Capítulo 37

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Ian encarava Lauren, olhando como se ele pudesse atacá-la ali mesmo.

― Você me traiu. - Ele disse com um grunhido.

Lauren não se acovardou.

― Eu tomei as medidas necessárias para garantir que você não forçasse a Camila a tomar uma decisão imprudente. Esse não é o século XVIII, Ian. Manipulando mulheres para a cama não está mais na moda.

― Se você quer seus garotos de volta, Ian. - Eu continuei. ― Então você concorda em me deixar - e meu pessoal - em paz. Eu não matei nenhum dos seus homens, e vou devolvê-los todos a você ilesos. Mas primeiro eu preciso da sua palavra que você não vai me incomodar de novo. O que vai ser? Seus homens, ou sua ereção?

Os olhos de Ian deslizaram ao redor, percebendo que muitos rostos estavam esperando por sua decisão. Então eles pararam em Lauren, dando-lhe outro brilho verdadeiramente indignado, e, finalmente, fixou em mim.

― Muito bem, Ceifadora. - Disse ele novamente, mas desta vez com uma ponta de amargura. ― Parece mais uma vez, que eu subestimei você... e sua engenhosidade. - Ele fulminou Lauren com mais um olhar vermelho furioso, e, em seguida, moveu sua mão. ― Temos um acordo. Você é livre para ir.

Lauren sorriu, pegando meu braço, mas finquei o pé no chão.

― Não tão rápido. - Eu disse, respirando fundo. ― Há mais um problema a ser resolvido primeiro.

― Gatinha, o que você está fazendo? - Lauren perguntou baixinho.

Eu não olhei para ela, mas, ao invés, me concentrei em Ian. Se eu tivesse dito a Lauren antecipadamente o que eu planejei, ela teria discutido. Diria que era muito perigoso, talvez até recusasse me pegar na frente de Ian. Mas ela não entendia que eu não poderia chegar tão longe e não fazer o que eu estava prestes a fazer.

― Eu sei que vampiros têm o direito de desafiar seus criadores para um duelo. Bem, Ian, eu desafio o meu pai, Nico. Se você está aqui, então ele está aqui em algum lugar. Apresente-o. Estou reivindicando meu direito de vampira para desafiá-lo.

Lauren resmungou algo que soou como "Maldição, Camz" e para minha surpresa, Ian começou a rir. Energicamente. Como eu tivesse simplesmente dito a piada mais engraçada do mundo. Ele realmente tinha lágrimas rosa aparecendo nos cantos dos seus olhos, e enxugou-as enquanto ainda ria.

― Que porra é tão engraçado? - Eu exigi.

― Todos vocês ouviram isso? - Ian perguntou, controlando seu júbilo o suficiente para girar em um círculo e discursar para nossa plateia. Ao meu lado, o rosto de Lauren enrijeceu.

― Você deveria ter falado comigo sobre isso, Camila. - Ela cerrou os dentes.

― Você teria me dito para esperar. - Eu sibilei de volta, o que só fez Ian rir mais.

― Oh, sem dúvida, ela teria, Karla. Você vê, você acabou de reconhecer que você se considera uma vampira. Você sabe o que isso significa, Jauregui, conforme sabem todos os outros aqui. Como uma vampira, Karla, você é como consequência minha, e eu te agradecerei, Michelle, por ficar longe de um do meu povo.

― Mas eu desafiei o Nico. -Eu disse furiosamente. ― Então ele tem que aceitar. E se eu o matar, eu sou uma maldita vampira que pertence a si mesmo, e ninguém tem direitos sobre mim!

Ian riu mais enquanto Lauren me dava um olhar que dizia que ela estava tentada a me estrangular.

― Oh, boneca, você entendeu algumas coisas erradas. Você poderia desafiar o Nico por sua liberdade - Se ele fosse o líder de sua própria linha. Mas ele não é. Ele ainda está sob a minha regra, e você, como um excelente-membro-novinho-em-folha da minha linha não pode me desafiar por um ano. Essa lei foi posta em prática para evitar que os novos vampiros imprudentes de assumir mais do que eles pudessem lidar no primeiro ano deles. - Ian explicou de bom grado. ― Assim como isso terminou, ao menos, eu não precisei raptar seus homens, porque você simplesmente se entregou em minhas mãos. E eu receio que você tem mais 365 dias antes que você possa lançar esse mesmo desafio a mim. Eu fico me perguntando o que nós faremos para preencher o tempo.

Night Huntress Vol #2Where stories live. Discover now