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–  Luke
 

    A manta de algodão cobria os nossos corpos quentes e sossegados. O meu ante-braço estava pousado sobre a fina cintura de Nina e a sua mão descansava sobre o mesmo, massajando-o aleatoriamente. Respirávamos lentamente, – os nossos peitos subiam e desciam num ritmo não muito acelerado. Eu lutava contra a necessidade de a puxar contra mim e atirar o cobertor que nos protegia do frio para o outro lado, mas continha-me, não prestando muita atenção ao filme que estávamos a ver. Nina remexeu-se um pouco, o que me causou a sentir as suas ancas sobre a minha parte frontal. Fechei os olhos, achando o que estava a decorrer confortável, e deixei a minha mente viajar para outro mundo.

    "Luke..." – ouvi o meu nome a ser chamado pela doce voz de Nina – "Estás a prestar alguma atenção ao filme?" – não respondi, mordendo o lábio para conter um sorriso.

    "Não consigo prestar atenção a nada quando estás junta a mim nesta proximidade" – suspirei em contentamento, apertando um pouco o seu corpo pequeno.

    "Queres que me sente no chão?" – levantou uma sobrancelha. Abanei a cabeça.

    "As nossas noites de filmes acabam sempre em amassos" – disse, rindo-me levemente – "Porque não saltamos logo para essa parte?" – brinquei com o meu piercing labial, inclinando um pouco a cabeça para poder fitar o esbelto rosto da rapariga por quem me continuava a apaixonar vezes e vezes sem conta.

    "Será que o mereces?" – fez uma cara pensativa. Assenti com a cabeça e colei os meus lábios à sua bochecha, beijando-a inúmeras vezes.

    "Sabes que as tuas carícias me convencem sempre, isto é chantagem" – Nina soltou pequenas gargalhadas e vi-me encontrado numa situação à qual era impossível escapar. Deus... Aquele som melodioso que lhe caía dos lábios trazia-me tanta felicidade.

    Limitei-me a espalhar beijos longos e ternurentos pelo seu pescoço, subindo até à linha do seu maxilar. Humedeci os lábios num rápido movimento e apoiei-me nos meus cotovelos de modo a ficar com uma bela visão da face de Nina. Rocei os nossos narizes num gesto delicado e esperei que ela eliminasse a distância entre nós.

    "Assim é difícil" – murmurou ela com um ar admirado e um sorriso rasgado na cara.

    Tentei provocá-la, passando a língua pelos meus dentes. Fitei-a intensamente, à espera de sinais que evidenciassem a sua aprovação. As pontas dos meus dedos viajaram até à sua perna, subindo depois para a coxa. Desenhei pequenas figuras imaginárias e padrões na mesma, não quebrando o contacto visual, até que tudo se tornou demais para Nina. Ela agarrou-me pelo colarinho da t-shirt e puxou-me contra si, – mais do que já estávamos, – unindo os nossos lábios.

    Um som de contentamento escapou-me da garganta e agarrei-a mais firmemente, com medo que fugisse. Uma das minhas mãos continuava na sua coxa, e tentei manter-me numa zona segura, mas assim que as nossas línguas se tocaram, não hesitei em afastar um pouco as suas pernas e dar um leve toque nas suas virilhas, que a fez estremecer.

    Nina colocou o cobertor que nos protegia sobre as nossas cabeças, de modo a que ficássemos completamente abstraídos de tudo o que nos rodeava. Não pude evitar sorrir entre o nosso beijo. Passei o meu polegar pela sua bochecha, sentindo a suavidade da mesma, e encostei-nos numa proximidade grande.

    Nina tinha tanta compaixão. Cada toque dela significava algo, trazia-me segurança. Sempre que ela me puxava levemente os fios de cabelos loiros que me pertenciam, via-me perdido no momento. Oh... E a maneira de como os seus lábios encaixavam perfeitamente nos meus. Estávamos consumidos pela paixão, pelo amor que existia entre nós.

    "Estou arrepiada" – murmurou ela contra os meus lábios. Esbocei um curto sorriso e passei o meu indicador pelo seu braço descoberto, enquanto a minha outra mão continuava perto das suas virilhas. Encarei os seus olhos por breves segundos, de lábios entreabertos e coração indefeso, sentindo a vulnerabilidade que me era transmitida.

    "Sim" – ela deu-me a permissão de que necessitava, e, a partir desse momento, podia tocar no seu frágil corpo, alma. Podia senti-la.

    As pontas dos meus dedos foram para o meio das suas virilhas. Senti os seus calções curtos de tecido fino e voltei a colar os meus lábios à pálida pele de Nina.

    "Cheiras tão bem" – murmurei, inalando a sua fragrância tão adorada por mim.

    "Luke..." – foi tudo o que ela me conseguiu responder. Estava vulnerável, e eu era a causa disso.

    Decidi puxar a sua camisola de alças para cima, deparando-me depois com o facto de Nina não estar a usar nada debaixo da mesma. Olhei-a com um sorriso provocador e recebi uma pequena palmada no ombro. Não podia ver a cor das suas bochechas, mas sabia que estavam rosadas, como a cor das pétalas de uma rosa.

    "Vais fazer algo?" – ela perguntou. Levantei uma sobrancelha, não lhe respondendo. Debrucei-me mais uma vez, colocando-me entre as suas pernas. Criei alguma fricção e voltei a atacar o seu pescoço com beijos e pequenas mordidas de amor.

    Senti as delicadas e pequenas mãos de Nina nos meus cabelos e soltei um grunhido de satisfação. Os meus lábios desceram perigosamente para o seu peito. Uma das minhas mãos cobriu o seu seio enquanto o meu polegar passava por um dos seus mamilos.

    "Oh... Wow" – a rapariga por baixo de mim deixou escapar pequenos sons de aprovação, que me deram um incentivo.

    Continuei a fazer com que Nina sentisse dezenas de sensações prazerosas a passar pelo seu corpo. Fechava os olhos devido à sua doce voz.

    "Não fazes ideia de como me deixas" – disse assim que cheguei perto da linha do seu maxilar. Os meus lábios, – quase que por instinto, – se entreabriram quando Nina movimentou as suas ancas contra a minha parte frontal.  Soltei um suspiro trémulo e a manta que nos cobria foi retirada por mim, para que respirássemos melhor.

    "Eu amo-te tanto" – proferi, desesperadamente. Foi como se estes sentimentos que eu tinha pela adolescente perante mim me fizessem sentir fraco. Mas eu tinha que admitir, – eu era fraco, por ela. Vulnerável, rendido a ela.

    Nina era tudo para mim.

Treehouse ➤ Luke Hemmings [Completed]Where stories live. Discover now