C A P Í T U L O - 51

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Jade Thirlwall

Dois bebês, eu vou ter dois bebês de uma só vez. Não um, mas dois.

Nesse momento a minha vontade e de gritar, gritar de desespero. Na hora que o médico disse eu não acreditei, fiquei feliz e abismada ao mesmo tempo. Perrie estava radiante, mas assustada assim como eu, nós não sabíamos nem o que falar uma para outra, e eu só conseguia pensar em tudo que seria em dobro agora.

O custo seria em dobro, as noites sem dormir, a preocupação, o trabalho, a dor na hora de coloca-los no mundo, tudo seria em dobro agora, meu cansaço, minha preocupação, o medo de Cooper descobrir e tentar algo com meus filhos, meus dois bebês. Minhas cabeça queria explodir com tantos pensamentos.

Mas ao mesmo tempo eu pensava nas coisas boas que viriam em dobro. Meu amor por essa pequena princesa que eu carrego já é maior que tudo, minha vontade de amar ela, proteger de todo mal do mundo, e eu só quero ter meus filhos nos meus braços, sentir o cheirinho deles, ver seus rostinhos, ama-los incondicionalmente.

Perrie parou o carro em frente a nossa casa e respirou fundo apertando o volante e por um momento eu tive medo, muito medo dela simplesmente desistir de nós três.

--- Você ainda quer continuar com isso? --- perguntei baixo, olhando para a rua.

--- O que? --- ela me olhou.

--- Somos três agora Perrie. --- segurei as lágrimas o máximo que pude olhando fixamente para os seus olhos. --- Eu não trabalho, estou enfrentando um processo, e agora esperando dois bebês. Eu amo meus filhos, os dois, mas é coisa demais pra você e...

--- Para Jade! --- Perrie disse alto e socou o volante me assustando. Me calei imediatamente olhando para sua cara de irritação. --- Para de se achar um peso, de achar que nossos filhos são um peso, eles não são. Eu estou cuidando para que tenha a sua liberdade de volta, e você terá, isso não é um problema. Você não estar trabalhando não é um problema pra mim, eu ganho o suficiente para nós quatro, e te apoio em qualquer coisa que queira fazer, te apoio se quiser ser independente, ter seu próprio dinheiro, ou se simplesmente quiser ficar em casa cuidando das crianças, não é um problema pra mim. Você disse que queria ter seu próprio restaurante, eu pretendo te ajudar com isso, juro que sim. Só pare de se achar um fardo, e pare de se referir aos bebês como se eu estivesse fazendo um favor em assumir eles, por que eu não estou! No momento em que eu decidi estar com você e amar você eu decidi amar esses bebês como se fossem meus, por que eles são meus, podem não ser de sangue, mas são de coração.

Perrie saiu despejou todas aquelas palavras de uma só vez me fazendo sentir uma culpa enorme, e saiu do carro batendo a porta, me fazendo dar um pequeno pulo no banco do passageiro e fechar meus olhos com força deixando as lágrimas descerem. 

Passei um tempo chorando no carro, e no fundo eu queria que Perrie viesse atrás de mim, mas ela não veio, o que mostrava que ela estava realmente irritada comigo. Tomei coragem e sai do carro, indo devagar para dentro de casa. Perrie tinha deixado a porta aberto e sua bolsa jogada no caminho, assim como seus sapatos.

Subi as escadas e do corredor podia ouvir ela chorando, aumentando cada vez mais a culpa que estava sentindo. Entrei no nosso quarto e vi Perrie de costas pra mim, com as cabeça abaixada, era claro que ela estava chorando. Sentei do outro lado da cama e esperei um tempo até que eu criasse coragem para ir até ela.

--- As vezes é como se fosse não me considerasse mãe deles também. --- ela disse baixo, com sua voz rouca e nasal. --- Eu os amo tanto, e sinto como se você não quisesse isso... Como se toda hora o fato deles não serem realmente meus nos separe.

Meu coração doeu naquele momento, pois eu considerava Perrie tão mãe deles quanto eu sou. Engatinhei até ela, e coloquei as mãos seus ombros deitando a cabeça em suas costas, ouvindo sua respiração baixa.

--- Me desculpe se fiz você pensar assim, mas eu não te acho menos mãe deles, nunca vou achar isso. --- Perrie se moveu devagar fazendo com que eu me afastasse dela. Logo ela estava sentada de frente para mim.

Seu rosto estava um pouco inchado por causa do choro, e ela piscava seus olhos tão azuis quanto o oceano, que transbordavam naquele instante.

--- Se algum dia nos separarmos, mesmo que eu saiba que isso nunca vai acontecer por que o que temos é eterno, eles ainda serão seus filhos, serão os nossos filhos. Alex será o se garoto e ela... Bom, ela será sua princesinha, pra sempre. --- sequei suas lágrimas delicadamente, e Perrie fungou.

--- Desculpe por gritar com você.

--- Vamos esquecer isso, ok?

--- Vamos, claro que vamos. --- ela sorriu. --- Agora me deixe ter uma conversa com ela menina levada que estava se escondendo de nós.

--- Claro. --- sorri me deitando na cama.

Tirei meu suéter jogando-o para longe, e Perrie se deitou ao meu lado, ficando seu rosto bem próximo da minha barriga, colocando suas mãos nas laterais.

--- Ei princesa, agora mamãe não sabe quem estava mexendo pra mim na outra noite. --- ela beijou minha barriga algumas vezes. --- Que nome podemos dar pra você em, filhota?

--- Se lembra do dia do jogo, na fila quando escolhemos os nomes dos próximos bebês que vamos ter? --- sorri e Perrie pareceu um pouco confusa.

--- Rachel? --- indagou.

--- Bruna, vamos chamar ela de Bruna. Alexander Thirlwall-Edwards e Bruna Thirlwall-Edwards. --- disse.

--- Bruna. --- Perrie repetiu voltando a atenção para a minha barriga. --- Gosta desse nome filha? Huh? Pois é assim que você vai se chamar. Mamãe ama tanto vocês bebês.

Perrie voltou a beijar minha barriga e eu abri um enorme sorriso, passando a mão em seus rosto. Logo seus beijos foram subindo lentamente, até chegarem em meus lábios, aonde ela me beijou lentamente, colocando suas mãos em meu rosto.

--- Faz amor comigo. --- pedi de olhos fechados.

Perrie sorriu e lentamente desceu suas mãos até a parte de trás do meu sutiã.

--- Você não precisa pedir amor.




Vocês querem um hot meninas?

only you • concluídoWhere stories live. Discover now