Capítulo 03

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Despertei cedo no dia seguinte. O fato de ter ido dormir cedo também contribuiu com isso. Tomei um banho e pus uma calça jeans e uma camisa de manga longa, um moletom e uma bota de cano baixo. O frio daquela manhã me permitiu sair um pouco mais agasalhada. O que era bom, pois eu amava o inverno. O verão no Arizona costuma ser exageradamente quente e calor geralmente me deixa irritada.

Os outros dois moradores já estavam em pé e arrumavam a mesa do café.

Fui até minha tia e dei um beijo em sua bochecha.

— Bom dia... querem ajuda?

— Bom dia... não precisa, pode se sentar pra tomar seu café — Falou ela se sentando no lugar de costume —  Como passou a noite? Dormiu bem?

— Dormi sim, obrigada!

Depois de um tempo comendo bolo, tomei mais um gole do meu café e percebi que Ruggero não parava de me olhar. Larguei a xícara na mesa e o encarei bem no fundo de seus olhos. Ele acabou entrando no jogo e firmou o olhar em cima do meu.

— Por Deus! — Falou tia Antonella — Vocês vão acabar cegando um ao outro do jeito que estão se encarando!

Baixei a cabeça tentando esconder meu rosto corado.

— Vou esperar no carro. Com licença.

Céus! O que foi que acabou de acontecer?

Ruggero se levantou saindo em seguida pela porta. O silêncio constrangedor permaneceu até que decidir falar.

— Tia eu...

— Não! Pra mim essa história de vocês já deu! Vocês só estão juntos há dois dias e já estão assim! Já chega! Só quero ouvir sobre isso de novo quando estiverem casados!

— O QUE? — Perguntei confusa.

Sem me responder tia Antonella levantou e foi pro quarto terminar de se arrumar. Talvez eu tivesse escutado errado a ultima parte. Nós dois jamais seríamos algo mais que amigos. Aliás, nem amigos éramos!

                    

                       ※※※

Chegando no centro da cidade, tia Anto nos deixou na frente do que parecia ser uma livraria. Bem parecida com a que eu ia com Chiara em Phoenix, levando em consideração apenas que na que íamos também era uma cafeteria e normalmente nem tocávamos nos livros que não eram pra estudo. Ler por hobbie jamais foi meu forte apesar de que sempre fui estudiosa e uma das melhores alunas da minha classe.

Entramos no local e uma pequena sineta acima da porta tocou, informando nossa entrada. Uma senhora de cabelos grisalhos e bochechas rosadas espiou por trás de um balcão sorrindo amistosamente em nossa direção.

— Menino Rugge, que bom que veio! Chegaram livros novos daquele autor, você vai amar!

— Obrigado Cece! Vou dar uma olhada depois!

Estranhei a forma como ele respondeu. A primeira vez que o vi sendo gentil. Foi algo bom de presenciar.

Cece olhou para mim com aquele sorriso e voltou para Ruggero novamente esperando que ele falasse algo ou me apresentasse. Mas ele apenas esboçou um simples "Ela ta comigo" sem importancia e se direcionou a uma estante com alguns livros que pareciam ser de gênero suspense e mistério.

Fui até um computador que ele me apontou em outro canto e entrei na internet. Nunca fui de ser ativa nas redes sociais, mas precisava dar notícias à minha amiga.

Abri o chat mas ela não estava online. Decidi deixar uma mensagem.

"Cheguei em Green Valley ontem, não tem sinal de celular então fica mais difícil ligar. Estou bem. Apesar do filho da minha tia ser um idiota, ela me trata muito bem e esta cuidando de mim como uma filha.
Mando notícias novamente assim que puder.
Sinto sua falta!
Bjos.
K."

Cliquei em "enviar" e esperei a confirmação de recebido.

— Sabia que é feio chamar os outros de idiota?

Levei um susto, e senti meu rosto ruborizar.

— Sabia que é feio ler a conversa dos outros?

Ruggero deu de ombros e puxou a cadeira da mesa ao lado se sentando. Abriu um livro e começou a ler.

— Você não vai levar o livro? — Perguntei pelo fato de estarmos em uma livraria e não em uma biblioteca pública.

— Não —  Ele respondeu sem desviar os olhos do livro.

Me levantei e fui até Cece.

— Quanto lhe devo pelo uso do computador?

— Você mal o usou menina. Não tem que me pagar nada! — Ela deu um sorriso tão contagiante que foi impossível discordar dela.

— Obrigada! — Agradeci com um sorriso e olhei para Ruggero tentando entender o que ele fazia lendo os livros de uma livraria sem pagar.

Parecendo ler meus pensamentos, a pequena senhora grisalha me explicou o motivo.

— É tão difícil hoje em dia ver jovens lendo que eu amo dividir esse conhecimento com ele. Esse menino lê tantos livros que não teria como pagar por tudo. Então eu deixo que ele leia as amostras em troca dele me ajudar a organizar a loja na sexta à noite. Uma troca justa já que não tenho mais idade para isso.

Cece novamente sorriu e entrou em uma sala atrás do balcão. Fiquei tentando imaginar como seria Ruggero quando não estava emburrado falando coisas estúpidas.

Também preciso dar um jeito de disfarçar minha cara quando estou pensando, já que todos parecem ler minha mente.

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Holiiis

Adiantei o capítulo pq amanhã tenho compromisso e n queria faltar com vcs 💟

Então comentem o que estão achando e se puder deixa uma estrelinha pra apoiar ok? 😉

Bjoos 😘😘

A Seu Lado - RuggarolWhere stories live. Discover now