Augusto

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Ao ouvir a voz de Anahí questionando o que fazia ali, Madu sentiu seu coração desacelerar e então respirou aliviada. Depois que Fátima lhe questionou sobre o desaparecimento de Anahí, Madu custou a ficar tranquila. Apenas dormiu porque estava exaurida e o corpo não apresentava mais sinais de resistência, mas assim que sentiu-se mais descansada, Madu acordou elétrica e aflita. Pediu a Deus e sua santinha de devoção pessoal, Princesinha Berta, para que o pior não tivesse acontecido com sua querida Anahí.


 
A professora não tinha telefone em casa, só podia ter notícias dela se fosse até a ilha pessoalmente. Nessas horas Madu xingava os feitos científicos. O homem já tinha chegado a pisar na lua e era incapaz de criar um telefone que qualquer pessoa pudesse levar consigo para onde bem entendesse. Se existisse uma invenção daquelas com certeza seu autor estaria rico, pois seria algo de grande valia a todos, pensava a princesa. Felizmente seu pânico era à toa. Ao ficar de frente a professora percebeu que ela parecia estar inteira, apesar da aparência cansada.
 


- Meu amor, que bom que você está bem... – Madu se aproximou para abraçá-la, Anahí, em um gesto áspero e preocupado, deu um passo para trás deixando a Rainha sem entender. – Anahí? Tudo bem?
 


Em resposta, Anahí segurou em seus ombros, após verificar que não eram espiadas por ninguém e guiou Madu até o carro. Certificando mais uma vez se não estavam sendo observadas, entrou com ela no carro e deu ordens para seguirem até a orla da praia.
 


- Anahí, o que está acontecendo?
 
- Lá podemos conversar mais à vontade! Por favor, Madu...

 

Ainda sem entender, Madu guiou o carro até a avenida da orla da praia. A pedido de Anahí, parou o carro no alto de uma colina que dava uma bela vista panorâmica da praia e do oceano azul que brilhava refletindo os primeiros raios solares.

 


- Nossa, por que não viemos aqui antes? – Madu questionou admirada. – Aqui é um lugar tão lindo para namorar e... – Madu parou de falar. Anahí parecia não compartilhar do mesmo entusiasmo que o seu. Algo não estava indo bem. – O que houve, Anahí?
 


A professora fitou Madu. Ás vezes acreditava que Maria Eduarda ainda não se dava conta do que acontecia a sua volta.
 

- Anahí, o que você veio fazer aqui? Porque quando cheguei em casa estava prestes a bater na minha porta?

 

Foi a vez de Maria Eduarda prender seus olhos em Anahí. Será que não estava claro o que ela tinha ido fazer em sua porta?
 

- Ontem teve toda aquela confusão da festa, você sumiu, eu fiquei preocupada e... – Madu se cortou ao perceber um riso debochado e um olhar irônico e ferido, vindo da professora, em sua direção. – Perdão? Falei algo engraçado?

 

- Preocupada comigo? – Anahí soltou sem esconder seu aborrecimento. - Corta essa, Madu...
 

- Corta essa? – Madu não entendia. – Por que você está tão agressiva comigo?
 

- E por que você está se importando com isso? Ontem parecia que você não estava preocupada comigo... Agora hoje aparece assim e quase bate na porta da minha casa... E se minha mãe atendesse?
 

Os MonarcasWhere stories live. Discover now