C A P Í T U L O - 63

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Jade Thirlwall

Apesar de toda a neve que caía e do frio que faz na manhã de natal, eu acordei ansiosa e disposta a fazer Perrie me levar até meu restaurante. Sem sombra de dúvidas esse é um dos momentos mais felizes da minha vida, e toda essa felicidade vai se concretizar quando meus bebês vierem ao mundo, para que assim eu possa lhes dar todo o amor que tenho no coração.

Perrie dirigia calma até o lugar, sorrindo para mim e cantarolando a música que tocava na rádio, me deixando ainda mais apaixonada por ela em suas pequenas atitudes.

Nossa noite de natal foi ainda melhor do que nos meus sonhos, nossa família unida, rindo e brincando entre si, tão felizes, me fazendo sentir como se minha vida tivesse começado no momento em que Perrie me deu o primeiro beijo, e antes disso nada tinha sido real. Apesar da possibilidade de Martha poder ter contato com os meus filhos.

Segundo minhas pesquisas - com uma ligação escondida que fiz a Harry durante essa manhã -, caso eu e Perrie casarmos antes dos bebês nascerem e eu adotar seu nome, me tornando uma Thirlwall-Edwards, meus bebês também terão esse nome além do Cooper, e não terão que esperar toda uma vida para escolher qual usar.

Eu nunca achei certo ou justo mães que colocam os filhos contra seus pais, mas no meu caso, especialmente no meu, para a segurança dos meus filhos eu não quero que eles nem mesmo saibam da existência daquele homem, e só deixarei que Martha participe caso a justiça me obrigue a isso, e mesmo assim eu estarei por perto todo o momento, nunca deixarei aquela mulher sozinha com meus bebês.

Essa idéia me assombra, se quer me deixa dormir durante a noite, mas eu tento controlar isso e ficar bem, pois eu estando bem meus filhos estão também, e isso é o mais importante para mim sem sombra alguma de dúvida.

- No que está pensando? - Perrie perguntou, me olhando rapidamente pelo canto de seus olhos antes de parar seu carro em uma vaga.

Forcei meu melhor sorriso, negando com a cabeça. Toquei sua coxa coberta pelo jeans e acariciei devagar.

- Não é nada, eu estou bem, só ansiosa. - menti mesmo odiando fazer isso, ainda mais com Perrie.

- Não minta pra mim, vida. - ela desligou o carro tirando a chave e o cinto. - Me diz o que te preocupa. - se ajeitou no banco de modo que pudesse olhar fixamente em meus olhos.

Respirei fundo, me encostando no banco, olhando nos olhos de Perrie. Contar a verdade será o melhor nesse momento.

- Eu não quero que aquela mulher chegue perto dos meus filhos, são os meus filhos, os nossos filhos, e eu quero eles aonde eu possa proteger, não poderei fazer isso se eles estiverem com ela. - disse, colocando para fora minha frustração e medo.

- Martha não irá fazer mal nenhum a eles Jade. - Perrie disse com calma passando a mão em seu rosto. - Ela só os quer perto.

- Cooper pega quantos anos de cadeia? - perguntei e Perrie cessou suas carícias, me olhando confusa. - Quantos Per?

- Vinte anos. - Perrie respondeu. - Ele não sairá antes disso. - disse com convicção. - Apenas Martha e a família dele terá contato, quando ele sair às crianças não serão mais crianças e irão entender tudo, e será uma escolha deles.

Diante dos fatos eu me acalmei um pouco, respirando aliviada. Pelo menos dessa forma eu terei paz, meus filhos terão.

- Se e acalme, seu julgamento é daqui há poucos meses, e então tudo isso será resolvido, o do Cooper será logo em seguida, tudo tomará seu rumo. - Perrie tocou minha mão, apertando.

Assenti e selei nossos lábios. Perrie foi a primeira a sair do carro e eu sai em seguida, pegando minha bolsa. Ela tirou as chaves do bolso e abriu a enorme porta de vidro coberta por um tipo de lona preta. Ela abriu a porta e parou ao lado, me dando espaço para entrar.

Sorri deixando minha angústia de lado assim que entrei no meu restaurante. O lugar estava escuro e então Perrie andou até a parte dos fundos, e quando voltou já tínhamos luz para observar tudo com bem mais atenção. O salão era enorme, com janelas grandes de vidro, logo a minha frente tinha um balcão de madeira, aonde provavelmente deveria ser o caixa, e algumas prateleiras de vidro na parte de cima.

- Vamos ver aqui fora. - Perrie estava sorridente, pegou em meu pulso e guiou-me para a parte externa.

Era tão grande quanto por dentro, com uma grande cobertura para que a chuva ou neve não atrapalhasse, as plantas que tinham ali também eram bonitas, mas não cuidadas há muito tempo sujavam tudo e estavam grandes demais, mas eu não pude deixar de me sentir a pessoa mais feliz e sortuda do mundo.

- A cozinha, aonde está a cozinha? - perguntei eufórica, me virando para Perrie.

- Venha. - ela pegou na minha mão novamente, me levando até os fundos, aonde ficava a cozinha, me mostrando a pequena porta que tinha nos fundos, aonde seria meu escritório, e também um outro espaço razoávelmente grande para os funcionários que eu teria. - Gostou? É como sonhou?

Concordei com um enorme sorriso olhando tudo ao meu redor, imaginando como ficaria quando estivesse pronto, cheio de pessoas satifesitas com a minha comida. Fui para os braços de Perrie dando um abraço apertado, beijando sua boca em seguida.

- É bem melhor do que eu sonhei, tudo isso, você.

- Vai demorar para que você abra ele, eu infelizmente não tenho tanto dinheiro agora e...

- Ei. - interrompi, colocando a mão em seu rosto, olhando nos seus lindos olhos. - Não me importo com isso, não me importo nada com isso. Vamos construir e arrumar aos poucos.

- Você é maravilhosa, minha vida. - Perrie fez um leve carinho em meu rosto, me fazendo fechar os olhos aproveitando a maciez de seus dedos, sorrindo com seu gesto de carinho. - Não imagino mais como seria minha vida sem você.

Ainda com meus olhos fechados o sorriso em meu rosto aumentou, e Perrie juntou nossas testas, misturando sua respiração quente a minha. Eu não vejo a hora de finalmente poder ser sua mulher, de concretizar esse nosso amor num momento único em nossas vidas, de ser ainda mais e inteiramente dela.

Um documento não é necessário para provar isso, mas ser finalmente a esposa de Perrie irá inteirar essa felicidade tão grande que sinto, e me aliviar também, pois casada com ela, caso eu seja presa - eu nunca me esqueço ou deixo de cogitar essas possibilidade -, meus filhos ficarão seguros, serão amados e educados, e Perrie os protegerá com a vida.

- Vamos casar? - abri meus olhos e Perrie já me olhava.

Com um pequeno sorriso divertido ela respondeu:

- Nós vamos minha vida.

- Não Perrie, você não entendeu. - me afastei um pouco dela. - Antes do julgamento, antes dos bebês nascerem, vamos apenas nos casar, não precisamos de festa, vestidos ou nada disso...

- Pra que tanta pressa se podemos fazer tudo direito e no tempo certo? - perguntou confusa.

- Caso eu seja presa...

Ela bufou.

- Você não vai. - Perrie disse com firmeza.

- Para tudo se tem uma primeira vez amor, e se esperarmos os bebês nascerem e não estivermos casadas eles não terão o seu nome. - disse.

- Você está querendo se casar comigo pelos motivos errados. - Perrie cruzou os braços.

- Não. - puxei-a para mais perto de mim. - Quero casar com você por que o amor que sinto é tão grande que sinto como se meu coração fosse explodir, por mais que diga que te amo não parece o suficiente para o tanto que sinto, eu quero ficar ao seu lado até dar o meu último suspiro, e se esses são os motivos errados talvez nós não devemos fazer isso. - disse dramaticamente, mas com sinceridade em cada palavra minha.

Perrie suspirou, sem conseguir conter seu sorriso grande e bonito.

- Quando quer se casar? - perguntou.

- Na noite de ano novo. - sorri animada com a idéia e Perrie riu. - Qual a graça?

- Ninguém prepara um casamento em cinco dias. - ela disse como se eu tivesse falado um grande absurdo.

- Então seremos as primeiras Perrie, por que se não nós casarmos na noite de ano novo, eu não me caso com você.










only you • concluídoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora