fato hilário para roçar as mãos nos seios da safada que não fazia nada para parar aquele ato explícito.

Sentindo que já era suficiente para seu auto controle e vendo ele arrastar os cabelos dela para fora da blusa como se ela fosse uma incapaz e aproximar os lábios para falar qualquer bobagem pra ela Alex apenas deu dois passos já  que era o que precisava e acertou um soco no policialzinho de merda.
Ué? O que ele ia fazer? Se quer estava fardado. Desacato o cacete!

Vendo os outros tal comportamento, partiram pra cima dele o agarrando com força, mas ainda faltavam dois. Ainda faltava acertar as contas com mais dois e deu certeiro na cara do outro desgraçado do grupinho. Ah mas ainda faltava um. Aquele que parara de procurar pistas assim que dera com a calcinha preta dela. Esse merecia com certeza. Talvez o fizesse lembrar de que era uma calcinha e esta da sua mulher e não uma peça de adoração. E se alguém tinha que imaginar Elisa naquela calcinha a única pessoa era ele porque uma coisa estava muito certo que cobiçar a mulher dos outros era condenado pelo nono mandamento. E que tais comportamentos adotados or aquele bando de imbecis fora da lei era fora do padrão.

Sabendo que iria levar uma bela de uma surra já que certos tipos de policiais adoravam uma resistenciazinha pra ter oportunidade de usar a agressão, dera com tudo no cara do saco plástico vindo esse a cair no chão e quando pensara que ia dar de novo o exibido sem blusa chegava com sangue no olho pronto para matá-lo. Estava meio ridículo aquilo. Até porque o chefe da operação cruzara os braços encarando a cena como se estivesse olhando uns galos brigando no terreiro sem a mínima preocupação e quando seus subordinados perceberam a cara dele logo se recompuseram e lhe algemaram de imediato e quando pensou que tudo iria acabar, que iria pra cadeia e tudo bem, tudo normal, obrigado, lá  se vinha a louca lhe defender como uma desvairada acertando quem vinha pela frente e ganhando um  par de algemas nas mãos.

_Parabéns  Elisa. _Alex bufou irônico. _Ótimo trabalho amor.

Agora os dois seriam presos.

***
Bom diaaaa...

Nada melhor.do que acordar.com um capítulo de Alex e Elisa novinho em folha am?

Bjokas e que tal muuuuitos comentários pra deixar a autora feliz e animada e.com vontde de passar o domingo inteiro escrevendo  e postando  Am? Que tal 100 comentarioszinhos de nada. Não custa nada. Estou aguardando.

COLEÇÃO POR UM SONHO _ A esposa. Where stories live. Discover now