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Mafalda

Entre beijos e apertos, Rúben conduziu-me até ao sofá da minha sala de estar, onde me deitou delicadamente sob o mesmo.

Os nossos lábios entrelaçavam lentamente, assim como as minhas mãos no cabelo curto do moreno e as suas mãos exploravam minha pele da barriga, até ás ancas e ao cos das calças. Era o mais atrevido que já tinha feito.

Não pelo facto de me estar a tocar, mas por ser pessoa que é. Pelo cuidado do toque, do aperto gentil, mas caloroso. O moreno desfrutava cada minuto, tal como eu. Conhecia cada pormenor, apenas ao toque. Desceu os lábios pelo queixo e então pelo meu pescoço.

A minha pele estava arrepiada, podia sentir. Os seus lábios chuparam, de repente, a minha pele e eu soltei um guincho assustado.

A gargalhada quente do rapaz perto da minha orelha, fez-me estremecer.

- Mafalfinha, o que me fazes...

Sussurrou, partindo lentamente o toque da sua barriga pousada na minha. Ajeitei a camisola, o moreno reparou nesse pormenor. Estava a ficar ligeiramente corado.

Já eu, assemelhava-se a um tomate. As minhas emoções estavam descontroladas.

O jogador pousou a mão no meu rosto, descendo um dedo entrelaçado ao meu cabelo, enquanto passeou o olhar no meu corpo magro e deitado no sofá. Os seus lábios entreabriram e a vontade de o beijar aumentou.

- Sabes que estou a ganhar sentimentos por ti Mafalda e estou a sentir que tu também. - As palavras correram dos seus lábios.

Acho que ele pensou alto, devido à expressão confusa e envergonhada.

- Sim, eu também estou a gostar de ti. Disto que estamos a criar. És fácil de lidar, embora o teu temperamento explosivo. - Admiti, também surpreendida comigo mesma.

- Então, estamos num bom caminho? - Afirmei, sentindo-me a queimar. - É que sabes que mais dia, menos dia...Vão comentar.

- Não faz mal Rúben, desde que saiba sempre o que sentes em relação a mim.

- Acredita, esconder-te não consta nos meus planos. - Esbocei um sorriso. Sentia-me bem ao ouvir as suas palavras.

O rapaz roubou-me um beijo.

Pouco depois, o seu telemóvel começou a tocar dentro do bolso. Leu o nome da sua mãe, o que lhe fez desligar a chamada. Deixou o telemóvel na mesa e olhou para mim.

Começou a falar em preparar um mimo, visto que não tínhamos jantado em condições, nem a sobremesa tínhamos pedido.

Desculpou-se por ter feito asneira.

- Sempre podes compensar-me! Vou tomar um banho, tens tempo para fazer algo.

Posto isto, beijei o rosto do moreno e sai da sala de estar para a casa de banho. Levei tudo o que precisava e tranquei a porta. Não podia ser só primeiras vezes num só dia.

Não estava habituada a ter um homem em casa e muito menos enquanto tomo banho. Mesmo, confiando no Rúben.

Ao fim de longos minutos, já vestida e calçada, caminhei para a cozinha.

Cheirava a Nutella quente.

- Mas o que... Espera! Tapa já os olhos! Mas tu agora viraste ninja? Nem dei conta. - Correu na minha direção, cobrindo os meus olhos com as duas mãos desleixadas.

Comecei a rir-me do seu nervosismo, apesar de já ter visto parte do que havia feito.

- Ó bebé, não era suposto...

Arqueei a sobrancelha, totalmente corada.

- Ok desculpa. Demasiado cedo. - Sorriu. - Vou deixar queimar, portanto... Aqui está. A nossa sobremesa!

Soltei uma risada leve, acabando a sorrir para a mesa com Nutella e morangos.

Os crepes estavam a sair da frigideira.

instastorie

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