Capítulo 32 - Tentativas.

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— Luninha, não fique assim. Se aquele babaca não consegue ver a mulher incrível que você é e não consegue te perdoar ele não te merece, se ele te amasse mesmo te entenderia. Um dia vai aparecer um cara legal que mereça você, só não chora mais pelo amor da lua. — Disse Pablo meio nervoso. — Nós conhecemos a vida inteira e eu nunca vi você chorar, estou começando a me assustar.

— Com certeza você deve achar que você é esse cara legal que merece ela. — Debochou Abi.

Luna estranhou um pouco aquela atitude da loira e franziu o cenho, ela geralmente era sempre tão doce e amável. Soltando um suspiro, ela negou com a cabeça e se afastou um pouco de ambos, precisava de espaço para respirar.

— Primeiro de tudo, ele não acha que seja ele o cara pra mim. Principalmente porque ele está apaixonado, ainda não sei por quem, mas vou descobrir. — Luna soltou um longo suspiro. — E segundo não quero outro cara, se Sebastian não me perdoar e me odiar o resto da vida eu prefiro ficar sozinha do que correr o risco disso acontecer de novo. Essa merda realmente dói, agora entendo um pouco do porque meu pai ficou daquela forma.

— Luna, desculpa. Mas teu pai é um lunático, então não é uma boa comparação e Sebastian está vivo. — Disse Pablo.

— É verdade, mas a comparação é em relação a um pouco da dor sabe? Sinto como se alguém tivesse arrancado meu coração e esmagado ele. — Sussurrou Luna.

— Vendo você dessa forma eu fico com mais vontade ainda de socar a cara daquele principezinho de merda. — Disse Pablo em um tom irritado.

— A culpa não é dele Pablo, é minha. Eu menti para ele desde o dia que cheguei aqui, relacionamentos precisam de confiança e eu quebrei a dele. Claro, muitas coisas eu poderia ter feito diferente, só que não tenho como mudar o passado. — Disse Luna.

Um gralho chamou a atenção dos três. Um corvo estava sobre o parapeito da janela. Pablo rapidamente se levantou e foi até o animal, como de costume havia uma mensagem presa a pata do animal. Uma era de Bruce e outra de Nikollay, ele suspirou e entregou para Luna.

" Luna Mary Deverpolt, que merda que está acontecendo? Porque estou sentindo tanta dor e angústia vindo de você. Pelo amor da Lua me responda ou em uma hora vou invadir essa maldita cidade. - B"

" Se prepare, a invasão será na sexta. - N"

— Pablo mande uma resposta para Bruce, diga que estou bem. É só um coração partido, vou sobreviver. Avise também a Ethan que a invasão será na sexta, temos dois dias para nos preparamos para tudo. — Disse Luna com um tom de voz vazio de emoções.

— Será que ele não vai contar tudo para o pai dele? Talvez seja melhor eu tirar você daqui esta noite. — Disse Pablo.

— Não. — Duas vozes responderam de forma firme.

Quando Luna se virou para olhar por cima do ombro, viu que Sebastian estava parado dentro do quarto a alguns passos da porta sacada. Luna não se importou muito que ele visse o estado deplorável que se encontrava. Ela soltou um suspiro e se virou para frente novamente, apoiou a cabeça no vidro e os braços sobre os joelhos.

— Ele não vai contar nada a Travis e eu não vou a lugar nenhum. Vou ficar e finalizar essa merda de missão, não vou ter perdido tudo atoa, Pablo. Você já tem suas ordens, agora vá. — O tom de voz dela era firme e não dava abertura para contestações.

Pablo assentiu e entrou no quarto indo na direção da escrivaninha, rapidamente pegou papel e caneta para em seguida levar até Luna. Seria melhor que Bruce visse a caligrafia da irmã, assim não corria risco de estragar os planos invadindo a cidade despreparado para tira-la dali.

Utópico. - Duologia Deverpolt.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora