Um Clichê Em Nossas Vidas - Paulo Dybala / Cláudio Marchisio

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Era sempre muito complicada nossa relação, algumas vezes chegava a pensar que era algo doentio, eu amava Paulo mais do que qualquer coisa em minha vida, contudo era terrível quando nossas crises de ciúmes apareciam

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Era sempre muito complicada nossa relação, algumas vezes chegava a pensar que era algo doentio, eu amava Paulo mais do que qualquer coisa em minha vida, contudo era terrível quando nossas crises de ciúmes apareciam. E elas sempre estavam a espera, no momento mais inoportuno. Sempre soube tudo o que implicava estar com ele, nunca me importei, porém era difícil, todos os fãs, o assédio de algumas torcedoras, viagens, dias longe de casa, era exaustivo para mim, as vezes o ciúme me dominava, mas era ainda pior com ele.

Hoje era um desses dias terríveis.

Logo estaria eu, saindo mais uma vez de sua casa, sentindo meu corpo destituído, assim como meu emocional.

Estava no limite.

Ele havia acabado de retornar de Barcelona, tinham sido poucos dias, como era costume. Sabia todos seus passos, desde as músicas que ouvia, até cada coisa em seu cardápio, a internet e alguns contatos dentro do clube, valiam a pena.

Deveria estar tudo bem.

Deveria.

Paulo sempre teve acesso a todas as coisas em meu celular, não haviam motivos para que tal coisa não acontecesse. Ele olhava suas redes sociais em meu aparelho enquanto o seu carregava, ele detestava ter de mexer com o celular ainda na tomada, ele estava concentrado nas imagens que o clube havia publicado recentemente, ouvi o som de uma notificação, não me importei.

- Gostei do nosso jantar ontem, quando faremos outra vez? - Leu em voz alta, virando-se para mim. - Andreas. - Fica me encarando esperando uma explicação que não sabia dar.

- Velho amigo. - Dou de ombros. Havia anos desde a última vez que nos encontramos, e poucos dias atrás tínhamos nos esbarrado em um café próximo ao trabalho. - Estudamos juntos.

- Hm. - Ele apenas resmunga, desvia o olhar.

- Paulo, olha para mim. - Volta a me encarar. - Nós fizemos inglês juntos na adolescência.

- Não perguntei nada. - Ele dá de ombros e continua segurando meu celular.

- Foi apenas um jantar, não tem nada de anormal. - Digo na defensiva, já sabendo onde isso terminaria.

- Com vinho. - Ele semicerrou os olhos com a conversa aberta, olhando as únicas duas fotos que haviam ali. - Vocês estão bem próximos nessa foto.

- Não vejo nada demais. - Rebato. - Você queria que nós estivéssemos tomando refrigerante, igual duas crianças?

- Porque não? - Ele continuava analisando a imagem em sua frente. - É o nosso restaurante?

- Sim.

- Eu não acredito, tantos restaurantes e você precisa justamente levá-lo nesse?

- Você está sendo ridículo, Bruno. - Chamo-o por seu segundo nome e vejo sua expressão mudar.

Coletânea de Contos - Jogadores de futebol. Where stories live. Discover now