Capítulo 05- Antisocial

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Eu assenti e abaixei minha cabeça envergonhada, me lembrei de quando era pequena e levava sermão da minha mãe por não tomar os remédios corretamente.

Por fim, ela me entregou o que disse, nos despedimos e segui até a secretaria com pressa. Quanto mais rápido corresse e entregasse o papel, mais rápido chegaria em casa e poderia deitar em minha cama e vegetar.

O mais angustiante, de tudo, é a imagem daquela alfa(que nem mesmo sei o nome), rondando constantemente em minha mente. Era como se sua mente estivesse pregando peças nela, querendo lhe dizer algo, era como se os traços, a forma de agir e falar daquela alfa lhe fosse familiar. Mas ela não tem lembrança de nada parecido a ela, tornando tudo mais confuso ainda.

Se tivesse a conhecido de algum lugar, com certeza lembraria de seu rosto, pois, ele possui traços marcantes, juntamente ao seu cheiro, que não se compara a nenhum outro alfa.

Chegando na secretaria, entreguei a autorização a ômega simpática e fui para meu dormitório, suspirando aliviada assim que meus músculos relaxaram. Esse era o terceiro dia e ela já se encontrava nessa situação. A falta da minha mãe e seus métodos de me fazer melhorar, já estava fazendo falta.

Ela sempre tinha um remédio para tudo e todos funcionavam, em menos de uma hora as dores já passavam e meu corpo estava firme e forte. Sem falar dos mimos que ela me fazia quando estava doente. Argh! Que saudades! Mas isso era necessário, eu precisava sentir controle da minha vida e me virar sozinha, afinal não iria depender deles para sempre.

Em suma, adormeci. A tarde se passou e só acordei quando ouvi barulhos na porta e uma figura alta e de cabelos pretos, entrar pela porta.

— Laur, ai está você. Ficamos preocupados, você não estava nos esperando na saída.- Normani disse parecendo alivia, enquanto caminhava até sua cama, sentando-a e tirando seus saltos.

Nem me dei o trabalho se me levantar, meu corpo ainda doía um pouco e meus sentidos estavam bem ruins.

— Desculpa não ter avisado, mas quando vocês saíram aconteceu muita coisa.- Assim que acabei de falar. Normani veio parar em um pulo em minha cama, me fazendo rir da sua curiosidade.

— O quê? Me conta, tem a ver com aquela Alfa gostosa?- Tirei o sorriso do rosto e fechei a minha cara, a maneria que ela relacionou aquela alfa dessa maneira me fez sentir muitas sensações estranhas em meu corpo e nenhuma delas eram boas.— Opa, acho que alguém aqui já gamou!!- Bufei e puxei o coberto para cobrir meu rosto, que devia está tomando uma coloração envermelhada nesse momento.

Eu odeio, simplesmente odeio, corar por tudo. Eu não, mas eu me sinto muito sensível a tudo. Poucas vezes eu sinto raiva, poucas vezes sinto ódio, sou muito calma, calma até demais. Sentimentos como tristeza, melancolia, alegria, comoção, aflição. Enfim, são sentimentos que me faz mais submissa a um alfa do que uma ômega normal.

Já tentei perguntar ao meu pai do porque disso e ela apenas me respondeu que sou especial, por isso sou mais sensível e várias outras coisas que achei muito sentido e sem coerência.

— Ah! Vamos lá. Me conta o que houve, Lo. Prometo não te sacanear, só te ouvir.- Diz dócil e serena. Normani é uma das amizades mais antigas que tenho, sempre fomos confidentes uma da outra, conversamos sobre tudo, até mesmo sobre coisas tão banais até as mais sérias e ela sempre tinha uma resposta e uma alternativa que me ajudasse. Ela é a ômega mais forte e empoderada que já vi, eu tenho muito orgulho dela.

Por fim, respirei fundo e tiro o lençol do meu rosto, me dando por vencida.

— Passei mal quando vocês saíram.- Ela arregalou os olhos e me olhou assutada, então tratei de me explicar, senão ela iria surtar.— Não surta! Sabe aquela alfa que estava que sempre, que você achou...gostosa.- Falei a última palavra um pouco contra gosto.

A Love Attached To Blood (REVISÃO)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant