C A P Í T U L O - 21

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Perrie Edwards

Depois de tudo que tinha conversado com Leigh-Anne eu estava anciosa para ver Jade assim que chegasse em casa, e tinha tomado uma decisão importante, eu pediria um tempo para Carly, até que eu pudesse colocar meus sentimentos em ordem e decidir se eu ainda queria ou não continuar casada com Carly, mesmo que o não ainda martelasse em minha mente.

Jesy e eu tinhamos saído do trabalho e ido diretamente para uma loja de bebês que tinha próximo ao nosso escritório, e compramos tudo o que tinhamos direito, desde a mamadeira até sapatinhos de bebês, ela jurava com suas forças que era um menino, enquanto eu, bem no fundo mesmo que aquele bebê não fosse ter parentesco algum comigo, desejava que fosse uma menina, tão linda e doce quanto sua mãe é.

Estava me sentindo como se tivesse voltado aos meus dezesseis anos novamente, com o coração acelerado a cada vez que eu pensava em Jade, as mãos suando quando ela chegava perto de mim e anciosa por qualquer toque seu que fosse, mesmo que aquilo fosse contra minha ética profissional, afinal, quem manda nos sentimentos? Eu não escolhi isso, não mesmo.

Mas Jade é tão doce, bondosa e especial, eu sentia tanta necessidade de estar perto dela para protege-la que não conseguia pensar em ética ou coisas do tipo, a vida seria sem graça demais se nos comportassemos sempre como mandam as regras, e naquele momento eu estava indo contra todas elas.

Assim que abri a porta do apartamento meu coração acelerou, deixei minhas chaves e sacolas sobre o balcão pronta para procurar por Jade e traze-la até aqui para que ela visse que não está sozinha de modo algum, que eu pretendo ajuda-la em todos os ambitos de sua vida, mesmo que ela não possa retribuir meus sentimentos.

Sem se quer tirar os saltos caminhei até seu quarto e abri a porta com um sorriso que se fechou quando não vi nenhum sinal dela ali. Corri até a o banheiro e abri a porta vendo meu desespero aumentar quando não à vi ali também.

Carly, só podia ser ela de novo.

— Carly! — gritei entrando em nosso quarto e vi Carly sentada na cama com as malas feitas me olhando com tristeza. — Está indo embora? — perguntei, me sentindo mal demais por sentir euforia ao invés de tristeza ou algo do tipo.

— Não. — Carly balançou a cabeça e eu "murchei" murmurando um "ah" desanimado. — Acha mesmo que eu iria embora depois de decidirmos dar uma chance para nós?

— Carly eu...

— Não Perrie. — ela se levantou e caminhou até mim, colocando suas mãos em meu pescoço dando-me um beijo demorado. — Eu ainda sou sua esposa e não vou desistir assim de você. — ela abriu lentamente seu olhos sorrindo para mim e eu me mantive sem reação, sabendo que por respeito à ela e tudo que tivemos eu tinha que acabar com aquilo. — E mesmo se for para me dizer algo deixe para falar quando eu voltar pra casa.

— Como assim voltar para casa? Aonde você vai? — perguntei confusa e Carly desceu suas mãos até minha cintura juntando nossos corpos, mas eu não senti nada ao seu toque.

— Mamãe está precisando de mim em Londres, com a nossa família, minha avó está doente e eu não sei até quando ela vai estar aqui, preciso ir. — ela abaixou o olhar realmente entristecida e eu à abracei.

— Quer que eu vá? — perguntei, seria muito egoísmo da minha parte deixar que ela fosse sozinha para a casa dos avós para passar um momento delicado sozinha, mesmo que meu coração impolorasse para que eu fique, Jade iria entender, eu sei que sim.

— Não, muita gente não irá ajudar, meus irmãos, tios e primos vão estar lá, qualquer coisa eu ligo pra você. — completou voltando a sorrie docemente e selou nossos lábios.

Carly envolveu-me em seus braços beijando-me com destreza e calma, me fazendo sentir a pessoa mais desprezível quando Jade veio em meus pensamentos. Carly poderia ser o que fosse, mas não me desrespeitaria daquela forma. Afastei-me dela devagar e ela sorriu, me abraçando, e eu retribui, mas acabamos por nos seprar assustadas quando a porta do quarto ao lado — o quarto de Jade —, bateu.

— A gravidinha chegou. — seu tom carinhoso mudou de imediato para o debochado e eu bufei.

Ela não mudaria nunca.

— Carly. — a repreendi.

— Desculpe, já vou indo amor, tenho que pegar o próximo vôo. — Carly me deu um último selinho antes de pegar sua bolsa e as duas malas saindo do nosso quarto.

Sai do meu quarto e fui lentamente para o de Jade, batendo algumas vezes na porta, mas ela nem se que ser me respondeu. Bati mais algumas e vezes e pude ouvir uma movimentação vinda de dentro do cômodo e logo Jade abriu a porta. Os olhos pelos quais eu adorava me perder estavam inchados e vermelhos, o rosto molhado indicado que ela chorava  e eu me entristeci junto com com ela.

— Oi. — ela forçou um sorriso, muito mal diga-se de passagem e voltou a ficar séria me encarando.

— Se sente bem? Quer algum remédio, está com desejo de comer alguma coisa, posso ir comprar se quiser e... — ela me cortou, fria e rude.

— Não quero nada Perrie, já sou um fardo para para você não se preocupe mais comigo. — ela fundou e eu franzi o cenho completamente confusa. — Ainda mais nesse estado que me encontro, por favor Perrie se preocupe apenas em provar minha inocência.

Eu queria chorar agora, droga!

— Pare de dizer essas coisas, você não é fardo algum, seu bebê também não. — disse me aproximando e Jade se afastou de mim. — Jade.

— Posso te pedir uma coisa? — ela perguntou abaixando a cabeça e assenti.

— O que você quiser é só me pedir.

— Tente entrar em contato com meus pais, eu quero ir para South Shields quando tudo isso acabar. — seus olhinhos brilhavam pelas lágrimas e eu balançava a cabeça positivamente, chegando a conclusão de que ela tinha visto o beijo. — E não tente mais se aproximar de mim enquanto isso, por favor.

Ao dizer aquilo Jade pegou sua bolsa sobre a cama e passou direto por mim saindo do apartamento.



only you • concluídoWhere stories live. Discover now