Memorare

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É uma vida bonita

Eu estarei sempre te protegendo

É uma vida bonita

Então se apoie em mim

Bonito amor

Suas lágrimas, seu sorriso

Então nós podemos estar juntos

Crush - Beautiful

Abri os olhos após sentir uma claridade muito forte em meu rosto, era incômodo mas nada que fosse insuportável. Olhei para o lado, me deparando com uma cena que nunca conseguiria parar de apreciar: O meu ômega sorria enquanto mexia em uma caixa, todo confortável e cercado de travesseiros.

— Que horas... são? — Me espreguicei e não consegui segurar um bocejo no meio da frase. Sim, eu durmo bastante, admito.

— Ah! Você acordou! — Ele parecia feliz. — Deve ser meio-dia... — Em segundos voltou a atenção à caixa. Ah, eu conheço bem essa caixinha, conheço muito bem.

— Meio-dia?! — Levantei rápido. Parabéns, Yoongi, dormindo até tarde novamente. Chefinho vai virar um dragão. — Por que não me acordou?!

— Hum? — Perguntou sem tirar os olhos daquelas bugigangas que estava mexendo. — Ah... — Finalmente deu atenção à mim. Eu já estava quase tirando aquilo de suas mãos. — Você não estava dormindo direito esses dias, por causa do trabalho e ontem a noite você parecia tão cansado que não tive coragem de te acordar... — Fez um bico enquanto falava que não consegui ficar bravo.

— Obrigado... — Suspirei, fazer o que? É verdade que eu ando muito cansado, ainda mais depois do ocorrido com os Park. — O que está fazendo? — Eu já estava atrasado, enrolar um pouco mais para tirar minha curiosidade não seria nada.

— Mexendo na nossa Caixinha de Lembranças. — Sorriu bobo. — Um pedaço da galhada do cervo que peguei no dia que você me ensinou a caçar. — Mostrou o pequeno pedaço do chifre.

— Você ficou tão confiante de si depois daquilo — Ri, lembrando do tamanho de seu sorriso cheio do sangue do cervo. Foi um cervo adulto e bem grande. Fiquei surpreso e super orgulhoso quando vi ele derrubando aquele grande animal.

— A pedra que você usou para desmaiar um cara que me ameaçou só por que esbarrei nele sem querer. — Ele ria, mas olhando desse jeito parece ter sido coisa de psicopata. É, eu extrapolo o limite as vezes.

— Arranjei problemas, depois... — Esbocei uma careta. — Mas por que diabos você guarda essa pedra?!

— Ah... Eu vejo como uma boa lembrança... — Brincou com a pedra em mãos. — A primeira vez de muitas que você se meteu em encrenca para me proteger...

— Hoseok! Nunca vou te entender. — Debochei, dando tapinhas em suas costas. — Mas pra oito anos... Eu jurava que ia ser uma caixa bem maior!

— Essa é só a do nosso primeiro ano! — Olhou para cima, sem vergonha.

— Tá. — Segurei suas mãos. — Mas de tooodas as lembranças... — Devia ter falado o 'O' de "todas" mais uns dez segundos para representar a quantidade de memórias que temos. — Qual é a sua preferida?

— Hum... — Exagerou na expressão pensativa. — Eu não consigo escolher entre duas.

— Quais?

— Uma que não tinha como guardar na caixa, já que estou sempre carregando comigo... — Puxou a gola de seu pijama, mostrando a marca que fiz entre seu ombro e seu pescoço. A qual representa que ele é meu e de mais ninguém, além de lembrar da noite que ele passou a me pertencer. Foi uma coisa que fiz sem pensar, mas nunca me arrependi em nenhum momento. — E a outra... — Começou a procurar pela caixa repleta de pequenas coisinhas representando grandes lembranças. Então pegou uma velha caixa de jóias ainda muito bonita. — Lembra daquela noite? — Mostrou o meu antigo anel que representava, com seu brasão, a famosa família Min, braço direito do Rei.

(Sendo Reescrita Como Outra Fanfic)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora