C A P Í T U L O - 82

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Jade Thirlwall

Desde que Cooper foi preso eu me senti realmente em paz, mesmo que por um momento minha vida tenha sido colocada em risco, o sentimento que tenho em mim é de que toda a dor valeu a pena, pois agora eu posso viver em paz com a minha família.

O tempo está passando cada vez mais rápido, os dias pareceram voar e aqui estou eu, parada em frente ao espelho do banheiro, ensaiando e repetindo a história que sei de cor, que me levou até onde estou hoje, pois o dia chegou, o dia em que minha liberdade está nas mãos de outras pessoas.

Esse tempo serviu para que eu aproveitasse minha família, para que eu desse aos meus filhos todo amor que tenho em meu coração, para que se o pior acontecer eu sinta que fiz o meu melhor por eles, por Perrie, que tem sido a melhor mãe do mundo para eles, minhas preciosidades.

Perrie não está aqui agora, saiu cedo acompanhada de Jesy e apenas me mandou algumas mensagens perguntando como eu estava, afirmando que hoje eu sairei daquele tribunal inocentada, e isso me trás um pouco e conforto. Por causa da fita que gravei no dia da prisão do Cooper, que vai ser usada como a principal prova de Perrie contra ele, minha liberdade já é garantida.

Martha disse para a polícia tudo o que sabia sobre o filho, e eu vi dor em seus olhos, ela não o conhecia mais, e estava arrependida. Antes que ela fosse embora da delegacia eu tentei falar com ela, mas ela me ignorou, saiu às pressas e desde então eu não á vi.

Minha mãe disse que ela pode ter voltado para casa e esteja tentando esquecer toda essa loucura, a vergonha e decepção, mas eu acho que não, acho que ela não iria embora para casa sem antes ver os netos, mesmo que seja contra a vontade de Perrie.

— Você está pronta querida? — ouço a algumas batidas e logo a voz da minha mãe.

Abaixo a cabeça deixando de me encarar, minhas mãos tremem por causa do nervosismo, eu nem mesmo consegui comer essa manhã. Só quero  que esse tormento acabe.

— Sim. — andei até a porta devagar, abri e pude ver minha mãe parada logo a frente, segurando Bruna.

Minha filha está tão gordinha e fofa que pode ser comparada a uma boneca, bochechas vermelhas e olhos esverdeados, seu cabelo castanho forma alguns cachos e ela fica manhosa toda vez que não tem o que quer, como quando quer o colo de Perrie mesmo quando ela não pode dar.

Alex está gordinho como a irmã, cachinhos e bochechas coradas, olhinhos castanhos como avelã, e ao contrário da irmã ele é calmo e parece preferir o colo de suas avós e avô, que mimam o garoto sempre que o tem.

— Meu docinho. — pego Bruna no colo assim que ela estica seus bracinhos gordos e resmunga. — Como meu neném está lindo. — beijo seu rosto.

— Lauren e Camila vão ficar com eles durante o julgamento. — Norma diz e eu balanço a cabeça.

— Aonde está o Alex?

— Camila está lá em baixo com ele, vim apenas avisar você. Temos que sair logo. — disse apreensiva.

— Tudo bem, vamos.

Saimos do quarto em silêncio, apenas o som de nossos sapatos batendo contra o piso podia ser ouvido, mas conforme fomos descendo as escadas nós podíamos ouvir a voz de Camila, conversando com Alex como que se fosse entende-la, e ele a olhava como se estivesse.

— Camila. — chamei assim que cheguei ao cômodo. Camila se virou para trás sorrindo ao me ver.

— Como você está? — se levantou.

— Nervosa.

— Imagino, Lauren também ficou quando foi julgada, e olha que ela era realmente culpada... Enfim. — suspirou mudando logo o assunto. — Eu vou cuidar bem dos meus bebês. — olhou para Bruna.

only you • concluídoWhere stories live. Discover now