Je ne parle pas français - Sara Däbritz e Adrien Rabiot

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"Eu não falo francêsMas por favor continue falandoTudo o que você falaDe alguma forma soa bemO tempo simplesmente paraEu queria tanto entender você

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"Eu não falo francês
Mas por favor continue falando
Tudo o que você fala
De alguma forma soa bem
O tempo simplesmente para
Eu queria tanto entender você."

Nem sempre mudar-se era fácil, quando se tratava de mudar de cidade era um pouco menos complexo do que estava acontecendo agora, você minimamente precisaria apenas se adaptar a nova vizinhança, conhecer algumas pessoas e pronto, logo você estaria ...

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Nem sempre mudar-se era fácil, quando se tratava de mudar de cidade era um pouco menos complexo do que estava acontecendo agora, você minimamente precisaria apenas se adaptar a nova vizinhança, conhecer algumas pessoas e pronto, logo você estaria integrado.
Trocar de país, ah, isso sim era complexo. Primeiro, você precisaria se adaptar a um novo idioma, segundo, aprender sobre a cultura, terceiro, toda a burocracia de trocar de cidade. Isso era exatamente o que estava se passando em minha vida.
Certo, estar me adaptando a Paris, não era um completo pesadelo, contudo, tão pouco era um mar de rosas. Tudo que eu sabia eram apenas poucas palavras, que facilmente poderiam ser listadas: Bom dia, sim e eu não falo francês. Esse idioma estava realmente sendo um problema que estava difícil de vencer.
Continuando meu pequeno desafio na França.
Simplesmente não conseguia entender a geografia da cidade, com excessão dos pontos turísticos, tudo me parecia exatamente igual! Alguém me disse:
"Sara, você vai conseguir se localizar pela Torre Eiffel."
Tudo bem, funcionava algumas vezes, pelo menos de lá sabia chegar no meu apartamento, pelo menos agora, depois da pequena tragédia que foi meu primeiro dia nessa cidade.
Tentava gravar cada nome de rua desde que sai pelo portão do prédio, o que não aconteceu, quando virei a segunda esquina, já não conseguia mais me lembrar o nome da rua anterior, o jeito seria tentar gravar as coisas próximas, também não deu certo, minha memória fotográfica era péssima. Estava muito ferrada.
Fiquei andando completamente sem rumo por essa porcaria de cidade, vendo exatamente tudo igual, sem nem saber de que jeito voltaria pra casa, talvez usando o mapa do celular. Sim, era minha melhor - se não a única - opção.
Pelo menos um lugar conhecido, porém ainda não sabia ir para casa. A famosa Champs-Élysées. Era realmente muito bonita, mas perdida do jeito que estava? Não ia conseguir apreciar nenhuma coisinha, minha vontade era sentar na calçada e chorar, definitivamente, não tinha emocional pra ficar perdida numa cidade.
Literalmente me bati em um corpo, e a pessoa me segurou antes que eu caísse igual um chucrute no chão.
- Sorry. - Disse rapidamente, mesmo sabendo o quanto esses parisienses eram chatos com o uso do inglês, mas, desculpa ainda não era uma coisa que eu soubesse falar.
- It's ok. - Ele me respondeu com um sotaque ligeiramente carregado, quem sabe esse rapaz de cabelos levemente encaracolados falasse inglês e pudesse me ajudar. - Salut, qu'est-ce que vous cherchez? - Francês era realmente um idioma sexy, na mesma proporção que eu não fazia ideia do que significava isso.
- Je ne parle pas français. - Respondi rapidamente a minha frase salva-vidas, ele piscou os olhos para mim. - Inglês? - Perguntei esperançosa, e ele negou com a cabeça, estávamos num impasse.
Peguei meu celular no bolso para digitar alguma coisa no tradutor e mostrar para ele. Tudo cooperando, sem bateria. Praguejei.
Ele pareceu entender o que planejava e esticou seu aparelho para mim, digitei rapidamente: "estou perdida." Ele me observou com uma cara tristonha e me senti ainda pior.
"Como posso te ajudar?" Ele me mostrou o aparelho e sorriu gentilmente.
"Preciso voltar para casa, me mudei no início da semana e com todo respeito, essa cidade é terrível!" Ele riu e sorri automaticamente, essa era a situação mais engraçada e desesperadora da minha vida!
"Concordo plenamente, terrível." Não sabia o que responder.
"Preciso ir para a torre Eiffel, de lá, sei chegar em casa."
"Eu te levo, se você quiser, claro." Não estava em condições de recusar ajuda, concordei com a cabeça.
Dizer que caminhamos em silêncio é extremamente sem necessidade, já que nossa comunicação estava restrita ao Google Tradutor. Não era um caminho muito longo, alguma coisa perto de dez minutos. Estranhamente, a companhia desse desconhecido era reconfortante.
- What is your name? - Pergunto.
- Adrien, Adrien Rabiot. - Ele sorriu e esticou a mão.
- Sara, Sara Däbritz. - Aperto sua mão gentilmente.
"Vamos tomar um café?" Ele me mostra no celular.
"Claro, adoraria."
"Conheço um lugar ótimo."
"Então vamos."
Ele me guia por algumas ruas, ficaria nervosa se fosse outra pessoa, mas ele me passava uma segurança muito grande, decidi continuar seguindo ao seu lado. Vez ou outra ele sorria para mim e eu retribuía.
Reconheço o lugar. Estávamos na minha rua, apenas alguns quarteirões de distância do meu apartamento. Pelo menos o lugar era conhecido.
Ele para justamente na frente da cafeteria que eu frequentava desde que me mudei, pelo menos saberia o que pedir.
"O que vai querer?" Ele me entrega o aparelho celular.
"Um café e um bolo de maçã, o bolo é ótimo." Ele ergue a sombrancelha ao ler.
"Você conhece aqui?"
"Sim, moro no fim dessa rua. Você realmente me trouxe até em casa." Sorri.
"Foi um prazer."
Ele faz o pedido rapidamente e não conseguia parar de babar no som daquela voz, queria que ele nunca mais parece de falar.
Foi confortável ficar ali em silêncio, pude perceber que estive muito sozinha desde que cheguei aqui, já que apenas uma presença me fez tão bem.
Adrien fez questão de pagar a conta, mesmo que eu tenha insistido e feito cara feia, ele deixou duas notas de dez euros sobre a mesa.
"Obrigada, foi um prazer."
"Por nada. Posso ter seu número? Pro caso de você precisar de ajuda com a cidade." Foi um jeito muito fofo de pedir meu número.
Sai do tradutor e salvei meu número em sua agenda.
"Preciso mesmo ir, nos vemos em breve?"
- Oui. - Ele respondeu e felizmente essa era uma das palavras que eu conhecia.

Adrien, foi a melhor coisa que me aconteceu em Paris, nós acabamos nos encontrando muitas vezes, me mostrava os melhores pontos da cidade, bons restaurantes, praças, algumas coisas nas cidades próximas a Paris, ele era um ótimo guia. Acabei descobrindo depois de algum tempo que ele sabia falar inglês, contudo preferiu brincar um pouco com o tradutor e o meu desespero.
O senso de humor dele era algo que eu gostava.
Ele era um ótimo professor de francês, muito melhor que os que pagava caro nas aulas para estrangeiros. Adrien me ajudou muito.
Não podia ser diferente, logo estava apaixonada por ele, mesmo que algumas vezes nossa comunicação fosse um pouco difícil, dávamos um jeito.

O sol refletia na água azul, era uma das cenas mais lindas, talvez perdesse apenas a forma como Adrien dormia, seu sono era tranquilo, ele soltava pequenos suspiros, meus dedos passavam carinhosamente por seus fios castanhos, nunca me cansaria de olha-lo assim, era angelical.
Não poderia dizer nunca que o rapaz que me socorreu no meio da Champs-Élysées, viria a ser o amor da minha vida, seria uma parte tão importante que nunca seria capaz de deixá-lo.
- Mamãe, mamãe. - Pierre entrou correndo em meu quarto.
- Fala baixinho, papai está dormindo.
- Desculpa, posso ficar aqui com vocês três?
- Claro. - A cabeleira encaracolados subiu na cama, logo se enfiando entre Adrien e eu.
- Mas quem é que ousa me acordar? - Meu marido agarra nosso filho fazendo cócegas nele.
- Aí papai, cuidado a mamãe e a Amélie. - Adrien estica a mão tocando minha barriga.
- Bom dia minhas meninas. - Sorrio boba para ele, e seguro sua mão, Pierre coloca a pequena mão sobre as nossas.
Mudar-se era muito burocrático, mas foi no meio de toda a burocracia que encontrei o verdadeiro significado da palavra "amor".

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