Capítulo 20

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NATHAN

Eu estava sorrindo como um bobo. No domingo Justin ficou na minha casa até anoitecer, parecia que nada tinha mudado entre a gente, ainda éramos os melhores amigos do mundo. A diferença, é que sempre dávamos um beijo entre uma conversa e outra. Percebi que sempre que as coisas esquentavam ele parava e dava uma desculpa, isso não me incomodava então não falei nada sobre

Meus pais tinham notado que eu estava sorridente mas não falavam nada

— Filho, o carro da sua mãe está na oficina e ela foi trabalhar com o meu. Vou precisar ir com o seu! — meu pai avisou enquanto eu tomava café

— Tudo bem pai, eu pego carona com o Justin! — dei de ombros

— Não quer que eu te leve?

— Precisa não! — sorri

— Então já vou, tchau! Se cuida e não se atrasa! — deu um beijo na minha cabeça

Esperei ele sair e peguei meu celular

Posso ir com você? Ou você já foi?
Nathan

Ainda estou em casa, acabei de sair do banho
Justin

Tomou banho só agora? Meu Deus Justin
Nathan

Eu acordei atrasado! Vou me trocar, depois passo aí
Justin

Subi para meu quarto, passei mais perfume e ajeitei melhor meu cabelo. Dei risada de mim mesmo fazendo essas coisas, antes não me imaginava fazendo isso por garota nenhuma e agora fazia por um garoto, aliás, não era qualquer garoto! Era Justin, meu melhor amigo (e futuramente meu namorado, espero).

Estava mexendo no meu cabelo, tentando deixá-lo comportado, quando tocaram a campainha e desci correndo, acabei tropeçando no fim da escada que resultou em um tombo. Me levantei e abri a porta.

— Que barulho foi aquele? — ergueu uma sobrancelha

Eu sou apaixonado demais ou ele é lindo com cara de sono, e de qualquer outro jeito?

Ele estava usando uma calça jeans que ficava um pouco larga nele e uma blusa de moletom florida, o cabelo estava molhado e bagunçado

— Eu caí! — dei de ombros e ele riu ajeitando a mochila nas costas

— Vamos? — entrei em casa, peguei minha mochila, saí e tranquei a porta — Eu sei que você odeia andar de moto, mas tenta não reclamar beleza?

— Não odeio andar de moto, você que corre demais! — ele revirou os olhos e me entregou o capacete

Se sentou na moto e eu sentei atrás dele, mas ficamos parado

— Você precisa me segurar! — falou virando a cabeça para trás

— Eu já estou segurando aqui! — falei sem entender

— Eu sei, mas quero que você segure assim! — pegou minha mão e colocou em sua cintura — Não solta!

— Mas quando a gente chega na escola as pessoas vão olhar e... — nem deu tempo falar mais nada, ele saiu com a moto

Inconscientemente envolvi meus braços na cintura dele o abraçando com força, ele corria demais. Justin não sabia o significado de "ir mais devagar".

Ele ultrapassou um carro e eu o apertei mais ainda, ouvi quando ele riu e acelerou mais. Fechei os olhos resolvi aproveitar a situação. Era bom estar assim com ele.

Só quando finalmente chegamos na escola que o soltei

— Viu só, você não morreu! E ainda tirou uma casquinha que eu sei! — deu risada tirando o capacete

Você, perfeito para mim. (romance gay) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora