(Sendo Reescrita Como Outra Fanfic)

Nix

Ah, e meu bem, eu estou lutando contra o fogo

Só para chegar perto de você

Nós podemos queimar alguma coisa, meu bem?

E eu corro por milhas só para conseguir um gosto

Deve ser amor no cérebro

Love on the Brain - Rihanna

...— Você vai ficar bem, Park Haneul…

   Minhas pernas já encontravam forças do além para se movimentarem, porque meu corpo estava exausto. A garota não era pesada, mas meu organismo estava demasiado fraco. Felizmente, chegamos sãos e salvos. Ou melhor, por eu ter chegado são e salvo, pois eu não sabia dizer ao certo o estado da menina, só sabia dizer que prosseguia viva pela sua respiração fraca.

  Não haviam muitas pessoas na rua, estava escuro, as poucas luminárias iluminavam o chão de pedra que cintilava. Mas estava frio, então esse contraste criava uma sensação de estranheza e, é claro, frio. O palácio estava iluminado e pude ver Hoseok e Jin descendo as escadas com desespero em suas faces. Mas outro olhar estalado de preocupação descia as escadas. O irmão da menina em meus braços vinha atrás dos outros dois ômegas, em passos irregulares e aflitos.

   

— Haneul! — Todo seu medo pareceu sair em um grito e suas pernas não acompanhavam o ritmo no qual o garoto queria descer as escadas.

  Cansado e aliviado, me permiti ajoelhar no chão com a garota ainda em meu colo. Meu ômega foi o que chegou mais perto primeiro, de repente paralisando e ficando até mais pálido. Foi quando eu olhei para o rosto dela que estava em meu colo e vi algo que não tinha percebido na escuridão da floresta. Então eu percebi o quanto eu tinha falhado na minha missão de resgatá-la. A condição de seu corpo seria o suficiente para eu questionar-me se eu era merecedor do meu trabalho, mas não era hora.

  Voltei a olhar o Jung, já esperando ver ele desmaiando ou algo tipo, mas, para a minha surpresa, ele se inclinou em nossa direção e pôs as duas mãos sobre os olhos da menina.

— JIN! A BANDAGEM! RÁPIDO! — Hoseok gritou com sua voz tão instável que me fez perceber o quanto ele estava tremendo e suando. Ele havia reunido coragem e forças para tomar uma atitude. Tudo para que Jimin não visse a mesma cena que ele viu.

  Foi tudo muito rápido. Quando deu tempo de Jimin se aproximar, já haviam enfaixado em volta da cabeça da menina, na altura dos olhos.

— Ha-Haneul… — O irmão caiu no chão após suas pernas fraquejarem. Estava perplexo. — Não… 

— Jimin… — Todos nós nos chocamos ao ouvir a voz fraca dela, enquanto lentamente se esforçava para levantar a mão, procurando pelo dono do nome que ela chamou tão suplicante.

— Haneul! Haneul, me desculpa! — Ele chegou mais perto e fiz o máximo para passá-la com cuidado à seus braços.

— Pe...pelo que, Jimin?

— Foi minha culpa! Minha culpa! — Seus olhos se fecharam com força e raiva. As lágrimas escorriam tão rapidamente que é como se suas emoções estivessem simplesmente transbordando. — Eu devia ter ficado ao seu lado!

— Não… Não fale assim… — A mão da Park encontrou o rosto do outro, em uma estranha tentativa de conforto. — Foi minha culpa, Jimin. Não su- — Ela pôs a mão na barriga, em sinal de uma grande dor que interrompeu sua fala. — Sabe… — Continuou. — A mamãe me pediu para te proteger.