Capítulo 6 - Uma visita inesperada.

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Nikollay observava todo o seu povo em festa, aquela pequena chama de esperança crescia cada vez mais. A chance de recuperar tudo que lhe foi roubado, a chance de recuperar tudo o que foi perdido. O homem tinha um pequeno sorriso em seus lábios, era um dos poucos momentos que se sentia bem depois da morte de Amber, claro que ele estava preocupado com sua filha em meio aquelas cobras. Mas ele sabia a mulher e guerreira incrível que ele tinha enviado para aquela missão. Até seus outros filhos pareciam se divertir e estarem mais relaxados, principalmente Mark. O rapaz sempre se culpou por não ter conseguido salvar a mãe e isso entristecia Nikollay, porque ele sabia que Amber não ia querer aquilo. Estava distraído em seus pensamentos quando percebeu uma movimentação dos guardas que patrulhavam o acampamento, um deles veio correndo e gritou.

TEM ALGUÉM VINDO! — Naquele estante a música cessou e todos assumiram uma postura defensiva, alguns correram para pegar armas outros somente observavam. Nikollay se aproximou do guarda para perguntar o que ele tinha visto quando foi surpreendido por duas figuras conhecida em meio a outros dois guardas e um sorriso se formou em seus lábios. Acenou para que a festa continuasse e sorriu para as duas pessoas que estavam ali enquanto se aproximava deles.

Pedro e Fernanda! Que prazer em revê-los! — A mulher abraçou Nikolay com um sorriso em seus lábios e em seguida o marido dela estendeu a mão para ele. Mas Nikollay o puxou para um abraço. Há muitos anos atrás quando Amber havia acabado de descobrir que estava esperando Elena, o casal vindo da America do Sul apareceu pela região precisando de ajuda. A mulher estava grávida e prestes a dar a luz, então os guardas trouxeram eles para o acampamento e Amber havia ajudado a criança vir ao mundo, depois disso sempre que podiam visitavam o seu povo e eram sempre muito bem acolhidos. Havia se formado uma amizade entre os casais e entre as crianças, que como se viam com o intervalo de alguns anos acabaram de certa forma crescendo junto. Nikollay olhou por cima dos ombros do casal e franziu o cenho notando que estava faltando alguém. — Onde está Pablo?

O sorriso nos lábios de Pedro murchou formando uma linha reta, já a mulher apenas suspirou e deu ombros. Eles não precisavam mais dizer nada, ele sabia exatamente onde Pablo tinha ido, só esperava que o garoto não se metesse em confusão.

Ele é um rapaz esperto, não deve fazer nenhuma idiotice e pela manhã vai estar de volta. — Disse Nikollay com um sorriso nos lábios e indicou para que os recém chegados se juntasse a festa. Os dois seguiram Nikollay e logo Cameron e Agatha se aproximaram e cumprimentaram o casal, a conversa começou a fluir normalmente.

Sentimos muito pela Amber, Pablo recebeu uma carta informando todo o ocorrido. Ai ele decidiu que iria vir para cá e como não achamos uma boa ele vir sozinho decidimos acompanha-lo. É bom que estaremos aqui para ajuda-los, no que precisar. — Fernanda pronunciava aquelas palavras para Nikollay com um tímido sorriso em seus lábios. Aquele casal e seu filho faziam parte do único Clã de lobos restante na America do Sul, eram da família secundaria, mas tinham os genes para a transformação. Pessoas como eles estavam quase extintas do mundo inteiro, por isso eles se preservavam sempre evitando entrar em grandes batalhas ou em guerras, para proteger o máximo de sua espécie. Esse foi até o motivo deles abordarem sua vingança sem uma luta direta, não podiam correr o risco os Deverpolt serem completamente extintos.

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Luna estava com seu instinto de preservação no nível máximo, mas ela resolveu se fazer de desentendida. Ela deu dois passos para trás e fez uma cara de jovem inocente, pequenas lágrimas começavam a cair de seus olhos, sim ela estava chorando baixinho, como se estivesse assustada.

Monsieur, deve ter me confundido com alguém. Meu nome é Luna D'Liacourt somente. Vim da França para passar um tempo com minha família. Por favor não me machuque, tenho certeza que podemos resolver isso sem violência. — manteve o sotaque francês se arrastando por cada palavra, precisava ganhar tempo para pensar no que iria fazer. Primeiro ela precisava descobrir quem era aquela figura misteriosa, depois descobrir se era inimigo ou aliado e se fingir de tonta era a melhor chance dela. Uma risada escapou dos lábios da pessoa, uma risada gélida e cortante que fez os pelos da nuca de Luna se eriçarem, provavelmente aquilo não acabaria bem.

Utópico. - Duologia Deverpolt.Where stories live. Discover now