Capítulo 53

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Se tinha se arrependido da graça? Não. Não mesmo. Os três amigos dele olhavam para caixinha e para o lenço caro chocados. Isso porque ele estava devidamente bordado.... a senhora que fazia os mimos ficara muito estarrecida e lhe olhara torto quando pedira para ela bordar um “foda-se” bem visível no lenço branco. Não era algo que tivesse a intenção de expor dessa forma. Na verdade o recado era só  pra ele não havia porque  ele abrir na frente de todos...
Mas como era uma pessoa impossível ele havia aberto. Então agora que se...

_Foda-se... _Eric leu a mensagem. _Claro. Que melhor presente eu poderia receber da minha gatinha. Amor não é porque eu não retornei a ligação  que precisa dar show na frente dos meus amigos. Entenda que as vezes as coisas funcionam assim... apenas sexo casual. Nem sempre o cara vai ligar no dia seguinte.

Gisele abriu a boca chocada. Os amigos dele faziam careta. Eric sorria e Sabrina ficara da cor de uma pimenta malagueta de tanta raiva.

_O que disse garoto? _Ela parou diante dele cruzando os braços. Eric estava sentado à mesa e apenas lhe encarava nos olhos com um sorriso cínico.

_Não fica assim Cristina querida. Podemos repetir a dose hoje a noite.

_Filho da mãe...

_Mas agora deixa eu chamar aqui a garçonete. GARSONETE! TEM  PICOLÉ DE COCO?

Foi o suficiente Sabrina pegou o copo de suco que Eric tomava de cima da mesa e o derramou inteiro na sua cabeça. E sem intervalo pegou o prato de salada e jogou no seu rosto e o de bife com molho e feijão fez questão de esfregar em sua camisa branca e no paletó.

_Sa.... brina... -Gisele tremia chocada.

E Sabrina ergueu o lencinho com a ponta dos dedos.

_Acho que agora você precisa disso querido. A propósito. FODA-SE! _E Sabrina saiu arrastando Gisele pelo braço que parecia petrificada.
E Eric ficara parado de boca aberta pela primeira vez na vida sério e constrangido. Até que seus amigos não puderam se conter e começaram a rir de sua cara.

“Ah mas você me paga Picolé de coco!”

**

Elisa saiu da faculdade direto para o trabalho e enquanto estava pondo o uniforme fora informada que a agência havia fechado um outro contrato e trabalharia em um outro prédio comercial.... e ficara embasbacada diante do prédio de luxo.

Depois de dividida a equipe soube que ficaria com o último andar... geralmente o ultimo andar era o andar dos mais poderosos e quando a porta do elevador de serviço se abriu e viu ao longe o nome Construtora Annenberg sentira vontade de dar meia volta e ir embora.
Mas não. Não ia embora. Não sentia vergonha do que fazia e nem tinha medo de Alex então no caso não tinha razão para ir embora. E amava trabalhar naquela agência. O salário era bom e tinha todos os direitos trabalhistas. E.... e...

Ai porque estava nesse dilema todo? Era apenas fazer o seu trabalho e pronto. Nem iria esbarrar com ele...

E assim foi... entrara no ambiente de luxo... a faxina grossa só era possível depois da saída de todos os funcionários, mas enquanto não saiam poderia limpar os vidros... e quantos vidros céus... paredes e paredes de vidro. Enquanto limpava o vidro de uma das salas ouviu uma conversa entre funcionários.

_Eu acho que não. Não mesmo. Ele nunca pegou ninguém do escritório.

_Você está é por fora dos boatos minha filha. Antes ele era casado mas depois que se separou deu a louca no chefinho. Cê viu? Ele tava com uma mulher diferente à cada dia...

_Vi as fotos dele com aquela blogueira. Sabia que ela veio aqui ontem?

_Jura? Me conta!

_Foi querida. Cê sabe que o chefe ultimamente anda esquentadinho depois do soco que deu no advogado da mulher dele todo mundo anda pisando em casca de ovos com ele. A tal da Beatriz Barros saiu da sala pisando duro. Acho que ele deu um fora nela.

COLEÇÃO POR UM SONHO _ A esposa. Where stories live. Discover now