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Lua Black
Enquanto o professor falava sem parar sobre a Segunda Guerra Mundial — algo que meu tio Jasper explicava melhor — meu foco estava unicamente no desenho em meu caderno. O desenho era mais uma memória fotográfica de um quadro do meu bisavô. Um quadro dos Volturi, os mais temidos vampiros da história.
Ao longe ouvi passos apressados, me fazendo erguer o olhar para a porta. Ela foi aberta minutos depois, fazendo a secretária entrar na visão de todos. Ela me encarou e simplesmente me chamou.
— Senhorita Black, recolha suas coisas. Seu tio está aqui para levar você e seus irmãos ao dentista.
Levar ao dentista. Essa tem sido a desculpa mais esfarrapada nos últimos 3 anos desde que eu e meus irmãos — vulgo os trigêmeos Black — estudamos. Recolhi minhas coisas e saí apressada da escola, encontrando meus irmãos pelos corredores.
Éramos três, e eu era a mais velha. A começar por mim, Lua Marie C. Black, meu nome era uma referência à noite, pois meus cabelos eram escuros e minha pele, bronzeada, além dos olhos iguais aos do meu pai, um transmorfo, licantropo, lobisomem, ou qualquer termo que queira usar. Meu dom? Colecionadora de dons. Qualquer dom de qualquer outro ser eu posso copiar, o que me torna meio que única na família. Sou 50% vampiro e 50% lobo.
A segunda era minha irmã, Solar "Sol" Marie C. Black. Seu nome era referência do dia, já que ela em si era totalmente clara, desde os cabelos quase loiros, até os olhos cor de mel. Ela lia mentes, igual ao meu avô Edward, e era extremamente doce. Ela é 50% vampira, 25% humana e 25% lobo.
E por último, o mais novo, Josh Anthony C. Black. Ele era o mais único — mais até do que eu mesma. Ele era o único dos três que só tinha a imortalidade como característica do lado vampírico. Em outras palavras, ele é 90% lobo e 10% humano. Ele consegue se transformar em qualquer animal.
— Sabe o que o Tio Emmett quer? — Sol perguntou confusa.
— Eu não fiz nada! — Josh exclamou, erguendo as mãos.
— Melhor descobrir.
Ao chegarmos no carro do tio Emmett, ele só nos mandou entrar, sem falar nada e nem pensando em nada que Sol pudesse ler e achar interessante.
