Chapter XXI

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-Vamos logo, Alice. - Eu falei impaciente sentada encarando a TV ligada, Nathan que estava deitado ao meu lado com os pés no encosto do sofá riu. - Não tem graça. Sua mulher é um horror para sair.

-Você vai sentir falta dela que eu sei. - Ele respondeu e eu sorri. Voltarei pro Canadá amanhã de noite, e hoje era meio que uma despedida.

-Claro que vou. - Concordei e ele suspirou me encarando. - O que foi? O que você está escondendo? - Perguntei, eu reconhecia quando alguém queria me contar algo e era exatamente isso que ele queria fazer.

-Estou pensando em levá-la para lá no aniversário dela. - Ele falou baixo para que ela não escutasse. - Vai eu, ela e Guilherme.

-Que ótimo, o que eu tenho que fazer?

-Você poderia perguntar pra algum amigo ou amiga se a gente poderia ficar na casa dele ou dela. - Ele levantou os ombros e eu suspirei, não arrumei muitos amigos e as pessoas mais próximas a mim, tenho certeza que não podem ficar com os três.

-Por quê não paga um quarto de hotel? - Ele fez uma careta e me olhou como se fosse óbvia a resposta, o que não era.

-Você enfiou essa festa do Guilherme na cabeça de Alice, e isso tá levando mais da metade do meu dinheiro. - Ele reclamou e eu comecei a rir, eu planejava todas as festas do Guilherme e sempre tentava fazer de uma forma que ficasse mais barata para não gastar muito, só que dessa vez não sou eu que estou cuidando de tudo e Alice não tem paciência para pesquisar preço.

-Vou ver o que posso fazer por você, cunhadinho. - Ele riu e me deu um chute no braço, levei minha mão até a canela dele e puxei o pêlo da perna dele.

-Filha da puta. - Ele resmungou me fazendo dar um sorriso irônico.

-Estou pronta. - Alice apareceu com um body preto decotado de alça fina, um short jeans desfiado, um salto preto, amarrou uma jaqueta de couro na cintura - como se fosse sentir frio no meio de todo mundo - e carregava uma bolsa também preta. O cabelo dela estava preso em um coque deixando alguns fios soltos, e a sombra preta marcava os olhos assim como o batom vermelho marcava os lábios.

-Acho que perdemos meu vôo. - Comentei irônica recebendo como resposta o dedo do meio levantado.

-Olha lá o que vocês vocês vão aprontar. - Nathan resmungou ficando de pé e beijando a mulher. - Eu te amo, mas se me der dois pares de chifres eu te largo.

-Acho que vou ter que te arrumar um homem Alice, só assim para você se livrar desse encosto. - Ele me beslicou e eu remunguei. - Filho da puta.

-Chega vocês dois. - Ela se virou para Nathan. - Não vou voltar muito tarde, qualquer coisa me liga. O remédio do Guilherme está em cima da mesa da cozinha e está anotado na caixa que horas é para dar e a quantidade certa, não esquece! - Ele assentiu e isso não pareceu convencer minha melhor amiga.

-Eu vou cuidar bem do nosso filho, relaxa. - Ele murmurou vendo que ela não tinha relaxado. - Se divertem, eu amo vocês. - Ele me deu um beijo no rosto e saímos de casa.

Quando chegamos na frente da casa da minha melhor amiga o carro branco de Nathália estava estacionado do outro lado da rua. Entrei no carro ficando no banco do carona da frente e Alice ficou atrás com Ana Beatriz, a irmã dela mais nova.

-Nossa, pensamos que não viriam mais. - Ana resmungou, Nathália deu partida com o carro e Alice olhou para a irmã com o cenho franzido.

-O que tu tá fazendo aqui? - Ela perguntou e eu revirei os olhos pensando que a briga já iria começar. - Tu só tem 15 anos!

-Relaxa Alice, eu não vou para boate com vocês. - Me virei para trás e a observei, ela estava com um short jeans cós alto, uma blusa cropped, uma jaqueta jeans e um tênis.

Destiny - Shawn MendesWhere stories live. Discover now