I Promise - Jonas Hector

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- Jonas, acorda! - Digo assustada vendo a hora no monitor do laptop aberto em minha escrivaninha em frente a cama

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- Jonas, acorda! - Digo assustada vendo a hora no monitor do laptop aberto em minha escrivaninha em frente a cama. - Jonas. - O sacudo um pouco mais enérgica. Seu braço pesava sobre minha cintura e suas pernas jogadas sobre as minhas. - Jonas! - Digo alto, me virando em sua direção, ele murmura algo sem sentido. - Jonas, vamos, levanta.

- O que? - Diz confuso. - Bom dia. - Diz passando a mão no rosto, e dando um beijo na minha testa. - O que foi, Verena? - Diz assim que percebe minha aflição.

- A hora. - Ele olha na direção da única fonte de luz no quarto. - Nós dormimos demais.

- É um bom sinal, então. - Ele ri, colocando seu rosto na curva de meu pescoço.

- Estou falando sério, meu pai já desembarcou numa hora dessas, deve estar quase chegando em casa! - Ele se espreguiça ao meu lado e tateia em busca de seu óculos.

- Até quando vamos continuar com isso? - Jonas levanta procurando por sua roupa na cadeira ao seu lado. - Somos adultos, a gente sabe exatamente o que quer.

- É por você. - Digo cautelosa.

- Não é por mim, você faz isso, por sua conta, por mim, nós já teríamos conversado com ele há muito tempo. - Ele vestia sua roupa aparentando estar um pouco irritado.

- É a sua carreira, não quero que abra mão de uma parte dela por mim.

- Já abri mão de muita coisa para estar aqui, deixei de ir em festas da família, de ter uma namorada no colégio, de viajar com meus amigos, abri mão de coisas que você não tem ideia para conseguir me tornar o jogador que sou hoje, enquanto todo mundo se divertia, eu estava lá treinando. - Ameaço dizer alguma coisa. - Eu não me arrependo de nada.

- E você quer desperdiçar tudo isso?

- Não estou desperdiçando. Estou fazendo o que acho certo, consegui chegar onde queria na minha vida profissional, e na pessoal? Eu não sei, acho que está na hora de abrir mão de certas coisas, poder sentir o que eu quero, estar com quem eu quero, sem a preocupação de um dia alguém nos ver juntos.

- Jonas, eu... - Não tinha nem palavras para dizer nada. - Estava fazendo o que achava certo, só queria te proteger.

- Vê, acho que nós devemos dar um tempo, você precisa pensar sobre isso, a decisão é sua, é o seu pai, no final das contas. - Ele veste sua jaqueta de couro e pega a carteira na escrivaninha. - Até breve.

Ele não me dá nenhum beijo, nenhuma última olhada, apenas passou pela porta fechando-a atrás de si, não tive coragem de ir atrás dele, sabia que choraria facilmente, afinal meus olhos já marejavam apenas a ouvir suas duras palavras. Ouço seu carro arrancar pela rua, e me jogo entre os travesseiros sentindo o perfume de Jonas.

Burra, você é burra, Verena.

Sempre tive a certeza de que o que acontecia entre Jonas e eu, era a melhor forma do nosso romance, tinha medo que ele pudesse sofrer algum tipo de retaliação por parte de meu pai, afinal era ele quem decidia quem seria convocado ou não para os jogos da seleção. Nunca quis me envolver com nenhum dos rapazes, mas com Jonas Hector foi diferente, ele era meigo, sorria de forma doce para mim todas as vezes que cruzávamos pelos corredores dos hotéis. Não consigo me recordar ao certo quando passamos de amigos para um casal, havia sido uma transição suave, quase imperceptível.

Coletânea de Contos - Jogadores de futebol. Where stories live. Discover now