Sentado com os rapazes no bowling, observava a Mafalda. Tentava equilibrar-se, antes de fazer balanço para deixar ir a bola.
Assim que a deixou rolar, não deixei de rir com o pequeno salto que deu.
- Mano... Estás fodido.
O Ferro sentou-se ao meu lado, também a tomar atenção à competição das raparigas. Elas deram-se bastante bem e desafiaram-se. Bruna era quem estava à frente, seguida de Inês, uma amiga dos rapazes.
A minha Mafalda estava em terceiro lugar. Era a primeira vez que estava a jogar, pelo que nos disse quando escolhemos o lugar.
- Estou mesmo. Ela está tão mais solta comigo e no geral, é tão bom. - Admiti.
- Também estás mais calmo.
- Verdade. A miúda é contra essas cenas, quando nos contemos vi o olhar assustado com que ficou durante toda a situação. E o quanto a minha relação num jantar a irritou. Tenho que ter mesmo cuidado...
- Sim... Mas ela também tem de compreender que não sabes lidar com certas coisas da forma mais positiva.
- Eu sei. Também não faço questão de misturar namorada com família.
Quando me apercebi das minhas próprias palavras, o Ferro apenas balançou a cabeça. Os meus pensamentos eram um pouco óbvios já e também não os tentava esconder.
Começamos também um jogo de bowling, para nos distrairmos também. Por acaso era um dos jogos que mais gostava.
Pequenos pormenores do jantar estavam na minha cabeça, como os jarros de sangria, litros de imperial e os episódios que se contaram dos rapazes e também das raparigas. Receava que a Mafalda não se sentisse bem, porém, deixou-se levar e até bebeu sangria.
Daí estar toda animada. Os risos e os sorrisos dela iluminavam aquele salão de jogos. A mim, principalmente a mim. Daniela até comentou e afirmou nunca a ter visto tão bem.
Isso fazia-me sentir que estava a ter um impacto positivo na vida dela. Só queria que ela me continuasse a querer a longo prazo.
- Rúben!!
Olhei para o lado, deparando-me com os olhos abertos e o sorriso rasgado da Mafalda.
- Ganhei! Passei todas à frente e derrubei os pinos todos em quatro jogadas seguidas! - Deu-me um abraço, mostrando a sua animação. - E aquela sangria... Horrível.
Afastou-nos um pouco, de modo a que conseguíssemos falar a olhar um para o outro, embora os seus braços ainda me prendessem a ela. Ao reparar nisso, o seu rosto corou. Levei a mão á sua pele macia e ela sorriu.
Continuou a falar-me de como a sangria lhe estava a deixar bastante faladora e energética e como não estava habituada.
Na verdade, só pensava em beijar os lábios tão avermelhados e tentadores dela.
- Ouviste-me?!
- Sim, sim! - Menti, embora ela tenha percebido que tinha viajado. - Só quero agarrar em ti e beijar-te. - Sussurrei, perto da boca dela para ninguém ouvir.
- Estás maluco? Aqui dentro? - Assenti. - Com os teus amigos todos à volta?
Voltei a assentir.
- E pessoas desconhecidas?
Afirmei novamente, ainda mais perto.
- Olha, então beija.
Balançou os ombros, baixando o olhar para os meus lábios e depois para os meus olhos. Tinha ficado confuso. Afinal... Era para beija-la? Com todos a olhar para nós?
E ela não se estava a importar. Encarei-a com a sobrancelha arqueada, confuso.
Em resposta, a morena levou a mão à minha nuca, ergueu-se na ponta dos pés e encostou os seus lábios nos meus.
Depois, afastou-se.
Fiquei estático, a olhar para ela, enquanto ouvi uns comentários e a sua risada.
Estava oficialmente apaixonado.
maffteixeira
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Levaram a criança à noite e ainda lhe deram uns copitos de sangria 😅 📍 Lisboa ♥️ 3327 💬 Desativados
