Capítulo 58

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NATHAN

Eu não sei dizer quando tudo mudou. Não sei dizer quando me apaixonei. Talvez tenha sido na primeira vez que ele riu de verdade, após me ver caindo por descer apressado as escadas. Talvez tenha sido quando ele me olhou nos olhos e sorriu verdadeiramente. Pode ter sido quando começamos a dividir a cama durante as noites, e ele sempre me abraçava como uma criança manhosa. Não sei como me apaixonei.

Mas agora, vendo o meu namorado descer as escadas com seu terno e um sorriso enorme no rosto, tenho certeza de que foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido.

Ainda é estranho pensar no quão apaixonado sou. A sensação de frio na barriga, o coração acelerado, arrepio pelo corpo todo, tudo isso. Eu achei que iria parar depois de um tempo que estivéssemos juntos, ou que iria pelo menos me acostumar com isso. Mas a verdade é que sempre será o mesmo turbilhão de sensações quando o vejo, porque o que sinto por eles é para sempre. Sei disso.

Saí dos meus pensamentos quando sendo uma cutuvelada. Marlah.

— Você está com cara de bobo! — ouvi Justin dar risada com a fala da irmã

— Seu irmão me deixa assim! — sorri e o olhei — Você está perfeito! Me apaixonei mais ainda!

— Você é que está maravilhoso! — me olhou de cima a baixo — Realmente maravilhoso! — sorriu

Coloquei minhas mãos em seu rosto, olhei bem para aquele que sou apaixonado e sorri bobo. Selei nossos lábios com um selinho demorado e simples.

— Fofos! — ouvi a voz da minha sogra e nos separamos — Venham tirar fotos, andem!

Posamos para as milhares de fotos que Dalilah quis tirar de nós, tenho certeza que na maioria fiquei com cara de bobo por estar olhando Justin. Quando finalmente entramos no meu quarto, fiquei um tempo parado sem conseguir me concentrar direto.

— É sério Justy, você... — suspirei e passei minha língua nos lábios — Uau amor!

— Para com isso, já estou com vergonha! — deu uma risada sem graça ficando com as bochechas coradas

— Parar de te dizer o quão lindo você é? Nunca! — me inclinei e deixei um beijo estalado em sua bochecha

Liguei o carro e comecei o trajeto até a escola. O caminho até lá foi em um clima leve, nós dois competindo para ver quem tinha os melhores elogios.

Quando chegamos vimos que já estava bastante cheio, o que nos animou.

— Nosso último ano Nate! Já notou isso? Quero dizer, não vamos mais voltar aqui para estudarmos!

— Eu sei, é louco pensar nisso. Passei praticamente a minha vida inteira aqui.

— E eu tive os melhores momentos da minha adolescência graças a essa escola! — sorriu e segurou minha mão

— Faz um tempo que entramos aqui juntos pela primeira vez, como completos desconhecidos que seriam vizinhos e estavam tentando se conhecer!

— E agora estamos entrando pela última vez, como melhores amigos e namorados! Que se amam muito!

— Pode ter certeza que eu te amo demais, nunca duvide disso okay? — beijei sua testa — Agora vamos entrar e curtir nosso baile de formatura! — falei animado

Você, perfeito para mim. (romance gay) Where stories live. Discover now