|𝟐𝟒|𝐂𝐚𝐧𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞|𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲

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     O portão se abrindo bruscamente me fez erguer o olhar assustada

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     O portão se abrindo bruscamente me fez erguer o olhar assustada. Todos da guarda entravam com caras de desânimo e revolta, poucos eram os que se mantinham calmo. Heidi se aproximou de mim suspirando enquanto carregava seu manto por cima do ombro.

     Mesmo tendo uma imagem de, usando o vocabulário brasileiro, rapariga, Heidi é uma boa pessoa. Ela teve um passado difícil, e agir de maneira indevida é uma forma de tentar ser otimista nessa vida.

— O que houve dessa vez? — perguntei observando a todos.

— Nada. Literalmente, nada. O outro clã saiu com a razão e não aconteceu nada. — falou bufando e se sentando em cima da minha mesa — Mestre Caius está furioso.

— E os outros? — perguntei olhando para cima, para encarar Heidi.

— Aro foi quem disse para recuar; ele está tranquilo. E Marcus... preciso falar? — ela perguntou sem me encarar.

     Suspirei sentindo que todo o meu trabalho em informar os aliados de Aro fora em vão. Claro, eu não fazia idéia das causas ou do que acontecia, me mandavam fazer algo e eu ia e fazia, esperando que valesse a pena.

     Enquanto eu encarava todos os vampiros que passavam por nós, eu apoiava a cabeça em minha mão, cujo braço estava apoiado na mesa. Em um dado momento Mestre Caius passou por nós, me encarando brevemente antes de sumir em sua velocidade vampírica. Suspirei derrotada.

— Ele parece gostar de você.

     Encarei a morena ao meu lado com a testa franzida. Isso não era nem uma possibilidade para início de conversa.

— Ele me despreza. — falei como se fosse óbvio — Não existe nada dentro daquele coração frio.

     Heidi soltou uma pequena risadinha enquanto me segurava e alisava o topo da minha cabeça, como se eu fosse seu bichinho de pelúcia.

— Pequena Kamile, as coisas funcionam de maneira diferete no sobrenatural. — disse com a voz doce — Quando nos apaixonamos por alguém da sua raça, tentamos odiar a pessoa com todas as nossas forças. No entanto, quanto mais fazemos isso, mais nos apaixonamos.

— Como? Quem é você e o que fez com a Heidi cheia de palavras e expressões sexuais? — perguntei saindo de seu aperto.

— O mestre só quer te proteger dele mesmo. Mas não tem como apagar o fogo que tem dentro dele, cuja gasolina é você. — explicou se levantando — Até mais, Kamile. Demetri me espera.

     A vampira soltou um sorriso malicioso antes de, assim com o Caius, sumir da minha vista. Eu estava novamente sozinha no enorme corredor, e isso me trouxe um pouco de paz. Mas não me fez deixar de pensar nas palavras, puras até demais, de Heidi. Será?

Kamile?

     Dei um pulo da cadeira ao ouvir me chamarem. Olhei para o lado, encarando um Alec sério mas com um sorriso contido.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬 𝐂𝐫𝐞𝐩𝐮𝐬𝐜𝐮𝐥𝐨 |𝓟𝓮𝓭𝓲𝓭𝓸𝓼 𝓕𝓮𝓬𝓱𝓪𝓭𝓸𝓼|Onde histórias criam vida. Descubra agora