Capítulo 32

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NATHAN

Abri os olhos devagar, sentindo um aperto em minha cintura e em minha mão. Não precisei me esforçar para saber quem estava ali.

O quarto estava escuro, e eu simplesmente não faço ideia de que horas são. Não é como se eu fosse voltar para casa hoje, duvido muito que Justin me deixe ir, e nem quero encontrar com ele.

Mas preciso falar com minha mãe, explicar o que aconteceu e tudo mais.

Tentei me afastar com cuidado de Marlah. Ela nem se mexeu. Já Justin, acordou assim que soltei nossas mãos.

— Nate? — chamou baixinho

— Volta a dormir! — pedi levantando da cama

— Aonde você vai? — perguntou de maneira arrastada

— Preciso falar com minha mãe, mas deixei o celular em casa.

— Usa o meu, tá na mesinha.

Mesmo no escuro, não foi difícil achar. Já conheço o quarto dele perfeitamente.

Senti algo batendo no meu pé, com a luz do celular pude ver minha mochila ali. Estranhei, claro. Acabei clareando mais um pouco com o celular, e acabei achando minha outra mochila e meu celular na mesinha carregando

— Justy, você trouxe minhas coisas?

— Não. — sussurrou

Acabei deixando o celular dele de lado e peguei o meu. Agora são três e pouca da manhã. Havia uma mensagem, da minha mãe.

Durma no Justin. Amanhã conversamos meu amor, mamãe te ama.
Josie

Sorri sozinho e deixei o celular ali, voltei para a cama em seguida. Marlah logo me abraçou novamente murmurando algumas coisas enquanto dormia, Justin abraçou a irmã e juntos nossas mãos novamente.

Acabei dormindo rápido, e só fui acordar com meu celular tocando. Me afastei dos dois sem acordá-los e desliguei o alarme. Andei em silêncio até o banheiro fazendo minha higiene matinal, depois voltei para acordar os dois dorminhocos. Fiz algumas cócegas na barriga de Marlah e logo a pequena acordou, Justin só precisei dar alguns beijinhos no seu rosto junto com Marlah.

Ela foi para o quarto e fiquei sozinho com Justin.

— Você quer conversar? — perguntou alisando meu braço. Agora ele está sentado na cama enquanto eu estou no seu colo sendo abraçado

— Não. Nem sei o que dizer nem o que sentir. Agora é oficial mesmo, não vou mais ter a relação de pai e filho com ele. — suspirei — Posso ficar aqui?

— Claro que pode Nate! — me abraçou mais forte

Enrolamos mais um pouco antes de irmos nos arrumar, aliás, não faço ideia de como uma mochila com roupas minhas apareceu aqui. Assim que descemos para tomar café, encontramos com seus pais. Eles sorriram pra mim, um sorriso reconfortante.

— Bom dia! — falaram juntos

— Bom dia. — dei um meio sorriso me sentando com Justin

— Sua mãe veio aqui ontem! — Dalilah falou passando o leite para mim

Você, perfeito para mim. (romance gay) Where stories live. Discover now