Desfecho

1.9K 113 284
                                    

O jovem de olhos azuis queria recordar-se que estavam nos dormitórios da faculdade e que ainda que houvesse uma festa a decorrer nas proximidades, havia a possibilidade de que alguém os escutasse. Porém, a cada beijo, mordida e cada vez que aquela boca maravilhosa chupava a sua pele, perdia-se em mais algum gemido que soava cada vez mais alto.

A cama rangia como se avisasse que não ia suportar aquele ritmo febril das investidas sobre o estudante que tentava recuperar o fôlego, mas a mão que agora havia sobre o seu pescoço, deixava-o quase na ponta do precipício que o faria mergulhar na inconsciência.

Já não tinha força para arranhar ou sequer segurar no corpo que se movia contra o dele. Esse que estava castigado pelas unhas que se cravaram diversas vezes na sua pele, marcando as costas do moreno que mordia o lábio inferior para conter parte dos gemidos.

As mãos daquele que se encontrava por baixo estavam caídas ao lado da sua cabeça. Era incapaz de fechar a boca pelos gemidos que escapavam, apenas mantinha alguma forças nas pernas que prendiam o outro contra ele, ainda que aquele que investia contra ele também o segurasse por uma das coxas. As mesmas que tinham várias marcas das mãos que tinham golpeado. Atirou mais uma vez a cabeça para trás ao sentir que o outro chegava cada vez mais fundo dentro dele.

– Lu... Lucas... Ngh, não pos... ah!

– O meu nome. Quero ouvir o meu nome ecoar neste lugar!

– Ah!

– O meu nome, Farlan! – Repetiu, investindo com mais força e o rapaz de olhos azuis gritou o nome dele. – Isso mesmo, quero que saibam... ah! – Retirou a mão do pescoço do outro e passou para o membro dele, masturbando-o em sincronização com as investidas e não foi preciso muito mais para que o outro, chegasse ao seu limite, seguindo imediatamente do moreno de olhos acinzentados que teve que se apoiar nos braços por alguns momentos enquanto recuperava o fôlego.

Em seguida, acariciou o rosto do rapaz de olhos azuis que ainda se focava na realidade.

Trocaram um beijo.

– Eu amo-te... – Murmurou.

O rapaz de olhos azuis corou bastante, antes de repetir as mesmas palavras, fazendo o outro sorrir e em seguida, ambos murmuram em uníssono:

– Banho.

Farlan sabia o que tinha motivado aquela visita inesperada do namorado. Não se podia culpar pela popularidade e mesmo que soubesse que Lucas também atraía bastante as atenções, sentia ciúmes com menos frequência do que ele. Esse que sorriu com tanta amabilidade na frente dos amigos que lhe apresentou, pouco depois de estes terem desaparecido, classificou todas a ala feminina como potenciais putas que estavam melosas demais para cima do namorado.

De pouco ou nada serviram as explicações do jovem de olhos azuis àquele que praticamente o perseguiu durante quase dois anos antes que Farlan cedesse perante a insistência. Fosse os beijos roubados, as declarações, as carícias e quando se assustava ao encontrar o moreno em locais em que não esperava. O que de certa forma, podia soar como algo de stalker, mas só teria sido um problema se parte dele também não esperasse e gostasse daquele ar de anjinho que logo que se transformava em algo que o fazia gritar a plenos pulmões como tinha acontecido momentos antes.

Mantiveram uma relação pouco convencional logo no início por ser aberta, ou seja, Farlan insistiu para que o suposto sentimento que os unia fosse posto à prova.

No fundo, quis confirmar que não havia mesmo mais ninguém por quem sentisse algo semelhante. Lucas encolheu os ombros e acabou por aceitar aquela condição, visto que apenas queria poder dizer que existia uma relação entre eles, mesmo que não fosse a mais convencional.

Destinos EntrelaçadosWhere stories live. Discover now